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A reforma administrativa proposta pelo prefeito de Salvador Bruno Reis (União) tem ganhado ritmo nos últimos dias. Com algumas pendências e entraves políticos com partidos, Bruno deve definir na próxima semana os representantes de pastas cruciais como a Saúde e a Educação. A Cultura também deve ter uma definição nos próximos dias.
O Bahia Notícias apurou com fontes ligadas a prefeitura e ao PSDB que um desfecho positivo para que a um representante da sigla assuma a secretaria de Saúde está encaminhado. O nome escolhido segue sendo o do atual secretário de Gestão da capital, Rodrigo Alves. Com isso, a legenda também indicaria o substituto de Rodrigo para a pasta de Gestão e, na sequência, o nome de Diego Brito, chefe de Gabinete do presidente da Câmara, para assumir a Semge.
O “nó desatado” teria ocorrido após a legenda receber a confirmação que teria maior atuação na SMS, com cenário mais próximo ao desejado, com “porteira fechada”. O fato teria agradado, principalmente, o presidente da federação PSDB-Cidadania, deputado federal Adolfo Viana (PSDB), além do próprio presidente da Câmara. A ampliação do comando da pasta demoveu os tucanos do antigo desejo pela Secretaria de Educação, pasta prometida à legenda antes das eleições.
Nesta semana, Muniz, inclusive, venceu mais um cabo de guerra com o prefeito. No âmbito da Câmara Municipal, o presidente conseguiu a indicação do nome de Sidninho (PP), vereador ligado a ele, para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), principal comissão da Câmara. Bruno Reis tinha o desejo de ter o vereador Duda Sanches (União), porém não emplacou o edil, sofrendo uma baixa nas negociações com o Legislativo.
A movimentação na gestão também vem facilitando a alocação de outros nomes na máquina pública. Como no caso da vice-prefeita de Salvador Ana Paula Matos, que permanecia de “stand-by” durante as negociações, já que poderia retornar para a Secretaria de Saúde, último posto que ocupou na gestão. Ana Paula, agora, tem caminho aberto para chegar para Secretaria de Cultura, após uma troca na pasta, com a saída do antigo secretário Pedro Tourinho. A ideia é permitir que Ana tenha “rodagem” na prefeitura, conhecendo diversos setores da administração, como antecipado pelo BN.
Nesta semana, outro antigo nome da gestão também teve sua saída confirmada, porém, com um substituto sendo colocado brevemente. O economista Pablo Souza foi o nome escolhido pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis (União) para assumir a Secretaria de Mobilidade da capital baiana. O novo titular da Semob vai substituir o ex-chefe do órgão Fabrizzio Muller, que se despediu oficialmente da gestão municipal nesta quarta (5) para atuar na iniciativa privada.
O vereador de Salvador Sidninho (PP) revelou que a procura por vereadores da legenda, por parte de lideranças do governo Jerônimo Rodrigues (PT) tem sido intenso. Sidninho, inclusive, citou em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da Antena1 Salvador 100.1, que ocorreu uma busca pelo MDB para eventual filiação.
VÍDEO ? Sidninho revela "flerte" de lideranças do governo Jerônimo a vereadores do PP de Salvador: "Fui convidado" pic.twitter.com/pJQVhs6Wf9
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) February 6, 2025
“Fui convidado, inclusive. O ex-deputado Lúcio Vieira Lima me ligou, ontem, meio-dia. Mais uma vez me convidou para ir para o MDB. Mais uma vez colocou à disposição toda a estrutura partidária e de governo. Mas, em 2014, decidi caminhar com Bruno Reis. Sou amigo dele, confio no mandato e no futuro. Confio no político Bruno Reis. Essa é uma decisão já tomada. (…) Infelizmente não posso aceitar alguns convites, por mais que sejam tentadores”, disse.
O edil também ressaltou que existe um movimento de diálogo de vereadores do PP com o governo, já que a insatisfação com o comando da legenda é notório. Com isso, o diretório municipal, comandado pelo secretário de governo da prefeitura, Cacá Leão, o ainda deve debater o que será feito com os integrantes da legenda. Cacá Leão, colocou panos quentes e indicou que as insatisfações no partido estão sendo resolvidas internamente com “diálogo”. Na avaliação dele, que também tem atuado como secretário de Governo da gestão Bruno Reis (União), a turbulência é normal e faz parte da democracia.
As recentes declarações divulgadas por vereadores de Salvador, eleitos pelo Partido Progressistas, colocam em questionamento o futuro partidário dos edis. Com uma bancada de cinco vereadores, o PP pode sofrer com uma debandada após alguns pleitos não serem atendidos. Informações obtidas e já divulgadas pelo Bahia Notícias por interlocutores da sigla em Salvador, existe uma incerteza grande com relação ao futuro do partido no âmbito estadual.
Além disso, a definição sobre o futuro político do partido teve um novo capítulo. Um encontro, em Brasília, no último sábado (1º), entre o presidente estadual, deputado federal Mário Negromonte Jr., e o presidente da legenda na capital, Cacá Leão, tentou contornar e aparar as arestas.
A definição dos nomes que irão presidir as comissões na Câmara de Vereadores de Salvador deve ficar para a próxima quarta-feira (5). Porém, o União Brasil já definiu o nome para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ): Duda Sanches. O edil foi confirmado pelo partido como o escolhido, conforme o líder do governo, vereador Kiki Bispo (União).
“Tivemos uma reunião na semana passada, o regimento fala que a indicação parte do partido e o partido entendeu por colocar o nome do vereador Duda Sanches. Claro que isso ainda requer passar pelo presidente, o regime é presidencialista, o presidente está analisando com calma. Mas foi uma indicação partidária, como prevê o regimento. Vamos esperar, para a partir de amanhã, ao abrir o prazo regimental, para poder ser discutido. Eu, como líder do governo, espero que o partido reedite a presidência da CCJ, tem sido de praxe. Somos a maior bancada do legislativo municipal”, apontou Kiki.
Responsável pela CCJ na última legislatura, o vereador Paulo Magalhães Jr. (União) deve deixar o posto. “Paulo é procurador, Duda já é segundo vice. Os espaços vão se arrumando. Tenho prezado e me abstive de qualquer escolha, minha condição de líder do governo me isenta desta questão interna, mas o diálogo vai acabar prevalecendo. É natural e legítimo que todos queiram presidir a CCJ, mas vamos chegar a um consenso”, indicou.
