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Artigos

Ana Angélica
SindilimpBA luta por regulamentação da profissão de gari e margarida
Foto: Divulgação

SindilimpBA luta por regulamentação da profissão de gari e margarida

O Projeto de Lei 4146/2020 regulamenta a profissão de gari e margarida em todo o país. E o SindilimpBA não poderia ficar de fora desta luta. Em Brasília, conseguimos apoios de peso para estudar a redação do PL. É preciso cobrar a tramitação do projeto, a categoria espera pela regulamentação há décadas. A sociedade precisa participar. Vamos acompanhar mais de perto e criar estratégias para ajudar na aprovação. Os profissionais na Bahia estão celebrando o dia dos garis e margaridas, justamente neste dia 16 de maio.

Multimídia

Bruno Reis rebate críticas e cita reconhecimento da Caixa por gestão sustentável: "A oposição fala o que quer"

Bruno Reis rebate críticas e cita reconhecimento da Caixa por gestão sustentável: "A oposição fala o que quer"
O prefeito Bruno Reis rebateu, nesta quinta-feira (16), críticas que recebe de opositores políticos e nas redes sociais em relação a falta de árvores e a projetos de viadutos na cidade. Reis participou nesta manhã da abertura do 2º Congresso de Direito e Sustentabilidade, que acontece até esta sexta-feira (17) no Hotel Wish da Bahia.

Entrevistas

Os limites invisíveis da campanha eleitoral: o que você precisa saber

Os limites invisíveis da campanha eleitoral: o que você precisa saber
Foto: Caroline Pacheco/Famecos/PUCRS
Quem não é visto, não é lembrado. Esta é uma “receita” que se tornou infalível, antes com o rádio, a TV e a mídia off, como santinhos e outdoors e logo depois com a internet e todas as suas redes sociais e plataformas.  A menos de seis meses para as eleições municipais, partidos e pré-candidatos estão em constantes articulações e principalmente correndo contra o tempo.

baiano

Gerente do Jequié indica "grupo competitivo" e projeta ida às semifinais do Baianão
Foto: Maurícia da Matta / Bahia Notícias

Presente no evento de lançamento do Campeonato Baiano nesta sexta-feira (12), o gerente de futebol do Jequié, Jayme Brandão, afirmou que o Jipão não vem para brincar no estadual. Em entrevista ao Bahia Notícias, o profissional detalhou a preparação do Jipão e destacou a missão da equipe buscar a classificação para as semifinais.

 

"A gente montou uma pré-temporada que começou no dia 5 de dezembro, fizemos três amistosos, vencemos dois, empatamos um. Os resultados não são o mais importante, mas dão uma boa sinalização de que estamos no caminho certo. Montamos um grupo competitivo, forte e a gente tem condições de fazer uma boa competição e ficar entre os quatro, quem sabe ir até a final da competição", disse.

 

Após vários anos no Bahia, Jayme agora vive experiência em um novo clube e terá justamente o Esquadrão de Aço como adversário na estreia, na próxima quarta-feira (10), às 21h30, na Arena Fonte Nova. Sem "coração dividido", ele se disse motivado para enfrentar o Tricolor.

 

"Quis o destino que fosse assim, mas estou feliz por reencontrar o Bahia logo na primeira rodada. O Bahia foi minha casa, mas agora estou defendendo o Jequié. Não vai ter questão de coração dividido. Meu coração vai ser azul e amarelo, torcendo pelo meu trabalho, por quem me deu espaço e condição de mostrar o meu trabalho. Vou estar empolgado e motivado para esse jogo contra o Bahia, assim como os demais. Mas é especial enfrentar o Bahia na estreia", explicou.

 

O gestor também exaltou o trabalho de valorização do estadual que vem sendo feito pela Federação Bahiana de Futebol (FBF).

 

"A Federação tem feito um bom trabalho para valorizar o Campeonato. O evento com a presença do governador, que mostra a importância da competição, com todos os jogos transmitidos. Visibilidade grande para os municípios e para os trabalhos do clube. Estou feliz com essa parceria renovada", acrescentou.

