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Tomou posse, nesta segunda-feira (15), o novo diretor geral do Hospital Geral Ernesto Simões Filho (HGESF), Luciano Pimentel Bressy. Para marcar a chegada ao cargo, o dirigente reuniu-se com o corpo diretivo da unidade, com quem conversou acerca das demandas da unidade e sobre sua trajetória profissional.
Bressy é graduado em medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), especialista em Videocirurgia pelo Hospital Sírio Libanês e pós-graduado em Gestão de Saúde, pelo Hospital Albert Einstein.
Sobre o novo desafio, ele afirmou que o enxerga como uma continuidade do trabalho que está sendo feito no Hospital Geral Ernesto Filho. “Estou aqui para somar e ajudar nesse processo e transformação do Hospital. Sem dúvida é um desafio, mas entro com muita vontade e amor por este novo trabalho.”
O prefeito Bruno Reis (União) justificou a nomeação do ex-deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos) para um cargo na gestão municipal. O gestor argumentou que a experiência de Nilo servirá para conduzir importantes articulações com o Legislativo.
"Marcelo Nilo é um grande quadro da política da Bahia. Fui colega dele por seis anos como deputado estadual. Tem uma grande capacidade política e vai me ajudar nas articulações junto com Cacá [Leão] na relação com o poder legislativo, nas relações institucionais com outros poderes. Nilo estava com vontade de trabalhar, tá com disposição e ao tomar conhecimento disso eu fiz o convite, ele prontamente aceitou e é mais um importante quadro da política da Bahia que vem reforçar ainda mais a nossa equipe", afirmou o prefeito.
Na edição do Diário Oficial do Município da última quinta-feira (6), Nilo foi nomeado para atuar como assessor especial IV, grau 58 na Secretaria de Governo (Segov), pasta comandada pelo também ex-deputado Cacá Leão (PP).
O ex-parlamentar republicano assume o cargo deixado por Adson Pires de Novaes Júnior. A posição tem como remuneração bruta mensal o montante de R$ 24,3 mil, conforme aponta o Portal da Transparência.
Nas eleições de 2022, Nilo tentou mais um mandato na Câmara dos Deputados, mas, com os 65.363 votos que teve no pleito, não conseguiu manter sua cadeira na Casa.
O ex-deputado estadual Carlos Ubaldino (PDT) foi nomeado, nesta sexta-feira (10), na secretaria de governo da prefeitura de Salvador. A informação consta no diário oficial do município.
Ubaldino terá o cargo de Assessor Especial IV, Grau 58, na Segov. Em 2022, antes das eleições, o pastor Carlos Ubaldino divulgou a saída do PSD e a filiação ao PDT para integrar a bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
O pastor concorreu ao cargo de deputado estadual e foi o mais votado pela cidade de Olindina, com 3660 votos e teve ao todo 22.620 sufrágios. Pai da vereadora Débora Santana (Avante), a família realizou alguns ajustes para as últimas eleições (reveja aqui e aqui).
HISTÓRIA DO EX-DEPUTADO
Natural de Cipó, Ubaldino completará 75 anos em 2023. O pastor assumiu como deputado estadual em 2021, em decorrência da renúncia do deputado Jânio Natal (PL), que foi eleito prefeito de Porto Seguro.
Além disso, Carlos Ubaldino (PSD) é réu em um processo decorrente de desdobramentos da Operação Águia de Haia. O deputado estadual é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de integrar uma organização criminosa que fraudou uma licitação da prefeitura de Camamu, na região Baixo Sul do estado, causando um prejuízo R$ 370 mil ao erário municipal (veja mais).
Depois de conseguir uma vaga para a própria esposa na Embratur, o secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif, que é próximo ao presidente Jair Bolsonaro, conseguiu emplacar mais um parente para cargo no governo federal.
De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, a cunhada do secretário garantiu um cargo de chefia na Fundação Casa de Rui Barbosa. Segundo a publicação, Fabiane dos Santos Monteiro foi nomeada pelo ministro do Turismo, Gilson Monteiro, na semana passada.
O Ministério do Turismo nomeou o pastor evangélico Tassos Lycurgo Galvão Nunes para o cargo de diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A nomeação foi publicada nesta terça-feira (8).