A definição sobre a presidência e a composição das Comissões temáticas da Câmara Municipal de Salvador deve ficar para a próxima quarta-feira (5). O presidente da Casa sinalizou, nesta segunda (3), que se reunirá com as lideranças partidárias para discutir a formação e indicação dos nomes, firmando assim as novas composições.
“Na quarta-feira, vamos fazer uma reunião com todos os líderes partidários, nós já temos mais ou menos um mapa de como vão ser as comissões. Espero, com os líderes, decidir quem será o presidente e vice de todas”, indicou Muniz.
? VÍDEO: Muniz indica que terá reunião com líderes partidários para definir presidências de Comissões da Câmara de Salvador
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) February 3, 2025
Confira vídeo? pic.twitter.com/XwmxaO0mgh
Sobre o principal colegiado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o presidente ressaltou que a definição do presidente dependerá “indicações dos partidos”. “A indicação quem faz não é o presidente da Câmara, são os partidos e líderes partidários. A depender das indicações que fizerem, podem ter mudanças”, sinalizou Muniz para uma possível troca do atual presidente, vereador Paulo Magalhães Jr. (União) do posto.
Liderança do PSDB em Salvador, Muniz indicou que não existe demora na composição de um novo secretariado da prefeitura de Bruno Reis (União). Para Muniz, “o tempo é do prefeito”, aconselhando que as perguntas fossem feitas ao atual gestor.
“PSDB tem a SEMGE, se você perguntar se o PSDB tem capacidade de ajudar muito mais, tem. Agora não depende do PSDB, mas da vontade do prefeito. Assim que ele achar que o PSDB pode ajudar em mais alguma coisa, temos nomes para isso”, apontou.
Com o início das atividades legislativas em mais um mandato para os vereadores de Salvador, alguns projetos devem tomar destaque na Câmara Municipal. Apesar do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e da Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (LOUOS) estarem no radar, o vereador Claudio Tinoco (União) acredita que o legislativo municipal deve apresentar novidades e apreciar também pautas propostas pelos edis.
“O PDDU e a LOUOS, por uma exigência da lei, estarão sendo discutidos a partir do momento em que o Executivo encaminhe os projetos para a Câmara. A gente não pode desprezar que essa Câmara que inicia hoje, inicia renovada. São 17 novos vereadores, em particular. Estou apresentando uma série de projetos legislativos, então, além da agenda importante que é o PDDU e a LOUOS, tenha certeza que essa Câmara vai iniciar a legislatura muitas inovações e debates. Uma Câmara ativa”, disse Tinoco.
Presente na primeira sessão legislativa do ano, nesta segunda-feira (3), Tinoco também comentou as recentes farpas trocadas entre o prefeito de Salvador Bruno Reis (União) e o governador Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo ele, o atrito seria traduzido pela “falta de diálogo” entre as lideranças.
“Quando você se sente desprestigiado, quando o governador transita e recebe prefeitos, como vocês estão vendo nos últimos dias, a referência que votaram com nosso candidato em 2022 [ACM Neto], isso demonstra uma posição extremamente política”, completou.
A eleição estadual de 2022 marcou o sucesso nas urnas de apenas um único vereador de Salvador: Emerson Penalva. A nova formação da Câmara da capital tem feito com que alguns vereadores estejam cotados para ocupar cargos na gestão da prefeitura, com isso abrindo espaço para alguns suplentes. Apesar disso, muitos deles não parecem estar tão animados com o desafio.
Em contato com alguns vereadores que tiveram sucesso no último pleito, eleitos e reeleitos, o Bahia Notícias apurou que a resistência teria motivo: a eleição de 2026. Muitos deles já projetam voos mais altos, e a estratégia mais viável para conseguir o “salto” para um mandato na AL-BA ou na Câmara é se manter como vereador. “[Para] Estruturar o mandato e organizar para 2026, não pode ser como secretário”, avaliou um vereador procurado pelo BN.
O “efeito Penalva”, avaliado como preponderante para o sucesso do agora deputado estadual do PDT, foi, justamente, se manter no mandato e permanecer “atuando e articulando”, pensando na eleição estadual. O movimento pode explicar a resistência de alguns edis da capital, que não estão dispostos a deixar a Câmara e assumir postos na gestão municipal. Apesar de algumas secretarias proporcionarem um “trabalho de entrega”, existe uma certa limitação. Além disso, o vereador ficaria mais “restrito” às atividades na capital baiana, impossibilitado de realizar viagens com mais intensidade.
Ouvidos em condição de anonimato, vereadores de diversas legendas apontaram que a atuação restrita e a cobrança direta da gestão não agregariam o necessário para conseguir se eleger. Em 2022, 16 dos 43 vereadores eleitos em 2020 disputaram a eleição. Para deputado federal foram: Alexandre Aleluia (PL), Sidninho (PP), Cátia Rodrigues (União), Cris Correia (PSDB), Débora Santana (PDT), George Gordinho da Favela (PP), Joceval Rodrigues (MDB), Marta Rodrigues (PT), Roberta Caires (PDT) e Maria Marighella (PT). Todos eles sem sucesso.
Já para estadual, onde Penalva conseguiu ter êxito, além dele, disputaram uma cadeira: Cláudio Tinoco (União), Sandro Bahiense (PP), Téo Senna (PSDB), Suíca (PT), Silvio Humberto (PSB) e Maurício Trindade (PP). Na disputa de 2026, na avaliação dos edis procurados, existe uma possibilidade de alguns deles conseguirem uma cadeira na AL-BA.
A disputa eleitoral pelas cidades baianas tem apresentado um movimento vinculado à capital baiana relacionado a alguns deputados federais. Maior colégio eleitoral do estado, Salvador possui 1.969.757 eleitores e tem ligado o alerta de alguns parlamentares que já pensam nas eleições de 2026 e buscam ampliar a votação. Com isso, candidatos a vereadores podem usufruir de certo apoio e estrutura do âmbito federal.
Como exemplo, em movimento para ampliar sua base, o deputado federal Dal (União) tem olhado com mais carinho para Salvador. Apuração do Bahia Notícias indica que o parlamentar apadrinhou Binho Ganso, candidato a vereador na capital, como representante na disputa. Apesar de ter em Salvador o maior número de votos, com 8.938, o interior do estado segue sendo seu maior reduto eleitoral.