 

O Jequié retorna à elite do Baianão após conquistar o título da Série B em 2023.

Baiano tem prisão preventiva decretada após atear fogo contra ex-namorada no Ceará
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Um baiano, identificado como Jorge Luis Santos de Carvalho, 34, teve a prisão preventiva decretada nesta terça-feira (13), após ter sido preso em flagrante pela acusação de tentativa de feminicídio após atear fogo contra sua ex-namorada, nesta segunda-feira (12), numa via pública de Fortaleza.

 

A audiência de custódia que decidiu pela conversão da prisão aconteceria nesta quarta-feira (13), mas por conta da gravidade do caso, foi realizada em regime de urgência na noite de ontem.

 

A vítima, Talita Lopes Falcão, tem 34 anos, foi socorrida com ferimentos e permanece internada em estado grave em uma unidade hospitalar da capital cearense. As queimaduras comprometeram 80% do corpo.

 

Talita é mãe de uma menina de quatro anos, filha de Jorge Luis, e tinha medidas protetivas de urgência por conta de ameaças e violências anteriores. Segundo a decisão, há indicativos de que o autor não tenha aceitado o fim da relação.

 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra toda a ação do suspeito. Nas imagens é possível ver a mulher no chão e pessoas a ajudando. Uma das testemunhas afirmou que o autor do crime jogou gasolina da vítima.

 

Grapiúna lidera Série B do Baiano após a 4ª rodada; confira a classificação
Foto: Reprodução/FBF

Mesmo com o empate por 0 a 0 diante do Galícia, o Grapiúna continua na liderança da Série B do Campeonato Baiano após quatro rodadas disputadas.

 

O time de Itabuna é seguido de perto pelo Jequié, que tem 9 pontos, e venceu o Jacobina por 1 a 0 nesta rodada. Fluminense de Feira, com 7, e Vitória da Conquista, com 6, fecham o grupo dos 4 times que se classificam para as semifinais do Baianão da Série B. Os dois finalistas se classificam para a divisão de elite do estadual. 

 

Além do empate entre Galícia x Grapiúna e da vitória do Jequié diante Jacobina, a 4ª rodada da competição trouxe os seguintes resultados: Vitória da Conquista 1x1 UNIRB, Colo-Colo 1x0 Leônico e Fluminense de Feira 1x0 Juazeiro. 

 

Confira a classificação completa:

 

Foto: Reprodução FBF

Fluminense de Feira anuncia mais dois reforços para a Série B do Baiano
Foto: Montagem/Bahia Notícias

Disputando a Série B do Campeonato Baiano, o Fluminense de Feira segue reforçando o seu elenco. Nesta sexta-feira (19), o Touro do Sertão anunciou a contratação do volante Gabriel Pereira. 

 

O jogador de 26 anos estava no Lagarto de Sergipe e tem passagens por Campinense, Avenida, Atlético Tubarão, Santo André e Vitória.

 

Além do volante, na última quarta (17) o Flu também divulgou acerto com o ceontravante Geovane Itiginga, 25 anos, que estava no Audax de São Paulo. Revelado para o futebol pelo Bahia, Geovante também atuou por Caldense, Jacuipense, Figueirense, Brusque, entre outros clubes. 

 

Após golear o Leônico na estreia por 6 a 2 e perder para o Jequié por 1 a 0, o Fluminense de Feira volta a campo no próximo dia 28, contra o UNIRB, no estádio Antônio Carneiro, pela 3ª rodada da Série B do Baianão. 

FBF define datas e horários das quartas de final do Baianão Sub-20
Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

As datas e horários das quartas de final do Baianão Sub-20 foram divulgados nesta quarta-feira (10) pela Federação Bahiana de Futebol (FBF). Três partidas irão acontecer no sábado e mais uma no domingo. 

