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A Prefeitura de Salvador inaugurou neste domingo (30) mais dois campos com gramado sintético em Salvador nos bairros de Paripe e Luiz Anselmo. O investimento nos campos do Bate Coração e do Baixão foi de cerca de R$2 milhões, incluindo também nova iluminação. Com estes dois, já são 53 equipamentos com grama sintética entregues pela gestão municipal.
O prefeito Bruno Reis acompanhou a inauguração dos dois campos e destacou os investimentos da gestão no esporte da capital baiana. Segundo ele, Salvador é a cidade brasileira com mais campos sintéticos públicos do país. A expectativa da gestão municipal é chegar à marca de 100 equipamentos com grama sintética até o final do ano, conforme o prefeito.
Bruno Reis contou que, antes, era comum as comunidades pedirem para a Prefeitura passar a máquina para nivelar o campo ou implantar alambrado e vestiário. Agora, a implantação do gramado sintético é uma reivindicação comum das localidades de Salvador.
“Hoje estamos entregando os campos de grama sintética de número 52 e 53. Vocês sabem, esses campos antes eram uma realidade só para os ricos, que tinham dinheiro para pagar por um horário e reunir uma turma para jogar bola. Outro ponto é que esses campos eram considerados um luxo. Nós mudamos essa realidade. Hoje, as pessoas que não têm dinheiro ou condições de pagar podem jogar em um campo de grama sintética”, afirmou.
Na nova Arena Baixão , ele destacou a importância social do esporte. “Estamos firmes aqui no Baixão, com vocês, para entregar a arena de grama sintética. Tenho certeza de que, nesta arena, poderemos proporcionar momentos de alegria e felicidade para a garotada, para os adultos e até mesmo para a turma da terceira idade. Mas, em especial, poderemos oferecer aos jovens uma alternativa para se manterem afastados das drogas, do crime e da marginalidade”, disse.
Na comunidade de Paripe, Bruno Reis anunciou ainda que a Prefeitura vai regularizar a situação de 5,6 mil famílias que moram na localidade e não têm as escrituras de suas casas. Ele também disse que o gramado sintético era um sonho no Bate Coração.
“Aqui, no Bate Coração, todas as ações que foram realizadas recentemente e nos últimos anos são importantes. Mas esta comunidade tinha um sonho: ver chegar o campo de grama sintética, que já é uma realidade em nossa cidade. Antes, a galera queria era que passasse a máquina no campo, que fizesse o vestiário, que colocasse o alambrado e a tela de proteção para a bola não cair nas casas, e que instalasse iluminação em LED. Quando acendemos aqui à noite, parece que estamos na Fonte Nova ou no Barradão”, disse o prefeito.
MELHORIAS
Morador da região de Paripe, o pedreiro Paulo César comemorou o novo gramado do campo do Bate Coração. “Antes, o campo era sem grama e com muita poeira, também tinha muitos buracos, o que atrapalhava a nossa brincadeira. Ficou muito bom e vai nos ajudar a manter nosso lazer”, celebrou.
No Baixão, a diarista Sara Gomes, 49 anos, também exaltou a nova arena, onde o filho pratica atividades. “O campo sintético dá mais conforto a comunidade, sobretudo para as crianças. Meu filho participa de uma escolinha e usava o campo, que era todo de areia. Agora ele também está mais iluminado. Muito bonito”, comentou.
Uma denúncia criminal apresentada na Justiça Federal em Pernambuco afirma que o ex-governador Eduardo Campos (PSB), que morreu em 2014, era beneficiário de pagamentos feitos em uma conta em nome de um tio aberta na Suíça.
Segundo a acusação, a empreiteira Odebrecht fez repasses que somaram R$ 771,5 mil (o equivalente a R$ 4 milhões atualmente) em contrapartida a favorecimento ocorrido no governo do pessebista no estado (de 2007 a 2014), de acordo a Folha de São Paulo.
A denúncia foi oferecida após cooperação internacional com as autoridades suíças, que enviaram ao Brasil dados da conta suspeita. A acusação, que é desdobramento da Operação Lava Jato, foi apresentada em Pernambuco em junho passado e está sob segredo de Justiça. A juíza federal Amanda Diniz Araújo aceitou a denúncia em setembro de 2022.
Um dos acusados do crime de lavagem de dinheiro é Sandra Leote Arraes, viúva de um tio do ex-governador, Carlos Augusto Arraes —morto em 2010. Outro réu —este também suspeito de corrupção— é Aldo Guedes, ex-dirigente da Copergás, principal estatal pernambucana, e ex-sócio do ex-governador. Outros dois acusados são colaboradores da Justiça.