Ao todo, Dal recebeu 140.435 votos por toda a Bahia. Reduto eleitoral do deputado, a cidade de Amargosa forneceu 5.881 votos. Dal foi o mais votado em Ubaíra, com 2.601 votos, em Sapeaçu com 4.027, em São Miguel das Matas com 2.329, Presidente Tancredo Neves com 4.791, Pau Brasil com 1.374, Nova Itarana com 2.434, Mutuípe com 3.438, Laje com 3.146, Jaborandi com 2.857, Itaquara com 2.476 e Camacan com 2.540 votos.
Também com forte atividade pelo interior do estado, o deputado federal Zé Rocha (União) teve 1.098 votos na capital baiana, durante a disputa de 2022. José Rocha foi o mais votado em alguns municípios, entre eles, Jussiape, Lagoa Real, Coribe e outros. O filho dele, o deputado estadual eleito Manuel Rocha (União), que deve "herdar" a vaga do pai, teve 1.401 na disputa em Salvador. Ambos têm auxiliado e acompanhado o candidato a vereador de Salvador Lucas Moreno, que também é filiado ao União Brasil.
Outro nome de expressão pelo interior do estado, o deputado federal Elmar Nascimento teve 12.620 votos em Salvador. Com base espalhada, Elmar foi o mais votado em alguns municípios, entre eles, Campo Formoso com 17.331 votos, Conceição do Coité com 9.859 votos e outros. Elmar também terá candidato a vereador na capital: o nome apoiado na disputa é o do ex-diretor de Esportes da capital Felipe Lucas (PSDB).
O deputado federal Cláudio Cajado (PP), com atuação mais direta no interior, teve 3.462 votos em Salvador. Cajado foi o mais votado em Tanque Novo com 6.433 votos, Tapiramutá com 3.659 votos, Pindobaçu com 5.255 votos, Ibicoara com 5.015 votos e outros municípios pelo interior. Pensando na capital baiana, Cajado tem atuado de forma conjunta com o atual vereador Átila do Congo (PMB) que irá buscar sua reeleição.
Na base governista, um dos que mais deve ampliar a base é o deputado federal Valmir Assunção. O parlamentar tem seus votos pulverizados pela Bahia, principalmente pelo sul do estado, sendo o mais votado no Prado com 6.013 votos, Rio do Antônio com 3.180 e Wagner com 1.716 votos. Valmir teve na capital baiana um total de 12.022 votos, em 2022, porém pode ampliar seus votos dois nomes ligados a ele na capital baiana: Fabya Reis e Tiago Ferreira.
Valmir, que é ligado ao movimento Sem Terra, é marido da candidata a vice-prefeita de Salvador, Fabya Reis, que também tem o desejo de disputar o pleito em 2026. Para vereador, o deputado petista possui forte ligação com o vereador Tiago Ferreira (PT), podendo também usufruir dessa troca de apoios para a próxima eleição.
Mais um nome que tem atuado na capital é o deputado federal Josias Gomes (PT), mais votado em 10 cidades pelo interior baiano, em 2022, como Camamu, Caetité, Rafael Jambeiro, entre outras. Apesar de não ter conquistado o mandato, Josias foi o primeiro suplente no pleito e com a licença de Afonso Florence (PT) para ocupar a Casa Civil no governo baiano, assumiu o posto. Na capital baiana, Josias recebeu 3.521 votos e tem apoiado o vereador Arnando Lessa (PT), que também busca a reeleição.
Mergulhado na organização das chapas de vereadores da base aliada, o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), que vai buscar a reeleição na capital, tem diversificado e ampliado o "diálogo". Informações que chegam ao Bahia Notícias dão conta que Reis está cada vez mais próximo dos vereadores de oposição.
Alguns vereadores de mandato, procurados pelo Bahia Notícias, em condição de anonimato, indicaram que o movimento de Bruno Reis seria "coordenado", buscando também atrair os edis da oposição. Recentemente, como exemplo, Bruno teria acatado emendas de vereadores do outro bloco, também como forma de "fortalecer" a relação com outros parlamentares.
"Bruno tem feito o que o governo não faz", disse um dos edis ao BN. A execução de projetos através das emendas dos vereadores de oposição tem sido um dos pontos mais ressaltados por edis da bancada. Os vereadores também apontaram para uma "facilidade" maior do diálogo com Bruno Reis, do que com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União). Bruno estaria mais "receptivo" para as demandas do bloco, facilitando os pedidos e "apaziguando" a relação.
O movimento de "abertura de diálogo" por Bruno Reis com os vereadores também tem sido um "passo além" para a manutenção de quadros da base governista. A permanência do vereador de Salvador André Fraga no Partido Verde, para as eleições deste ano, parece estar bem encaminhada por conta disso.
Com um debate aquecido dentro da federação que o PV compõe - juntamente com PT e PCdoB -, a manutenção de Fraga, mesmo apoiando a reeleição de Bruno, tem avançado. Externando frequentemente o desejo de se manter no partido, o vereador aponta para a "relação histórica" com a sigla, integrando os quadros de gestão nacional da legenda. Apesar disso, Fraga seria visto como um "estranho no ninho" dentro da federação que majoritariamente tem vereadores e políticos de oposição à atual gestão em Salvador. Mesmo com a "pressão", um exemplo tem causado certo desconforto aos integrantes do grupo: o vereador Suíca, do PT.
Durante uma reunião da federação em Salvador, na última quarta-feira (13), um questionamento causou embaraço aos membros partidários. Segundo presentes no encontro revelaram ao Bahia Notícias, um quadro da federação questionou sobre a permanência de André Fraga no PV. Uma das fontes relatou ao BN que a saia justa fica por conta da postura de outros vereadores da Federação Brasil da Esperança com matérias apresentadas pelo Executivo Municipal. "E Suíca, que vota com [o prefeito] Bruno Reis às vezes? E Tiago Ferreira? O próprio Hélio Ferreira, do PCdoB", disse um integrante em condição de anonimato.
Com o movimento do Ministério Público da Bahia (MP-BA) em recomendar a suspensão do leilão na área de preservação permanente no Corredor da Vitória, local incluso no pacote de desafetações da prefeitura de Salvador, a Câmara de Vereadores deve retomar os debates. Ao Bahia Notícias, o líder da oposição, vereador Silvio Humberto (PSB), apontou para o desejo de discutir o tema.
