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Artigos

Augusto Vasconcelos
Com 2º FENABA, Bahia se consolida como referência no artesanato
Foto: Feijão Almeida/ GOVBA

Com 2º FENABA, Bahia se consolida como referência no artesanato

Estamos na reta final dos preparativos para um dos maiores eventos de artesanato do Brasil: o FENABA - Festival Nacional de Artesanato na Bahia, que chega à sua segunda edição ainda mais grandioso. Entre os dias 9 e 12 de outubro, ocuparemos um espaço maior na Arena Fonte Nova, em Salvador, para celebrar a nossa cultura, identidade, ancestralidade e economia criativa. O artesanato é mais do que produtos manuais de grande valor estético: também é um importante gerador de renda e guardião da memória do nosso povo.

Multimídia

Vereadora diz que há endividamento crescente nas contas de Salvador

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Em entrevista ao Projeto Prisma na última segunda-feira, a vereadora e líder da Oposição na Câmara de Salvador, Aladilce Souza (PCdoB), comentou a situação atual das contas da prefeitura da capital baiana.

Entrevistas

Hamilton Assis critica projeto de criação de uma loteria municipal: “Temerário e inconstitucional”

Hamilton Assis critica projeto de criação de uma loteria municipal: “Temerário e inconstitucional”
Foto: Mariana Ribeiro / Bahia Notícias
O vereador de Salvador Hamilton Assis (PSOL) afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que considera temerário e possivelmente inconstitucional o projeto da prefeitura que prevê a criação de uma loteria municipal. Para o parlamentar, a iniciativa do Executivo municipal extrapola competências legais, já que, segundo ele, a legislação determina que a prerrogativa de estabelecer loterias e controlar jogos cabe à União e à Câmara Federal.

cientistas mais influentes

Bahia destaca 15 pesquisadores no ranking global dos cientistas mais influentes do mundo; veja os nomes
Foto: Montagem / Bahia Notícias

A Bahia teve pesquisadores incluídos na mais recente atualização da lista global dos cientistas mais influentes do mundo. O ranking é coordenado pela Universidade Stanford e contempla cem mil cientistas, avaliando o impacto das citações e o desempenho de carreira, organizado pela Editora Elsevier. Quinze nomes das universidades baianas apareceram em posições de destaque.

 

Os cientistas representam quatro das principais instituições de ensino e pesquisa do estado: a Universidade Federal da Bahia (Ufba), a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

 

Confira quantidade por estado: 

 

 

O Bahia Notícias (BN) teve acesso aos dados por completo. Tanto entre as 195 instituições brasileiras quanto entre as nordestinas, a maioria é formada por universidades públicas. Na Bahia, todas as instituições são dessa categoria, mas para alguns desses pesquisadores é preciso ser cético quanto a esses resultados.

 

“Não é suficiente. Há uma desistência em fazer pesquisa. Infelizmente, vivemos em um mundo que precisa de melhorias na sua vida. As pessoas brincam comigo: ‘Você é um bobo, rapaz, perdendo tempo com isso, vá ganhar dinheiro’. Preciso ter um consultório para viver. Ganho como professor, nada como pesquisador”, conta o baiano Matheus Pithon, listado no ranking.

 

O especialista na área de Odontologia, na Universidade do Sudoeste baiano, ressalta ainda que, dentro da realidade das estaduais, o apoio para pesquisa é ínfimo. “Nós temos muitos talentos aqui também. Falta incentivo tanto do governo federal quanto estadual”, avisa Pithon.

 

Em entrevista ao BN, a professora e química Luiza Mercante com seis anos atuando na Ufba na área de química industrial complementa sobre os mesmos desafios do setor federal: não há apoio ou financiamento adequado no país para auxiliar o setor científico sério.

 

“Na Bahia, temos grupos muito qualificados e produtivos, mas ainda precisamos de mais apoio institucional e de políticas públicas que valorizem e fortaleçam as [pesquisas realizadas no] estado”, alerta a professora Mercante.

 

Em âmbito nacional a Universidade de São Paulo (USP) e Unicamp tiveram melhores números com 286 e 107 pesquisadores respectivamente. No Nordeste, nenhuma instituição configurou entre as brasileiras com mais cientistas. 