Tassos é professor do programa de pós-graduação em Design da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pastor da comunidade cristã Ministério Defesa da Fé.
O religioso vai assumir o cargo que era do baiano Hermano Fabrício Oliveira Guanais e Queiroz, que estava no órgão desde 2016.
O departamento em questão é responsável, dentre outras funções, pela preservação e a difusão da cultura e de manifestações ligadas à memória de comunidades tradicionais, povos indígenas e religiões de matriz africana.
A Justiça do Rio de Janeiro anulou a nomeação da dentista Edianne Paulo de Abreu, amiga do secretário Especial da Cultura, Mário Frias, em um cargo da pasta comandada pelo ator.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a nomeação de Edianne como coordenadora-geral do Centro Técnico do Audiovisual (CTAV), ocorrida em setembro (clique aqui e relembre), foi anulada pela 21ª Vara Federal do Rio de Janeiro.
"O risco de dano irreparável ou de difícil reparação, por sua vez, decorre do prejuízo de descontinuidade das atividades administrativas do setor cultural, tendo em vista a ocupação de relevante cargo de confiança por pessoa, ao menos numa primeira análise, sem formação acadêmica e profissional apta ao seu regular desempenho", decidiu o juiz Mario Victor Braga Pereira Francisco de Souza, responsável pela decisão em tutela de urgência.
Ainda segundo o jornal, a anulação se deu após contestação do Ministério Público Federal, em decorrência de uma denúncia do guarda municipal Rodrigo Figueredo, membro da Renosp LGBTI+ e do movimento Policiais Antifascismo.
Nomeada em setembro, a dentista bolsonarista, que foi candidata a deputada federal pelo PSL-RJ, não informou qualquer formação ou experiência na área à qual deveria atuar no governo (clique aqui). Diante disto, entidades do audiovisual fizeram manifestações para expressar a preocupação com os rumos do setor (relembre).
Após ser indicado em julho por Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, Victor Hugo Diogo Barboza, aluno de Olavo de Carvalho, foi nomeado para um cargo na instituição, nesta sexta-feira (12).
De acordo com informações do Estadão, ele vai comandar a Coordenação de Articulação e Apoio às Comunidades Remanescentes dos Quilombos, do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro, em substituição a Tauiny Lasmar Moura dos Santos, que estava no cargo desde julho julho de 2019.
Ainda segundo a publicação, o novo contratado é graduado em direito e biomedicina, e não tem experiência na área de atuação na Fundação Palmares, órgão vinculado à Secretaria Especial da Cultura. Victor Hugo já foi filiado ao PPL e atuou como como ajudante parlamentar do PMDB. Ele também passou em um concurso para soldado em Brasília, e é aluno de um curso online de filosofia ministrado por Olavao de Carvalho, guru ideológico da família Bolsonaro.
Vocalista do Yahoo, grupo de pop rock que fez sucesso nos anos 1980, o cantor Zé Henrique é cotado para assumir um cargo na Secretaria Especial da Cultura. Mais especificamente, segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, ele pode assumir a Secretaria de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual, vinculada à pasta comandada por Mário Frias.
Nesta terça-feira (21), o músico esteve na sede da Secult, em Brasília, e registrou o encontro com o secretário em suas redes sociais. “Deus nos abençoe”, escreveu na descrição da foto, na qual aparece ao lado de Frias.
Ainda segundo a publicação, Zé Henrique sugere que participa de compromissos oficiais, mesmo sem ter um vínculo oficial com o governo federal. “Falamos super bem de você hoje numa reunião na Embratur”, disse ele, em resposta a uma mensagem do cantor Buchecha.
O cantor do Yahoo não é o único a atuar na Secretaria Especial da Cultura, mesmo sem ser nomeado. Além dele, o diretor do programa apresentado por Mário Frias na Rede TV!, Bruno Phillipi, e também Carlos Fabiano Pinto, Hélio Ferraz de Oliveira e Gustavo Menna, são outros nomes na mesma situação (clique aqui e saiba mais).