"Estamos acompanhando [a recomendação do ministério público], e vamos debater entre nós [vereadores]. Está começando agora [o ano legislativo], a matéria passou por lá, mas isso não significa que não podem ser feitas audiências públicas, e nem se pode usar o argumento de matéria vencida. A sociedade está dizendo que não aceita. Não há problema em você recuar. Caberia a prefeitura vagar com isso, não é a propriedade do prefeito e sim da cidade", disse Humberto.
Com leilão aberto para a venda, o número de espaços poderia ser maior. A prefeitura decidiu acatar, antes da votação na Câmara, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público que estipulava regras para o projeto das desafetações, retirando alguns locais. Apesar disso, Silvio indicou que o debate segue.
"Até porque o projeto foi aprovado e eles têm a maioria. Nós votamos contra essas desafetações. É uma falta de planejamento, pois se discutindo emergência climática, você acha que vai colocar áreas verdes, devolutas, que não tem importância. Se Salvador precisa respirar, como você vai jogar concreto em cima da cidade. As pessoas não vão comprar para deixar as áreas como estão", disse.
O leilão dos espaços tem agendamento para ocorrer até dia 15 deste mês, quando será feito a abertura para a venda do terreno do Corredor da Vitória.
O "rascunho" da chapa tucana para as eleições municipais de 2024 já tem sido feito, por meio do presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Carlos Muniz. A conta montada pelo PSDB não engloba o atual vereador Joceval Rodrigues (Cidadania), que integra a federação formada com o PSDB e projeta a ampliação da bancada.
"Joceval Rodrigues tem conversado com a gente, tem procurado outros partidos que ele deseja sair do partido. Ele tem um candidato a prefeito diferente do nosso, nós ficamos tristes por isso, mas ao mesmo momento fico alegre por ele ser bem cortejado por outros partidos. É um colega, uma pessoa muito competente e eu tenho certeza que terá êxito na campanha dele. Fico triste, mas espero que ele esteja fazendo a coisa correta para a carreira dele", indicou ao BN.
Muniz ressaltou que, desde 2007, quando iniciou na política, realiza a organização de legendas. "Pode ter certeza que o PSDB hoje tem quatro vereadores. Nós iremos aumentar esse número de vereadores com mandato e o PSDB na eleição de 2024 sairá muito mais fortalecido do que na eleição de 2020. Nossa pretensão é fazer de 6 a 7 vereadores e, com certeza, chegaremos nesse número", completou.
Ainda ocupando a secretaria de Infraestrutura de Salvador, o vereador de mandato Luiz Carlos (Republicanos) apontou que o ano legislativo deve ter um "ritmo acelerado", mesmo com eleições municipais no final do ano. Presente na reabertura das atividades na Câmara de Vereadores de Salvador, nesta sexta-feira (2), Luiz já tem retorno programado para o legislativo.
"Me descompatibilizo da prefeitura e volto para Câmara. A expectativa é manter o ritmo acelerado até próximo das eleições. Claro, a Casa é presidencialista, depende do entendimento do presidente, mas é um colegiado. Acho que vamos fazer um grande ano. Do ponto de vista de entrega da prefeitura, a cidade está um canteiro de obras, usando a inteligência, dialogando com órgãos de trânsito. Não estamos causando transtornos", disse Luiz Carlos.
Com o debate ativo para a vice ocorrendo, Luiz Carlos ressaltou que o processo ainda continua. "Com o Republicanos não seria diferente. Estamos alinhados com o partido que precisa ampliar espaços. Na Câmara temos três vereadores, três espaços de obras na cidade, quase 100% das obras passam por essas pastas. Vocês percebem que a contribuição tem sido importante. É natural que queira ampliar os espaços, mas é uma decisão do prefeito com os partidos", comentou.
Um terreno na Avenida Paralela está na mira da Secretaria da Fazenda do Município de Salvador. O caso veio à tona em meio à polêmica do projeto de lei aprovada pela Câmara de Vereadores, que autorizou a desafetação de 40 imóveis da prefeitura (reveja aqui).
De acordo com o Jornal A Tarde, o Ministério Público da Bahia teria apontado um erro no registro do Cartório do 2º Ofício de Imóveis d- Capital, em ação que tramita na Vara de Registros Públicos de Salvador. Esse erro teria retirado do patrimônio municipal uma área formada de Mata Atlântica preservada de 982.913,10m2.
O registro imobiliário da Fazenda Santo Antônio do Quadrado, que foi analisada pelo MP-BA teria originalmente uma área total de 4.329.864,00m2 e com o passar do tempo, seus proprietários teriam vendido a terceiros 5.312.777,10m2. O aumento da área na matrícula do aludido imóvel teria sido alvo de um bloqueio através da Procuradoria Geral do Município, após denúncia junto à Sefaz de Salvador, que analisa de forma administrativa o processo. O Espólio que se diz dono do terreno, avaliado em dezenas de milhões de reais, afirma que o remanescente da dita Fazenda seria de 1.537.021,48m2.
Com o Espólio vendido uma área maior que possuía, não caberia a ele a propriedade de nenhum terreno remanescente. Como todos os imóveis ao lado da Fazenda Santa Antônio do Quadrado seriam de uso do Município, a área que ele alega ser remanescente da Fazenda Santo Antônio do Quadrado, na verdade, é área derivada de outras Glebas e, portanto, de domínio pleno do Município.
Por conta da investigação aberta pelo MP-BA, tão logo confirmada essa tese, a prefeitura teria de volta essa área que sempre lhe pertenceu.
Nesta segunda-feira (27) ocorreu mais uma edição do projeto Câmara Itinerante. Dessa vez, a sessão ordinária foi realizada no Colégio Estadual Barros Barreto, na Rua da Austrália, em Paripe. A ideia é aproximar vereadores e população, para que os moradores possam indicar quais problemas precisam ser sanados.
Jacqson Dias, liderança comunitária de Fazenda Coutos III, afirmou que o transporte público no Subúrbio Ferroviário está sucateado. Outras lideranças criticaram o final das operações do trem que circulava entre a Calçada e os bairros da região. O trem foi desativado em fevereiro de 2021. E, em agosto deste ano, o Governo do Estado da Bahia anunciou uma nova licitação para implantar o VLT no Subúrbio Ferroviário.