 

Confira os jogos de ida: 

 

SÁBADO, 13/5 

 

9h - Jacuipense x Barcelona de Ilhéus
9h - Camaçariense x Bahia 
15h - Itabuna x Vitória 

 

DOMINGO, 14/5 

 

15h - Conquista FC x Bahia de Feira

 

Jogos de volta: 

 

SÁBADO, 20/5 

 

9h - Bahia de Feira x Conquista FC
9h - Vitória x Itabuna
10h - Bahia x Camaçariense 

 

DOMINGO, 21/5 

 

15h - Barcelona de Ilhéus x Jacuipense 

 

Em uma das semifinais, enfrentam-se os vencedores de Bahia de Feira x Conquista e Jacuipense x Barcelona; na outra, o confronto será entre quem passar de Bahia x Camaçariense e Itabuna x Vitória. 

Ex-Atlético de Alagoinhas e Vitória, Miller acerta com o Jequié
Foto: Divulgação / Atlético de Alagoinhas

Visando o acesso para a Série A do Baianão, o Jequié fechou com o meia Miller, ex-Atlético de Alagoinhas e Vitória. A informação já foi confirmada pelo próprio atleta em seu Instagram. 

 

Miller Chaves Dias tem 30 anos e acumula passagens por Atlético de Alagoinhas, Botafogo-BA, Atlético Paranaense, Vitória, Carajás e Botafogo-PB, seu último clube. O jogador ganhou destaque ao ser bicampeão baiano pelo Atlético de Alagoinhas e eleito o melhor da competição em 2022. Miller poderá jogar pelo Jequié no próximo domingo (13) quando a equipe enfrenta o Grapiúna, no Estádio Waldomiro Borges. 

 

Além dessa partida, a 1ª rodada da Série B do Baianão traz Vitória da Conquista x Jacobina, sábado, às 15h. No domingo tem Leônico x Fluminense de Feira, 15h, e Juazeiro x Colo-Colo e Unirb x Galícia, às 16h. 

Galícia, Jequié e Leônico anunciam reforços para a Série B do Baianão
Foto: Reprodução/Redes sociais

A bola vai rolar na Série B do Baianão! No próximo dia 14, dez equipes entram em campo em busca das duas vagas para a divisão de elite estadual e os reforços seguem sendo anunciados.

 

Nesta quinta-feira (4), o Galícia oficializou mais quatro jogadores: o volante Matheus Chaves, campeão da Série B com o Itabuna no ano passado e semifinalista da Série A em 2023, o goleiro Guiga, revelado pelo Jacuipense, o lateral Marquinho Carioca, que estava no ABC, e o atacante Emerson Mineiro, com passagens por Portuguesa, Sertãozinho e Paranoá-DF, onde disputou o Campeonato Brasiliense 2023. 

 

Já o Jequié anunciou reforço no gol. O goleiro Léo Paredão, campeão sergipano pelo Sergipe e eleito o melhor goleiro da competição, vai jogar pela 3ª vez no Jipão. Em 2017, o jogador foi campeão da Série B do Baianão. 

 

Outro clube que anunciou reforço foi o Leônico. Fabrício Santos, atacante revelado pelo Bahia de Feira, chegou para ajudar a equipe campeã baiana em 1966 retornar para a Série A do Baianão. 

 

Além de Galícia, Jequié e Leônico, a Série B do Campeonato Baiano terá Colo-Colo, Fluminense de Feira, Grapiúna, Jacobina, Juazeiro, UNIRB e Vitória da Conquista. 

Presidente do Olodum, João Jorge assume comando da Fundação Palmares
Foto: Divulgação

O baiano João Jorge Rodrigues foi oficializado como novo presidente da Fundação Cultural Palmares. O ato foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (21). João Jorge é militante do negro, advogado, produtor cultural e presidente do bloco afro Olodum.

 

A ministra da Cultura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Margareth Menezes, anunciou João Jorge ainda em 22 de dezembro do ano passado. Na palavras dela, ele teria a função de recuperar a Fundação Palmares, após a polêmica gestão de Sérgio Camargo, durante o governo Bolsonaro.

 

João Jorge tem história em campanhas nacionais e internacionais de defesa e promoção do povo negro brasileiro e de combate ao racismo.

Baiano Reinaldo Calixto Filho expõe obras no Expo Arte SP
Fotos: Reprodução/Instagram

O artista baiano Reinaldo Calixto Filho teve suas obras selecionadas para a 31ª edição da Expo Arte SP. O evento acontece na Art Lab Gallery, em São Paulo, entre os dias 23 deste mês e 9 de abril. 