Depois da participação vexatória de Regina Duarte em uma entrevista à CNN Brasil (clique aqui e relembre), a equipe da Secretaria Especial da Cultura sofreu uma baixa. Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, após o “chilique” da atriz, que se negou a responder questionamentos de Maitê Proença sobre a ausência de políticas públicas para o setor cultural, uma assessora especial deixou o cargo.
Ainda de acordo com a publicação, Renata Giraldi era responsável pelas demandas da imprensa de Regina Duarte e a exoneração foi confirmada pelo Ministério do Turismo, pasta à qual a Secretaria Especial da Coluna está vinculada.
Ex-assessor de Carlos Bolsonaro, tendo trabalhado no gabinete do vereador carioca entre os anos 2002 e 2017, Luciano da Silva Barbosa Querido acaba de galgar um cargo no governo federal. Sua nomeação como Diretor do Centro de Programas Integrados da Fundação Nacional das Artes (Funarte) foi publicada no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (1º).
O órgão da Secretaria Especial da Cultura, que por sua vez está vinculada ao Ministério do Turismo, tem como principais atribuições a preservação, o registro e difusão do acervo da instituição.
Com a contratação, Luciano Querido terá o salário de R$ 10.373,30, segundo dados da Tabela de Remuneração de Cargos Comissionados, dentro do Sistema de Informações Organizacionais do governo federal.
CURRÍCULO
“Bacharel em Direito, desenvolvedor de aplicativos, administrador de banco de dados e gerente de projetos em uma ampla variedade de aplicações comerciais. Interesse especial no desenvolvimento de bancos de dados de clientes/servidores e relacionais usando Oracle, Sybase e MS SQL Server. Sempre me interessei por projetos de migração, bem como pela interação com fabricantes de bancos de dados, redes corporaticas, envolvendo principalmente fibra óptica. WebDesigner e Designer Gráfico, Marketing Digital. Specialties: Arquitetura de servidores e Edição de Filmes, Fotografia Digital (tratamento de imagens, recuperação de imagens danificadas)”, descreve Luciano, em sua conta no Linkedin.
Demitida por Regina Duarte do cargo de adjunta da Secretaria Especial da Cultura na semana passada (clique aqui e saiba mais), a reverenda Jane Silva diz ter recebido centenas mensagens de apoio. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
“Foi com enorme surpresa e frustração que recebemos a notícia de sua exoneração. Sua história de vida e sua perseverança inabalável em seguir o caminho do bem e da correção são um exemplo para todos”, diz uma das mensagem. “Creio que a senhora ainda terá espaço e importante participação no governo JB (pelo menos é meu desejo)”, diz outra.
Antes mesmo de tomar posse do cargo de secretária especial da Cultura, Regina Duarte e a reverenda Jane Silva, indicada pela atriz para ser adjunta na pasta (clique aqui), já estão em atrito.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o desentendimento se dá porque Jane não dá espaço para a artista, seguindo-a em diversos compromissos. Além disso, segundo a publicação, fontes de bastidores acreditam que a reverenda está tentando passar por cima da chefe nas atribuições da Secretaria.
Ainda de acordo com as fontes, Jane Silva tentou exonerar funcionários e tomar decisões sem comunicar a Regina Duarte, que teria ficado aborrecida com o comportamento de sua subordinada.
A atriz Regina Duarte, que após “noivado” selou o “casamento” com o governo Bolsonaro ao aceitar o convite para comandar a Secretaria Especial da Cultura (clique aqui), agora está preocupada com o seus proventos.
De acordo com informações do jornal O Globo, a artista confidenciou a amigos próximos que não sabe como fará para manter seu padrão de vida com os cerca de R$ 15 mil que receberá para ocupar o cargo no governo federal.
A aflição de Regina faz sentido, já que na TV Globo ela recebia R$ 60 mil mensais quando não estivesse atuando e R$ 120, se estivesse no ar em alguma produção. Como previsto em contrato, a emissora anunciou a demissão da atriz logo após ela confirmar que assumiria o cargo público (clique aqui).
O dramaturgo Roberto Alvim, que foi demitido do cargo de secretário especial da Cultura após fazer um pronunciamento com estética e discurso nazista (clique aqui), segue vinculado ao governo.