Já Anselmo Soares, liderança do bairro Fazenda Coutos, afirmou que a população deve estar consciente no momento de escolher seus representantes. “É importante que a população do Subúrbio escolha como seus representantes lideranças que são dos bairros dessa região de Salvador e que atuam em prol dessas comunidades”, disse.
Representando o Instituto Jovens Periféricos, Jadson Palma questionou os vereadores acerca de projetos voltados para a juventude das regiões periféricas de Salvador. Ele próprio elaborou “um projeto de requalificação dos jovens através das escolas públicas” que enviou aos parlamentares.
O coordenador executivo do projeto é o vereador Luiz Carlos Suíca (PT), em parceria com a Escola do Legislativo, dirigida pela vereadora Marta Rodrigues (PT). “Neste espaço conseguimos dar voz e vez às lideranças que representam as associações das localidades, intercalando com colocações dos vereadores”, frisou Suíca.
Para o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Muniz (PSDB), o objetivo do projeto é aproximar, ainda mais, a Câmara de Salvador das comunidades. “O Subúrbio Ferroviário necessita de melhorias de equipamentos e serviços públicos de diferentes esferas governamentais. E também é papel do vereador levar essas demandas para o Executivo”, apoiou.
O vereador Orlando Palhinha (União) salientou que mantém projetos sociais no Subúrbio Ferroviário. “É necessário que a comunidade do Subúrbio venha a eleger seus legítimos representantes na Câmara Municipal, Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados”, disse.
As lideranças do Subúrbio Ferroviário também elogiaram a atuação dos vereadores Luiz Carlos Suica (PT), Isnard Araújo (PL), Marta Rodrigues (PT), Augusto Vasconcelos (PcdoB), Randerson Leal (PDT) e Hélio Ferreira (PcdoB) em prol da população dos bairros que integram essa região de Salvador.
A edição atual do projeto Câmara Itinerante já contemplou 16 localidades: Alto da Terezinha, Coutos, Fazenda Coutos, Ilha de Bom Jesus dos Passos, Ilha de Maré, Ilha dos Frades, Itacaranha, Nova Constituinte, Paripe, Periperi, Plataforma, Praia Grande, Rio Sena, São João do Cabrito, São Tomé e Lobato.
A Câmara de Vereadores de Salvador, nesta terça-feira (14), aprovou um projeto do executivo para a concessão de subsídio ao transporte público. Ao todo, foram concedidos R$ 205 milhões, pagos pela prefeitura, para o setor. O relator do projeto foi o vereador Tiago Ferreira (PT) e aprovado à unanimidade.
O valor foi dividido entre R$ 190 milhões para as concessionárias do serviço de transporte público coletivo de passageiros por ônibus convencional e R$15 milhões para os permissionários do subsistema de transporte especial complementar – STEC. Com votação tranquila, apenas a bancada de oposição votou de forma contrária ao projeto.
Antes da apreciação do projeto, foram apresentadas ao menos 14 emendas ao texto inicial, com apenas uma delas sendo aprovada pelo colegiado de vereadores, de autoria do vereador Suíca (PT), que aponta para o pagamento do subsídio retroativo de janeiro de 2023 até o mês atual - e não para o futuro, em 2024, como estava no projeto original.
Entres os pedidos negados estavam a inclusão de gratuidade para pessoas que fossem realizar o Enem ou Enad, para votar, que fossem estudantes, pessoas em gozo do seguro desemprego, além do retorno do "Domingo é meia", todas sem aprovação. O relator das emendas foi o vereador Paulo Magalhães (União).
O valor da nova tarifa do transporte público, em Salvador, saltou de R$4,90 para R$5,20, tendo a cobrança sido iniciada a partir desta segunda-feira (13). O anúncio do reajuste foi feito pelo prefeito Bruno Reis (União) na tarde desta sexta-feira (10), durante uma coletiva de imprensa no Palácio Thomé de Souza. A líder da oposição da Câmara, Laina Crisóstomos (PSOL), do mandato coletivo “Pretas por Salvador”, reclamou da votação ainda nem ter ocorrido e o aumento já estar valendo nesta segunda (13). Para ela, a movimentação é “estranha”, enquanto o aumento é “arbitrário e irresponsável”.
A vereadora Marta Rodrigues (PT) indicou alguns valores sobre o custeio do transporte público não foram divulgados através das planilhas. Já, o presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz sinalizou que irá dar o prazo de oito dias para a gestão explicar os valores. "Temos direito e eles tem o dever de encaminhar para essa casa todos os valores", disse.
CENÁRIO DO TRANSPORTE
O subsídio da Prefeitura também deve garantir melhorias para o sistema de transporte coletivo de Salvador, com a renovação da frota. Do total de R$205 milhões, R$190 milhões serão destinados para o Sistema de Transporte Coletivo por Ônibus (STCO) e R$15 milhões ao Sistema de Transporte Especial Complementar (STEC), os conhecidos amarelinhos. Este é o primeiro subsídio regular ao transporte público da história da capital baiana.
Como contrapartida, os consórcios do STCO devem adquirir 130 ônibus convencionais com ar-condicionado e tecnologia Euro 6, que serão adicionados ao sistema até abril de 2024, além de mais 58 ônibus para o BRT, entre veículos articulados e de 15 metros.
O "bate cabeças" pela candidatura de oposição em Salvador ainda tem gerado algumas "teses" entre os políticos do grupo. De acordo com mandatários que ocupam a federação formada por PT, PCdoB e PV, a ausência de nomes com traços ideológicos na disputa pela prefeitura pode gerar o reforço de outras legendas.
A avaliação de vereadores com mandato e postulantes pelo grupo partidário é de que o movimento de não ter "candidatos de esquerda", propicie o reforço na bancada do PSOL na Câmara soteropolitana. Ao Bahia Notícias, eles sugeriram que o movimento se daria por conta do "voto ideológico" ligado à esquerda, além do conhecido "voto de legenda", que seria reforçado pela candidatura do PSOL na capital.
Com uma candidatura já confirmada, o PSOL possui uma cadeira na Câmara, ocupada pela vereadora Laina Crisóstomo - Pretas por Salvador. O partido poderia então "atrelar" a candidatura de vereadores a majoritária. Entre os nomes cotados estão o dos ex-candidatos ao governo da Bahia, Kleber Rosa, e ao Senado, Tâmara Azevedo (relembre aqui).