No último dia 17, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, determinou a suspensão da ação penal e do sequestro de bens em relação a Sandra Leote. O magistrado atendeu a um pedido da defesa que afirmava que outros processos que têm por base dados do acordo de leniência da Odebrecht foram paralisados. Um dos precedentes foi uma decisão favorável ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na denúncia apresentada em Pernambuco, o Ministério Público Federal afirma que, em 2007, Carlos Augusto abriu, no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe, uma offshore (empresa registrada no exterior na qual não é necessário declarar a origem e o destino do dinheiro). Essa empresa, batizada de Sama Group Corporation, tinha uma conta no banco suíço Pictet abastecida por outras offshores que, segundo a acusação, eram vinculadas à construtora Odebrecht.
Foram incluídos na denúncia, por exemplo, recibos de transferências para a Sama Group, entre 2008 e 2009. Uma das origens dos depósitos é uma empresa chamada Klienfeld, que já tinha aparecido em outros episódios da Lava Jato, como investigações relacionadas à ligação entre a Odebrecht e o marqueteiro João Santana.
Os procuradores dizem que o primeiro depósito feito na conta no banco Pictet foi justamente de uma das offshores atribuídas à Odebrecht, o que indica que ela "foi criada para receber pagamentos de origem ilícita relacionados ao Governo de Pernambuco".
Além do material enviado pelos suíços, a acusação também anexou troca de mensagens entre os integrantes da empreiteira sobre os pagamentos fora do país e que são apontados como vinculados ao ex-governador Eduardo Campos. Um delator da Odebrecht, João Pacífico, é citado na denúncia afirmando que a construtora foi informada naquela época de que sempre que realizasse obras públicas no estado deveria pagar um percentual do valor ao grupo de Campos. Em troca, receberia uma "reserva de mercado".
As obras envolvidas, diz a acusação, são a terraplenagem da refinaria Abreu e Lima e projetos no porto de Suape, como um píer. A empreiteira, hoje rebatizada de Novonor, firmou um acordo de colaboração em 2016 no qual seus executivos relataram ilegalidades envolvendo políticos. "A Sama Group Corp. era uma típica pessoa jurídica fraudulenta (shell company), sem atividade econômica nem empregados", diz a Procuradoria.
Os recursos que estavam depositados nessa conta, narra a denúncia, posteriormente foram transferidos para bancos em outros países, como China e Singapura. Os procuradores também dizem: "O estado de Pernambuco, durante os anos de 2007 a 2014, foi sede de uma organização criminosa liderada pelo falecido governador".
O Ministério Público afirma ainda que, com a morte de Carlos Augusto, Sandra assumiu o controle e administração da Sama Group e da conta na Suíça, cuja existência não foi informada às autoridades brasileiras, como manda a lei. A Justiça atendeu a pedidos dos investigadores para quebrar sigilos fiscais e bancários dos acusados durante as apurações.
A conta bancária da Sama Group no banco Pictet foi encerrada em 2016. Uma carta determinou que todos os seus ativos fossem transferidos para outros fundos vinculados em Nova York. Também são alvo na acusação criminal transferências que somam outros 3,7 milhões de euros (R$ 19 milhões de reais) feitas para a offshore, com origem em uma firma com sede no Uruguai de nome Cerro Leonado.
A acusação, porém, não vincula esses outros pagamentos, mais recentes, a Eduardo Campos. Afirma que a firma uruguaia pertence ao lobista José Amaro Pinto Ramos, que tinha ligações com a Odebrecht. Os procuradores relacionam essas operações bancárias a contrato da empreiteira firmado no âmbito do programa nacional de desenvolvimento de submarinos. A denúncia criminal aborda ainda suposto pagamento de propina pela empreiteira Galvão Engenharia, mas que teriam sido feitos dentro do Brasil.
Campos morreu em um acidente aéreo em Santos, no litoral paulista, durante a campanha eleitoral de 2014, quando disputava a Presidência da República. Sua força política continua até hoje, com os filhos João Campos, eleito prefeito do Recife em 2020, e Pedro Campos, eleito deputado federal em 2022 —ambos pelo PSB. Seu afilhado político Paulo Câmara, que deixou o PSB recentemente, governou o estado de 2015 a 2022.
A reportagem procurou João Campos, filho de Eduardo Campos, para comentar o assunto, mas sua assessoria afirmou que a reportagem deveria procurar o PSB em Pernambuco para falar a respeito. O partido não quis se pronunciar sobre o tema.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.