A exoneração de Alvim da Cultura saiu no dia 17 de janeiro (clique na imagem para ampliar)
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, Alvim, que antes de secretário ocupava a diretoria da Fundação Nacional de Artes (Funarte), não teve a exoneração deste cargo publicada no Diário Oficial da União até hoje.
Questionada, a assessoria de imprensa da Funarte informou que "Roberto Alvim foi desvinculado do cargo de diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte ao ser nomeado secretário Especial da Cultura, não sendo permitido o acúmulo de cargos". A assessoria disse ainda que "A Fundação desligou o então diretor de seu quadro no sistema eletrônico de pessoal do Governo" e "não houve mais pagamento de salário por parte da Funarte".
A Funarte não justificou, entretanto, a ausência da publicação da exoneração no Diário Oficial. Segundo especialistas, tal medida é essencial, já que, legalmente, nenhuma nomeação ou exoneração tem validade sem que seja publicada.
Mesmo ainda em “noivado” sem fechar “casamento” com o governo (clique aqui), Regina Duarte convidou a reverenda Jane Silva para o cargo de adjunta na Secretaria Especial da Cultura. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
Segundo a publicação, Jane, que atualmente é secretária de Diversidade Cultural da pasta, foi convidada pela atriz, nesta quinta-feira (23), durante uma reunião com assessores, secretários da pasta e o ministro do Turismo.
A reverenda Jane Silva, que aceitou a proposta de Regina Duarte, deve substituir João Paulo Soares Martins. “Uma amiga querida que torço para aceitar [assumir o cargo de secretária de Cultura. A namoradinha do Brasil vai empolgar a cultura”, disse Jane à coluna.
Presidente da empresa Associação Cristã de Homens e Mulheres de Negócio, a reverenda assumiu a Secretaria de Diversidade Cultural em novembro, e é apoiadora do presidente Jair Bolsonaro e simpatizante do ex-secretário Roberto Alvim.
Diante da pressão pelo pronunciamento no qual usa discurso nazista (clique aqui), o secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, anunciou que pedirá afastamento do cargo. “Tendo em vista o imenso mal-estar causado por esse lamentável episódio, coloquei imediatamente meu cargo a disposição do Presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de protegê-lo”, publicou Alvim em suas redes sociais, na tarde desta sexta-feira (17). “Dei minha vida por esse projeto de governo, e prossigo leal ao Presidente, e disposto a ajudá-lo no futuro na dignificação da Arte e da Cultura brasileiras”, acrescentou.
“Ontem lançamos o maior projeto cultural do governo federal, mas no meu pronunciamento, havia uma frase parecida com uma frase de um nazista. Não havia nenhuma menção ao nazismo na frase, e eu não sabia a origem dela. O discurso foi escrito a partir de várias ideias ligadas à arte nacionalista, que me foram trazidas por assessores”, escreveu o secretário, afirmando ainda que jamais teria dito a frase se conhecesse sua origem. “Tenho profundo repúdio a qualquer regime totalitário, e declaro minha absoluta repugnância ao regime nazista. Meu posicionamento cristão jamais teria qualquer relação com assassinos...”, justificou. O secretário pediu ainda perdão à comunidade judaica, a quem diz ter “profundo respeito”: “Do fundo do coração: perdão pelo meu erro involuntário”, declarou.
Em postagem anterior, Alvim classificou sua fala como “coincidência retórica” e acusou a esquerda de complô para prejudicar o governo Bolsonaro (clique aqui). “O que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota. Com uma coincidência retórica em uma frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o Prêmio Nacional das Artes que vai redefinir a Cultura brasileira. É típico dessa corja”, afirmou.
Apesar de afirmar ser uma "coincidência retórica", Alvim admitiu alinhamento com o discurso que antes disse não ter citado. "A frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo é o que queremos ver na Arte nacional”, disse ele.
A administradora de empresas Gislaine Targa, líder do grupo Mães Pelo Escola Sem Partido, ganhou um cargo no governo federal. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, ela foi nomeada chefe de gabinete da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), que está vinculada à Secretaria Especial da Cultura.