O embate entre o vice-governador Geraldo Jr. (MDB) e o deputado estadual Robinson Almeida (PT), além da deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), tem gerado uma forte "incerteza" em quem deve disputar um mandato em 2024. O entendimento seria que, com o avanço da possibilidade de Geraldo Jr. ser o escolhido, as chances de "avançar" com candidaturas de vereadores da federação cairiam.
"Se temos o 13, iremos de 15?", questionou um interlocutor ao apontar para o cenário da disputa. "Com esse movimento só iremos reforçar o PSOL, que terá uma candidatura de esquerda", completou ao Bahia Notícias.
Apesar das sinalizações, o senador Jaques Wagner (PT) disse que a escolha do candidato único da base do partido para a disputa à prefeitura de Salvador, nas eleições de 2024, não deve deixar nenhuma “cisão” e nem “rusga” entre os possíveis nomes e os seus grupos (relembre aqui). O presidente do Partido dos Trabalhadores, Éden Valadares, também negou qualquer "rachadura" (veja aqui).
Com isso, a montagem das chapas de vereadores pelos partidos em Salvador pode ter algumas condicionantes. Uma delas, a do MDB, pode sofrer com a eventual candidatura a prefeito do vice-governador Geraldo Jr., ou não. O partido pode "ceder" o espaço para vereadores com mandato como contrapartida para liderar a candidatura na capital em 2024 pelo grupo político do governador Jerônimo Rodrigues.
CENÁRIO DA CHAPA DE VEREADORES
Com ou sem uma candidatura a prefeito em Salvador, o Partido dos Trabalhadores deve abocanhar o maior número de candidaturas na chapa para vereadores, na capital baiana. Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias com lideranças da legenda, o PT terá 18 das 44 candidaturas possíveis da federação com o PCdoB e o PV.
A condição, segundo as lideranças, se daria pelo maior número de representantes na Câmara atualmente, com quatro nomes: Marta Rodrigues, Tiago Ferreira, Suíca e Arnando Lessa - este último ocupando a suplência de Maria Marighella. As filiações do governador do estado, Jerônimo Rodrigues, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam "reforçado" o coro do grupo para o maior número de candidaturas dentro da federação.
Com ou sem uma candidatura a prefeito em Salvador, o Partido dos Trabalhadores deve abocanhar o maior número de candidaturas na chapa para vereadores, na capital baiana. Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias com lideranças da legenda, o PT terá 18 das 44 candidaturas possíveis da federação com o PCdoB e o PV.
A condição, segundo as lideranças, se daria pelo maior número de representantes na Câmara atualmente, com quatro nomes: Marta Rodrigues, Tiago Ferreira, Suíca e Arnando Lessa - este último ocupando a suplência de Maria Marighela. A filiação do governador do estado, Jerônimo Rodrigues, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam "reforçado" o coro do grupo para o maior número de candidaturas dentro da federação.
A mudança, que ocorreu na eleição geral do ano passado, e será aplicada pela primeira vez em um pleito municipal, coloca o número de vereadores mais um, no caso 44 nomes, alterou o cenário para o pleito de 2024. A medida também tem validade para as federações, fazendo com que tanto o PT, PCdoB e PV indiquem o total determinado na lei.
Por exemplo, em 2020, a coligação do atual prefeito Bruno Reis (União) lançou o maior número de candidatos, totalizando 890, seguido pela coligação de Bacelar (PV), com 174 postulantes. Em 2024, o União Brasil poderá lançar os mesmos 44 candidatos da federação PT, PCdoB e PV, e demais partidos ou federações.
E O PCDOB E PV?
O restante das 26 vagas pode ficar dividido da seguinte forma: 10 candidaturas do PV e 16 do PCdoB, de acordo com interlocutores da federação. Apesar disso, o grupo tem analisado que existe um "problema" interno na indicação de candidatos: o PV.
Integrantes do PCdoB e PT têm apontado que ao menos 9 dos 10 candidatos do PV seriam alinhados ao prefeito Bruno Reis. As candidaturas então seriam "gestadas" em um ventre de oposição, porém para "reforçar" a bancada ligada ao grupo político adversário.
Setores da federação ainda ponderam uma melhor "adequação" dos espaços, visto que o grupo pretende "reforçar" a bancada a partir de 2024. O PV possui apenas um vereador com mandato, André Fraga, ligado a gestão atual, sendo secretário durante mandato do ex-prefeito ACM Neto (União).
A política não está no radar do cantor Igor Kannário. Ex-deputado federal, o artista descartou disputar uma vaga na Câmara dos Vereadores de Salvador, em 2024. Kannário concedeu entrevista ao Bahia Notícias para divulgar o novo projeto musical "Liberdade Linha 8".
"Na realidade estou muito feliz com a minha vida de volta [após a saída da política]. Não tem dinheiro que compre, poder que tire seu direito de ir e vir. De ir e estar aonde quiser, de curtir onde você quiser, como você quiser. A política é uma parada que eu aprendi o que tinha que aprender, graças a Deus não foi roubar. Mas eu aprendi muitas coisas boas, informações que todo brasileiro, na minha opinião, tinha que saber do que sei e o que eu vi. Aí eles vão entender que lá dentro é outro país. Nós temos um país aqui e lá é outro. Política, para resumir, eu estou mais feliz sem ela do que com ela", revelou ao Bahia Notícias.
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De acordo com Kannário ele já viu o que tinha para ver na política. "Se foi uma faculdade eu já fiz. Foram 5 anos estudando duro e já fui, passei. Quero voltar a viver minha vida normal de artista, cantor, produtor e compositor. Ser pai presente, a política não deixava eu estar presente 100% em casa e na carreira. Quem me pergunta, eu digo que vivo muito melhor sem ela do que com ela", completou.
Kannário, que tem filiação ao União Brasil, não conseguiu renovar o mandato parlamentar em 2022. Seu partido conquistou seis das 39 vagas da Bahia na Câmara Federal, mas o ‘Príncipe do Gueto’ obteve apenas 20.514 votos (0,26% do total). O cantor foi eleito vereador por em 2016, e já em 2018 conseguiu alçar voo para Brasília, sendo eleito para a Câmara Federal.
Durante o mandato, Kannário foi o segundo deputado com mais faltas sem apresentação de justificativa na Câmara Federal. Segundo levantamento feito pelo jornal O Globo, foram 48 faltas desde 2019 (veja mais).