 

“Nós temos grandes valores e talentos, diferenciando o estado de São Paulo da Bahia é incentivo, justamente para patrocinar pesquisas cientificas. Em São Paulo. 9,56% do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] vai para a universidades paulistas, esse estado sai na frente justamente por isso”, explica Pithon.

 

Ainda falta apoio e valorização em fazer ciência no Brasil, como salienta o especialista em etnobiologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Isso quer dizer mais oportunidades e vagas para atuar no campo, como conta o doutor Eraldo Costa.

 

“Ainda é um desafio, o incentivo de concursos no setor. O ideal é uma revitalização do corpo docente. Sem professor produtivo, não vamos a canto nenhum. Falo isso como alguém que vive isso na pele. É preciso ter concurso, senão o curso fecha”, diz Eraldo Costa.

 

Vale observar que o ranking avalia o impacto das citações com dados atualizados até o final de agosto de 2025 e o desempenho de carreira. Após isso, é publicado no renomado repositório da Editora Elsevier. Ou seja, esse número muda constantemente e as posições não serão as mesmas ao fim do ano, embora seja um forte indicativo do grau de pesquisa e projetos atuantes na Bahia.

 

O chamado "c-score" é um indicador que mede o impacto real da produção científica. Ele considera a posição do autor nos artigos (como primeiro ou último autor), o número de citações recebidas e reduz o peso das autocitações. Ao invés de focar só na quantidade de publicações, o c-score destaca a relevância e o alcance da pesquisa no cenário global.

 

A lista reconhece os pesquisadores com alto c-score, um indicador que mede o impacto das publicações, dando peso maior à posição de autoria e menos ao simples número de artigos publicados. Diferente de métricas tradicionais que priorizam a quantidade de artigos (produtividade), o c-score avalia o impacto real da produção científica. Confira os nomes mais influentes por cada instituição baiana:

  • Universidade Federal da Bahia (UFBA)
    • Sérgio Luís Costa Ferreira (Química)

    • M. Dos S. Pereira (Saúde Pública e Serviços de Saúde)

    • Luiza A. Mercante (Química)

    • Federico Costa (Clínico da Saúde)

    • A. R. Duraes (Clínico da Saúde)

    • Mansueto G. Oliveira Gomes Neto (Clínico da Saúde)

    • Bruno Fonseca-Santos (Clínico da Saúde)

    • Daniel Véras Ribeiro (Tecnologias Habilitadoras e Estratégicas)

    • Antônio Alberto Da Silva Lopes (Clínico da Saúde)

    • Michael Holz (Ciências da Terra e Meio Ambiente)

    • Franklin Riet-Correa (Agricultura, Pesca e Silvicultura)

  • Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
    • Matheus Melo Pithon (Clínico da Saúde)

    • Marcos Almeida Bezerra (Química)

  • Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)
    • Daniel Piotto (Biologia)

  • Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs)
    • Eraldo Medeiros Costa-Neto (Biologia)

 

O ranking seleciona os melhores cientistas globalmente ou aqueles classificados entre o top em seus respectivos campos de estudo, evidenciando a qualidade da pesquisa produzida na Bahia.

 

TALENTOS NA BAHIA
Para o futuro, ainda é preciso superar alguns desafios no setor do fazer ciência. Entre eles, alguns pensamentos que segregam futuros cientistas. No caso, para a professora Mercante, uma das duas mulheres na lista, há desafios para as próximas gerações de pesquisadoras. 


“Infelizmente, ainda existem desafios para as mulheres na ciência. Embora sejamos a maioria nas universidades, isso não se reflete nas posições de liderança dentro da carreira científica. Às jovens cientistas, eu diria: é importante sermos realistas e reconhecer que as dificuldades sempre existirão. Apesar dos obstáculos, precisamos seguir firmes em nossos objetivos e buscar apoio para superar essas barreiras”, incentiva a química.