 

 

O baiano começou sua carreira artística de uma forma inusitada. Após um incêndio atingir sua casa, Reinaldo utilizou a arte como ferramenta de renascimento. Com várias obras pintadas desde o acontecido, ele já é reconhecido no estado, e possui exposições em locais relevantes, como no átrio do Tribunal de Justiça da Bahia.

 


 

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Amazon inicia gravações da série 'Cangaço Novo', dirigida pelo baiano Aly Muritiba
Foto: Divulgação

A Amazon Prime Video anunciou, nesta quarta-feira (3), o início das gravações de sua nova série brasileira original, “Cangaço Novo”, que conta com cenas filmadas no Nordeste do país. Com oito episódios de uma hora, a série é produzida pela O2 Filmes e dirigida pelo baiano Aly Muritiba e o paulista Fábio Mendonça.

 

A produção conta a história de Ubaldo (Allan Souza Lima), um infeliz bancário da zona urbana de São Paulo sem nenhuma lembrança de sua infância, que descobre ter uma herança e duas irmãs no Sertão do Ceará. Dilvânia lidera um grupo que adora seu famoso pai falecido; e Dinorah é a única mulher em uma gangue de ladrões de banco. 

 

Ao chegar na cidade, o protagonista passa a ser cultuado por causa da grande semelhança com o pai e acaba sendo chamado para cumprir seu “destino” como o novo mítico “cangaceiro” e liderar a gangue. Em uma empreitada inusitada, ele terá que enfrentar bandidos, assassinos, policiais corruptos e até explodir pequenas cidades, sempre tentando desesperadamente manter seus valores morais sob controle.

 

Além de Allan Souza Lima, o elenco de “Cangaço Novo” conta com Alice Carvalho, Thainá Duarte, Ricardo Blat, Marcélia Cartaxo, Hermila Guedes, Ênio Cavalcante, Adélio Lima, Joálisson Cunha, Pedro Lamin, Nivaldo Nascimento, Pedro Wagner, Rodrigo García e Luiz Carlos Vasconcelos. Os roteiristas da série são Fernando Garrido, Mariana Bardan, Eduardo Melo, Erez Milgrom e Viviane Pistache.

 

A data de estreia da série ainda não foi divulgada, mas ela será lançada no Prime Video globalmente, em mais de 240 países e territórios.

Um dos precursores do Cinema Novo, cineasta baiano Rex Schindler morre aos 99 anos
Foto: Divulgação

Um dos precursores do Movimento do Cinema Novo ao lado de nomes como Glauber Rocha, Roberto Pires, Braga Neto e Oscar Santana, o cineasta baiano Rex Schindler morreu aos 99 anos, na madrugada desta segunda-feira (20). De acordo com informações do Metro1, o artista teve falência múltipla dos órgãos. 

 

Ainda segundo a publicação, o sepultamento do cineasta está previsto para acontecer às 15h, no cemitério Jardim da Saudade, localizado no bairro de Brotas, em Salvador.

 

Filho do alemão Sigisfred Sigismund Schindler e da baiana Erudina Alves dos Santos, Rex Schindler nasceu em 8 de maio de 1922. Em 1936 concluiu a graduação em Medicina. Foi através do curso que ele participou da fundação do Teatro dos Estudantes da Bahia. Após incursão nas artes, ele atuou como roteirista, argumentista, produtor e diretor de cinema. 

 

A filmografia do cineasta baiano inclui as obras “A grande feira”,  de 1961; “Tocaia no asfalto”, de 1963; e Bahia, Por Exemplo", de 1971.

Três produções baianas se destacam no 12º Cinefantasy
'Açucena' é um dos vencedores | Foto: Divulgação

Três produções da Bahia se destacaram na 12ª edição do 12º Cinefantasy - Festival Internacional de Cinema Fantástico, cuja cerimônia de encerramento se deu neste fim de semana.