O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da ADPF, proposta pelo União Brasil, sobre a possibilidade de um terceiro mandato na presidência da Câmara de Vereadores de Salvador foi paralisado. O ministro André Mendonça pediu vista para a ação, impedindo a divulgação de novos votos.
Outros três ministros acompanham o relator do caso, o ministro Nunes Marques: Gilmar Mendes, Edson Fachin e Alexandre de Moraes. Já o ministro Dias Toffoli acompanhou o relator com ressalvas, mas sem alterar substancialmente o entendimento do relator.
A ação protocolada em abril de 2022 buscava impedir a reeleição pela terceira vez consecutiva de Geraldo Jr. (MDB). O entendimento inicial era para a validade do terceiro mandato de forma subsequente, com decisão dada após o presidente da época, já ter se elegido como vice-governador da Bahia, em chapa com Jerônimo Rodrigues (PT).
Após o movimento, ficou validada a chegada do primeiro vice-presidente da Casa no posto, o atual presidente Carlos Muniz (PSDB). Apesar disso, a possiblidade de chancela da decisão pode impactar no futuro da Câmara, já que com o entendimento pela viabilidade da manobra sendo confirmando pela Corte, Muniz ainda poderia buscar, eventualmente, mais dois mandatos na presidência.
A dança das cadeiras dos vereadores de Salvador, pensando nas eleições de 2024, irá movimentar os bastidores da Câmara. Pensando na viabilidade política para o pleito do ano que vem, alguns edis devem migrar de partido, incluindo o vereador Isnard Araújo (PL).
Com o Partido Liberal passando por algumas mudanças, sob o comando do ex-deputado federal João Roma, Isnard pode não permanecer no partido. Informações obtidas pelo Bahia Notícias com interlocutores da Câmara apontam que o desembarque de Isnard deve ocorrer, porém com a indefinição do destino. O tema já teria o debate iniciado pelo vereador.
Com a indefinição e a dificuldade para o cálculo eleitoral do próximo pleito, o edil pode chegar a um partido menor, para conseguir garantir a eleição. Interlocutores sinalizaram ao BN que Isnard tem cogitado a possibilidade de se filiar ao Mais Brasil, partido que surge da fusão entre o PTB e o Patriota, porém ainda passa por um debate judicial para ser constituído de forma definitiva (veja aqui e aqui).
Ainda vinculado ao PL, Isnard fez coro para a chegada do colega de Câmara, o presidente Carlos Muniz (PSDB), ao partido (veja aqui). Apesar da intenção, o chefe do Legislativo soteropolitano acabou se filiando ao PSDB, aumentando o número de vereadores da legenda na Casa. Já o PL possui dois edis, contanto, além de Isnard, com Alexandre Aleluia.
O Partido da Mobilização Nacional (PMN) deve permanecer na base do prefeito Bruno Reis (União) e terá algumas condicionantes na eleição de 2024. Ao Bahia Notícias, o vereador Marcelo Maia sinalizou que a disputa para vereador tentará reforçar a chapa e ampliar o número de cadeiras.
"Certamente ele segue na base do prefeito. Embora existam outros convites de apoio. Queremos ter uma chapa competitiva de vereadores, eleger o meu nome, mas ter mais dois ou três. É claro, sem a chegada de vereadores de mandato ou medalhões, para dar oportunidades que eu tive, para ser eleito. Isso foi o que foi pactuado. Temos feito esse diálogo com a estadual e o presidente nacional", comentou.
Maia indicou que com o reforço da bancada na Câmara de Vereadores de Salvador, podendo eleger até três vereadores, o partido busca ampliar o espaço em uma eventual reeleição de Reis. "Assim teremos um espaço diferenciado no próximo mandato de Bruno", completou.
Os vereadores de Salvador apreciaram nesta terça-feira (9), durante sessão ordinária na Câmara Municipal, e rejeitaram seis recursos apresentados pelos edis às reprovações de projetos de lei no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Outros recursos estavam pautados mas foram retirados da ordem do dia (veja aqui).
Entre os temas dos projetos que tiveram recursos estão Lei "Racismo não é mimimi", o PL que institui o pagamento de meia entrada para professores da rede estadual e municipal em casas de show e espetáculos, outro PL para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus em Salvador, além de projeto para divulgação de lista descritiva dos imóveis de propriedade do municípios.
O regimento interno da Câmara prevê que as proposições dos vereadores devem tramitar na CCJ e serem arquivadas caso o parecer conclua pela ilegalidade ou inconstitucionalidade da matéria. Todos os projetos que tiveram a recusa do plenário foram arquivados da mesma forma.
MEDIDA PARA APRECIAR
Os recursos que foram colocados em pauta pelo presidente Carlos Muniz (PSDB) após acordo em reunião do Colégio de Líderes. Apesar da medida, a apreciação não é casual na Câmara.
No passado recente da Câmara de Salvador os recursos apresentados pelos vereadores não foram pautados em plenário e o mecanismo praticamente "caiu no esquecimento", em uma espécie de "limbo", deixando as matérias paradas na Casa sem definição pelo arquivamento definitivo ou pela continuidade da tramitação nas comissões.
Liderança do PT em Salvador, a vereadora Marta Rodrigues indicou que a filiação do presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, vereador Carlos Muniz, ao PSDB não indica uma adesão direta ao grupo do prefeito Bruno Reis (União).
"O presidente tem tomado decisões com muita firmeza. Já tinha anunciado que iria anunciar o partido que iria se filiar. Não acredito que vai seguir nessa caminhada [de seguir o governo]. Que nossa casa continue com autonomia, independente do lado de lá", indicou ao Bahia Notícias.
O PT segue sendo o principal opositor da gestão Bruno Reis e deve disputar a prefeitura com um nome próprio (veja mais aqui). Recentemente, lideranças sinalizaram que, por ajustes na seara federal, o partido poderia não colocar um nome no pleito de 2024 (reveja aqui).
O deputado estadual Robinson Almeida (PT) foi um dos filiados que defendeu a presença da candidatura de um nome do Partido dos Trabalhadores em Salvador. Nas últimas eleições, o grupo liderado pelo então governador Rui Costa (PT) colocou em prática a estratégia de pulverização da base aliada, incluindo o da candidata do partido, Denice Santiago. O movimento culminou com a eleição de Bruno Reis (União), sucessor do chefe do executivo soteropolitano ACM Neto.