 

Para professores como o biólogo Eraldo Costa, que trabalha com registro de plantas e insetos em diferentes comunidades, ainda é preciso que a universidade retorne seus trabalhos para o corpo social, por meio de melhorias de espaços públicos, como uma "via de mão dupla entre a universidade e a sociedade".

 

“Eu vejo ainda muito preconceito contra o Nordeste, contra as universidades públicas que aqui estão. Aqui nós fazemos pesquisa de ponta, ainda mais em extensão. Atuei em diferentes comunidades em municípios baianos: Paulo Afonso, Juazeiro, Anguera, entre tantos… Demanda da nossa parte [universidade] em fazer essa ponte, por exemplo, abrir e melhorar os museus, como o do Museu de Zoologia aqui em Feira de Santana e trazer um público externo para a universidade”, explica Eraldo Costa.

 

Disso, nenhum dos pesquisadores discorda. Ainda em entrevistas, todos os professores ouvidos pelo BN se dizem gratificados pela classificação e alertam que falta de incentivo é buraco claro que atrapalha o promissor fazer cientifico, seja em qualquer área.

 

“Acima de tudo, esse reconhecimento deixa uma mensagem para os alunos e jovens pesquisadores: precisamos ser resilientes. Trilhar uma carreira científica exige perseverança, mas cada conquista mostra que o esforço vale a pena”, finaliza a professora Mercante.

 

Ainda é necessário atrair novos nomes para o futuro. “Precisamos atrair novos talentos, com a consolidação de novas universidades como a nossa do sul da Bahia. Iniciativas como essas [ entrevista ao BN] são fundamentais, pois é preciso destacar que a interiorização das universidades é recente”, complementa o engenheiro Daniel Piotto da UFSB.

 

COMO É FEITO?
O ranking é coordenado por pesquisadores da Universidade de Stanford, liderados pelo Professor John P. A. Ioannidis, e usa como base o banco de dados Scopus. O que o torna único é o foco em um indicador composto, o c-score (composite score).

 

A inclusão nesta lista significa que os pesquisadores estão classificados entre o Top 100.000 cientistas globalmente ou entre o Top 2% de seus respectivos subcampos de estudo.

 

A excelência da pesquisa baiana abrange um amplo espectro de grandes áreas do conhecimento, demonstrando a multidisciplinaridade das instituições locais. A área de Clínica da Saúde lidera a representação do estado na lista. Veja a distribuição das Áreas de Especialidade:

  • Clínico da Saúde (5 pesquisadores)

  • Química (3 pesquisadores)

  • Biologia (2 pesquisadores)

  • Saúde Pública e Serviços de Saúde (1 pesquisador)

  • Tecnologias Habilitadoras e Estratégicas (1 pesquisador)

  • Ciências da Terra e Meio Ambiente (1 pesquisador)

  • Agricultura, Pesca e Silvicultura (1 pesquisador)

 

Mesmo em áreas não citadas, o fazer ciência ainda é importante para todo o país, como explica o professor baiano de Vitória da Conquista: "A ciência é como um grande muro, cada pesquisador vai lá e coloca um bloquinho, às vezes um coloca o bloco final e faz uma descoberta. Todo pesquisador faz um trabalho necessário, não estudamos sem motivo", ressalta Matheus Pithon. 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
O Palácio Rio Branco atirou no Rosewood mas pode acertar é no Ibis. Mas esse não é o único problema que ronda a Praça Municipal. Enquanto isso, o Cavalo do Cão tenta resolver a fratura causada por Card, e Lero confundiu a Aparecida com o aparecido. Por outro lado, o Soberano ainda precisa tirar essa sua imagem de Disney. E vem aí também a versão baiana dos Tribalistas... Saiba mais!

Pérolas do Dia

Rui Costa

Rui Costa
Foto: Victor Hernandes / Bahia Notícias

"Estamos conversando todos os dias e haveremos de intensificar as conversas na virada do ano, porque temos que discutir a política no país inteiro". 

 

Disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa ao afirmar que ainda não há definição sobre uma possível candidatura ao Senado em 2026, e que as conversas sobre o tema serão intensificadas na virada do ano. Segundo ele, a decisão será tomada de forma coletiva, considerando o cenário político nacional e as prioridades do governo.

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