A nomeação de Gislaine, que junto ao grupo defende diversas pautas simpáticas ao presidente Jair Bolsonaro, está alinhada ao pensamento do governo, sobretudo após Roberto Alvim assumir o cargo de secretário de Cultura. Ele, que conquistou um cargo no governo federal depois de afirmar que sofria boicote da classe artística por ser bolsonarista (clique aqui), propôs a criação de um banco de dados de artistas conservadores para criar uma “máquina de guerra cultural” (clique aqui).
Engajada na defesa do governo Bolsonaro, Regina Duarte revelou não ter ambição de emplacar um cargo político. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a atriz comentou suas pretensões em depoimento para uma série apresentada pelo colega Carlos Vereza, sobre a história do cinema nacional, produzida pelo TV Escola.
“Você não vai querer me ver enfiada num gabinete”, disse Regina, ao ser indagada sobre a possibilidade de assumir um cargo na área da cultura. “Eu contribuo de fora com tudo o que puder para fazer a cultura florescer”, acrescentou a artista.
Regina Duarte foi questionada por Vereza ainda sobre o dia em que aderiu a um protesto a favor da Operação Lava Jato, quando um “caminhão do Bolsonaro” passou em frente ao seu prédio, no mês de junho. “Desci. Se tem algo que te desagrada, ficar em casa questionando não dá certo”, disse ela, que durante a campanha à presidência também subiu em trio para defender o então candidato Jair Bolsonaro.
Apoiador de Jair Bolsonaro (PSL), o diretor Roberto Alvim disse ter recebido R$ 7 mil em doações, em um único dia, para quitar as dívidas de seu teatro, o Club Noir. Ele pretende arrecadar um total de R$ 30 mil para pagar aluguel e contas do imóvel.
“No final de maio, por conta do boicote que sofremos, que gerou o cancelamento de um espetáculo que íamos estrear numa grande instituição aqui de São Paulo, e que também gerou o desaparecimento de nossos alunos (por conta da pressão que sofreram por parte da classe teatral para que parassem de estudar conosco), entramos em falência e decidimos fechar o Club Noir, nosso teatro que existia há 12 anos”, escreveu do diretor, em uma postagem em suas redes, nesta segunda-feira (24), para explicar os motivos de pedir doações.
“Estamos entregando o imóvel ao proprietário amanhã (terça). Mas ficamos com dívidas de 2 meses de aluguel, mais contas e IPTU. Essas dívidas somam um total de 30 mil reais (28 mil de aluguel e IPTU + multas, e 2 mil de conta de luz). Passamos os últimos dias vendendo todo o nosso acervo no teatro, mas isso só gerou cerca de 15 mil reais, o que será suficiente apenas para nossas despesas pessoais e mudança pra Brasília em julho. Ainda por cima, tive um caso de doença e internação na família, que consumiu cerca de 6 mil reais essa semana... Ou seja: continuamos devendo os 30 mil reais de aluguel e contas do Club Noir. e como muitos amigos se prontificaram a nos ajudar, venho aqui, humildemente, solicitar essa ajuda para a quitação da dívida”, escreveu o bolsonarista, que após alegar estar sendo perseguido pela classe artística, ganhou o cargo no governo, como diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte, e por isso vai precisar se mudar para a capital federal. “Em Brasília, vou lutar pela reconstrução da cultura brasileira - mas isso não é um mérito ou um favor, e sim o meu dever”, afirmou Alvim, que recentemente convocou os “artistas conservadores” para a criar uma “máquina de guerra cultural” (clique aqui e saiba mais).
Após o diretor de teatro bolsonarista Roberto Alvim convocar “artistas conservadores” para compor um banco de dados e criar uma “máquina de guerra cultural” (clique aqui), o setor ficou alarmado com as declarações dele, que acabou ganhando um cargo no governo e será diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte (clique aqui e saiba mais).
“Isso é perseguição política e religiosa. É a construção de um pensamento único que vai na contramão da democracia”, rebateu Rudifran Pompeu, presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
“Antes de entrar no governo ele já está cometendo discriminação, incitação ao ódio e propondo projetos sectários e segregadores”, avaliou Gabriel Paiva, presidente da Associação de Produtores Teatrais Independentes (APTI).