 

O filme “Açucena”, de Isaac Donato, levou o prêmio de Melhor Documentário; “Assombramitos”, de Elizangêla Dasilva venceu na categoria de “Melhor Curta Fantasteen”; e “Kaapora, O Chamado das Matas”, de Olinda Muniz Wanderley-Yawa, conquistou uma Menção Honrosa.

 

O grande vencedor da noite, no entanto, foi o longa-metragem “Carro Rei”, de Renata Pinheiro, com cinco premiações. A obra ganhou como Melhor Filme, Direção, Júri Popular e Ator para Matheus Nachtergaele. O longa também foi o indicado brasileiro para disputar o Prêmio Fantlatam - Alianza Latinoamericana de Festivales de Cine Fantástico -, considerado o Oscar do Cinema Fantástico.

Ator Sulivã Bispo relata 'abordagem constrangedora' e racismo em aeroporto de PE
Ator retornava das férias em Pernambuco | Foto: Reprodução / Instagram

Conhecido por interpretar “Mainha” no espetáculo “Na Rédea Curta”, o ator baiano Sulivã Bispo denunciou um episódio de racismo cometido por agente de segurança no aeroporto de Recife, em Pernambuco, quando ele retornava de suas férias em Porto de Galinhas para Salvador, na quarta-feira (8).

 

“Pra quem é negro o raio-x do aeroporto sempre trará uma abordagem constrangedora. Mas nunca tinha sido desrespeitado de forma tão agressiva como no aeroporto de Recife”, desabafou o artista, em sua conta oficial no Twitter. 

 

“O agente não se contentou em pedir para que eu tirasse o sapato e em me revistar três vezes. Solicitou que eu soltasse os cabelos passando o detector de metais e coçou o meu couro cabeludo como se fosse encontrar algo ilícito na minha cabeça”, relatou o ator, indignado.

 

O baiano disse ainda que ao questionar o segurança sobre “o modo exagerado da abordagem”, o homem afirmou que era um “protocolo de segurança”. Insatisfeito com a resposta, Sulivã Bispo conta que decidiu reagir. “Foi aí que Koanza me irradiou! Gritei bem alto que eles eram racistas e que a abordagem foi preconceituosa, fiz um ESC NDALO no aeroporto e constrangi quem queria me humilhar”, concluiu.

Filme baiano entra em catálogo de empresas aéreas e é exibido em viagens internacionais
Foto: Divulgação

Rodado no município de Curaçá, no Sertão baiano, o filme “Filho de Boi” entrou no catálogo de empresas aéreas e agora está disponível nos canais de entretenimento durante viagens internacionais. Dentre as companhias que exibem a obra estão a Air France, que tem hoje uma das maiores frotas da Europa, e a Emirates, com sede em Dubai.

 

A produção narra a história de um menino dividido entre ficar em casa com seu pai autoritário ou ir embora com seu novo amigo, o palhaço de um circo. O filme reflete sobre como se tecem os afetos, pensando o machismo nos dias de hoje, a partir da relação entre esses três homens, que têm olhares distintos sobre a vida.  

 

Dirigido por Haroldo Borges, “Filho de Boi”  é realizado pelo coletivo Plano 3 Filmes, formado também por Ernesto Molinero, Marcos Bautista e Paula Gomes. O elenco inclui nomes como Luiz Carlos Vasconcelos (de “Carandiru” e “Abril Despedaçado”), Vinicius Bustani (da peça “Criança Ferida”) e o protagonista João Pedro Dias, escolhido após um processo de seleção que envolveu 1.500 crianças de escolas públicas do sertão baiano.

 

O filme teve estreia mundial no Festival de Busan (Coreia do Sul) e, além do Brasil, passou também por países como México, Espanha, Argentina e Escócia, tendo recebido o Prêmio do Público do Festival de Málaga e do Festival Panorama de Cinema. Distribuído pela Olhar, o lançamento em outras janelas está previsto para o 2º semestre de 2021.

Impactado pela pandemia, músico baiano luta para manter sonho de estudar em Lisboa
Foto: Arquivo Pessoal

Natural de Conceição do Coité e cria do Projeto Santo Antônio de Música, ação sociocultural no semiárido baiano (saiba mais), o violoncelista André Alves, de 24 anos, luta para garantir o sonho de dar continuidade à sua formação na Europa, em meio ao caos da pandemia.