A operação feita para a chegada de Carlos Muniz, presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, ao PSDB (reveja mais) foi bem vista pelo vereador Sidninho (Podemos). Ao Bahia Notícias, o edil indicou que a filiação "é o retorno de Muniz ao Podemos, de forma indireta".
"Esse movimento de Muniz não foi isolado. Já vinha caminhando nesse sentido. Por ter pessoas de confiança ao seu lado, ele optou pelo PSDB. O Podemos vai para essa federação. É o retorno de Muniz ao Podemos, de forma indireta", explicou ao BN.
Apesar da chegada de Muniz à federação, Sidninho indicou que sua permanência não está garantida no Podemos. "Se é uma federação, você vai optar pelo partido que vai trabalhar a política de forma melhor. A federação unifica os partidos. Isso afasta a gente do Podemos", comentou.
Sidninho revelou também que, mesmo com a chegada de Muniz, existe uma incerteza grande em quem federação irá apoiar nas próximas eleições. "É o PSDB que dialoga com Bruno [Reis]. O Podemos está com Heber [Santana], na base de Jerônimo. Raimundo Costa [deputado federal] na base de Jerônimo. Tem o assessor de Raimundo que tem pouca habilidade política presidindo o Podemos em Salvador, desqualifica o debate", sinalizou.
E COMO FICAM OS VEREADORES?
O grande quebra-cabeça para os partidos que devem compor a federação será como conseguir alocar tantos vereadores para as eleições de 2024. Com a chegada de Muniz, serão oito edis que devem buscar cadeiras na Câmara (veja mais).
Segundo informações obtidas nos bastidores das legendas, tanto Sidninho quanto Ricardo Almeida devem definir o futuro em 60 dias. E interlocutores da Câmara apontam que nenhuma legenda está descartada, incluindo o PSDB, de Muniz.
A sessão na Câmara dos Vereadores de Salvador, nesta quarta-feira (12), não apreciou os projetos previstos, por conta da ausência de acordos entre bancadas. "Sem acordo, não poderemos votar projetos de vereadores", disse o presidente da Câmara, Carlos Muniz.
A decisão de Muniz foi sustentada pelo regimento e apontou para a falta de diálogo entre as bancadas. As acusações de falta do cumprimento de acordo foi mútua, quando os edis discordavam sobre a quantidade de projetos apreciados e o trâmite nas comissões. Mais de 30 projetos estavam na ordem do dia para votação.
"Firmamos um acordo sim, no colégio de líderes, para votar os vetos no dia 3 de abril e no dia 12 de abril votar os projetos. Neste acordo não ficou registrado que passaria por todas as comissões (...) Não ter da bancada de oposição a anuência para se fazer, como ouvi nos bastidores, para votar o bloco 1 e votar a segunda parte", reclamou o vereador Cláudio Tinoco (União).
Já o vereador Silvio Humberto (PSB) indicou que o acordo que foi estabelecido não foi "o que chegou" em plenário. "Não estamos desrespeitando ninguém. Quero reafirmar nosso compromisso da oposição com a cidade. Votar, quando oposição, exercitando nosso direito, votar contra quando não se concorda", comentou.
"Respeitamos os quase três milhões de habitantes desta cidade. Teve projeto do executivo que aprovamos. É legítimo que o movimento esteja aqui, pois uma semana para outra não muda. Como tem acordo e um vereador da base pede vistas?", destacou Marta Rodrigues (PT), integrante da oposição.
As articulações políticas do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), têm chegado em Brasília. As informações obtidas pelo Bahia Notícias apontam que Bruno estaria em diálogo constante com a deputada federal e presidente nacional do Podemos, Renata Abreu. Com boa relação, Bruno estaria tentando ajustar uma estratégia para o partido para as eleições municipais.
A ideia é que o Podemos componha um dos "blocões" de vereadores para a disputa de 2024. A estratégia de Bruno Reis passaria pela montagem de grandes chapas partidárias entre os aliados para eleger o maior número de vereadores entre as legendas que apoiem a reeleição.
A organização do Podemos também passa pelo apoio do presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, o vereador Carlos Muniz (PTB). A migração de Muniz ao Podemos, conseguindo "comandar" e "organizar" a chapa do partido seria um dos trunfos para deixar a candidatura de Bruno ainda mais competitiva. A possibilidade já havia sido apontada pelo Bahia Notícias (veja aqui).
O movimento seria também um atrativo para atrair o apoio de vereadores que, atualmente, não compõem de forma aberta o apoio ao governo (veja mais aqui). A manobra também "apaziguaria" de forma definitiva os ânimos na Câmara, mantendo o processo legislativo de Salvador pacificado até o pleito no final de 2024.
PODEMOS APÓS O PSC
Na Bahia, o Podemos tem sofrido com uma certa divisão. A fusão de Podemos e PSC (reveja aqui) também passou por alguns acordos entre as lideranças de ambas legendas. Ao Bahia Notícias, o deputado federal Raimundo Costa (Podemos) indicou que o pacto realizado entre as lideranças prevê a divisão da presidência de forma igual.
O ajuste passa pela repartição em dois biênios, ficando o primeiro a cargo do PSC, que indicou Heber Santana para assumir o posto, e o segundo biênio com Raimundo, chegando para o posto a partir de 2025 (relembre aqui).
A Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final (CCJ) da Câmara Municipal de Vereadores será presidida pelo vereador Paulo Magalhães Júnior (União). Com isso, começaram a questionar a liderança de Claudio Tinoco na bancada do União Brasil na casa legislativa, já que ele tinha indicado o seu nome para o colegiado e não conseguiu lograr êxito.
Tinoco participou remotamente da instalação da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Relações Institucionais, sendo escolhido presidente.
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Antes das comissões serem instaladas, nesta quarta-feira (8), no momento em que o presidente, Carlos Muniz (PTB), lia a formação das 13 comissões permanentes da casa, o atual líder da bancada governista, Kiki Bispo (União), pediu questão de ordem e terminou discutindo com Muniz no Plenário Cosme de Farias.
Interlocutores falaram ao Bahia Notícias que a possível chateação do líder seria a presença de um membro na CCJ, que mesmo no guarda-chuva do governo, não deveria ser titular.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.