Depois do mal estar causado pelas declarações, Alvim voltou às redes para se defender. Segundo ele, a ideia não se refere “a orientações ideológicas, muito menos partidárias”. “O que estou propondo é um renascimento da arte e da cultura nacionais a partir da redescoberta dos clássicos. Fazer do palco palanque ideológico é justamente o avesso desta proposta”, explicou.
Após alegar estar sendo perseguido pelo setor cultural por ter declarado voto em Bolsonaro e ter conquistado um cargo no governo federal pelo mesmo motivo (clique aqui e saiba mais), o diretor de teatro Roberto Alvim agora mobiliza “artistas conservadores” para criar criarem "uma máquina de guerra cultural".
“Peço a todos os atores, diretores de teatro, dramaturgos, professores de artes cênicas, cenógrafos, figurinistas, iluminadores e sonoplastas, que se alinham aos valores conservadores no campo da arte do teatro, que enviem mensagens para o e-mail [email protected] com seus currículos”, convocou Alvim, por meio de suas redes sociais. “Estamos montando um grande banco de dados de artistas de teatro conservadores para aproveitamento em uma série de projetos”, explicou o diretor, solicitando que os alinhados à sua posição politica compartilhem a mensagem para criar a “máquina de guerra cultural”.
As declarações do diretor foram recebidas com aplausos e também críticas. “Fico impressionado. Um diretor de teatro que apoia o desmonte da cultura e a desqualificação dos artistas. Não sei se é um pândego ( aminho perigoso), um burro, ou somente um irresponsável. Prefiro ficar sem trabalhar como artista a ter que me sujeitar a trabalhar com imbecis defensores desse governo. Ficaria com muita vergonha. Aliás, por tudo q você produziu é muito triste q você não tenha aprendido nada. Que pena. Prefiro ser Uber a me sujeitar a fascistas que servem a um sistema que destrói a cultura. Vergonha!”, respondeu o ator Leandro da Matta. “E depois o PT era o grande demônio das ideologias. E isso é o quê? O problema é sempre a ideologia dos outros, né? A minha sempre é a certa. Tá bom...”, comentou um internauta. “Mas a mamata da lei rouanet não ia acabar gente? Ou vai ser uma Rouanet só pros amigos?”, questionou outro.
Houve também quem apoiasse a iniciativa de Alvim. “Sou conservadora. Arquiteta /UFRJ e cenógrafa (e de quebra também atriz / CAL) Vou enviar o meu. Fui professora de cenografia na EBA / UFRJ”, respondeu Lu Nunes De Siqueira. “Se prepara pro bombardeio. Parabéns pela iniciativa. Sou músico e completamente contra as práticas marxistas”, disse Willian Batiston.
Bolsonarista, o diretor de teatro Roberto Alvim, que foi a público recentemente para queixar-se do que considera um boicote do setor cultural por sua posição política, revelou que vai ganhar um cargo no governo.
Por meio de suas redes sociais, Alvim afirmou que conversou com o secretário de Cultura do governo federal, Henrique Medeiros, e que nesta segunda-feira (17) se reunirá com ele e o ministro da Cidadania, Osmar Terra.
Ele disse ainda ter recebido uma ligação de Jair Bolsonaro (PSL), na última quinta-feira (13), e que o bate-papo durou cerca de dez minutos. Após o contato com o presidente, Roberto Alvim afirmou ter recebido um convite para assumir um cargo no governo e que irá aceitar.
O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, pode estar prestes a colocar o seu cargo à disposição nesta terça-feira (12). De acordo com a Agência Brasil, Sérgio Sá cancelou um compromisso que teria no Rio de Janeiro, e mais cedo, divulgou uma nota oficial classificando como "equívoco" a decisão do governo, efetivada via medida provisória (MP), que transfere recursos da Cultura para o recém-criado Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Sobre a MP assinada pelo presidente Michel Temer nesta segunda-feira (11), (lembre aqui), o ministro afirmou que essa ação “põe em risco esta política e penaliza injustamente o setor cultural”. Ele ainda falou que irá lutar contra a proposta do governo no Congresso e que essa medida reduz de forma drástica a participação do Fundo Nacional de Cultura na receita das loterias federais. Sérgio Sá reconheceu a importância do investimento em segurança pública no “momento crítico que o país vive”, mas frisou que o combate à violência não deve se dar “em detrimento da cultura”.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.