 

Depois de ter participado de eventos importantes como um intercâmbio internacional com a orquestra coiteense e uma apresentação com a Sinfônica Brasileira no palco do programa Caldeirão do Huck, na TV Globo (relembre), o jovem artista confirmou que queria mesmo levar a sério a carreira musical e decidiu que a educação seria o caminho.

 


André (ao centro) com o Projeto Santo Antônio de Música, em 2012 | Foto: Reprodução / Facebook

 

Imbuído deste desejo, após morar dois anos em São Paulo – onde estudou no Instituto Baccarelli, com o professor André Micheletti –, o violoncelista saiu do Brasil rumo a Lisboa, em Portugal, no final de 2016. Com a ajuda de uma família brasileira, ele concluiu mais uma fase de sua formação, no Conservatório de Música Metropolitana. “Eles me deram passagem, pagaram meu primeiro ano da escola, me ajudaram com moradia. Foram essenciais”, conta o baiano sobre os Martins, amigos de Michelletti e pais de uma violoncelista, que decidiram financiar parte dos estudos de André.

 

Após se formar no conservatório, o jovem coiteense decidiu que queria voar ainda mais alto. “Eu resolvi fazer a minha graduação aqui também, aí eu fiz provas e entrei na Academia Nacional Superior de Orquestra. Só que aqui na Europa, tanto as universidades privadas quanto as públicas cobram um certo valor. A universidade que eu estudo tem um valor a pagar, e mediante tudo isso que está acontecendo na pandemia, a falta de trabalho, acabou impossibilitando que eu me sentisse seguro para iniciar esse próximo ano letivo”, explica o artista baiano, que antes da emergência sanitária conseguia se manter dando aulas e tocando em eventos e nas ruas. 

 

“Quando chegou a pandemia, tudo isso se desfez e agora eu estou sentido que estou naquela fase do reconstruir. E pra reconstruir eu preciso de um apoio novamente”, pontua o músico, que ficou sem alunos em virtude da crise econômica que abateu o mundo, viu os turistas desaparecerem de Lisboa e presenciou a proibição dos eventos, por causa dos protocolos para conter a Covid-19. Diante do contexto crítico, o baiano decidiu lançar uma vaquinha online (clique aqui e colabore) para tentar garantir a continuidade dos estudos.

 


Com a pandemia, as ruas deixaram de ser uma fonte de renda para o músico baiano | Foto: Reprodução / Instagram

 

“Meu ano letivo se inicia em setembro. Eu terminei agora o primeiro ano da universidade e agora estou partindo para o segundo, são três anos. Só que eu estou naquela coisa de tentar movimentar as redes sociais para tentar conseguir algum patrocinador ou conseguir ajuda. Como eu sei que conseguir um patrocinador seria mais difícil, ontem eu criei uma campanha tipo uma vaquinha, porque talvez seja mais fácil as pessoas irem doando aos pouquinhos”, pondera André Alves. “Toda ajuda que vem é bem-vinda”,  garante o músico. 

 

A meta da campanha é arrecadar 3,5 mil euros, valor que cobre mais um ano na Academia Nacional Superior de Orquestra de Lisboa. “Projetei esse ano, porque depois que eu conseguir me reerguer, eu consigo me manter sozinho”, explica o artista, lembrando que em 2020, por um golpe de sorte, conseguiu minimizar um pouco o sufoco. "Quando começou isso, que eu fui perdendo aos pouquinhos [as fontes de renda], eu tinha uma certa reserva, não fui pego de surpresa. Os primeiros meses que eles trancaram todo mundo e não deram apoio nenhum eu consegui me manter e eu tinha uns meses da escola já pagos. Por que o que eu fiz? Parece que foi Deus! Eu tinha feito uns trabalhos e tinha pagado os seis primeiros meses, ou seja, quando aconteceu essa pandemia eu já tava com esse período pago”, lembra o violoncelista, que tem custo mensal de 314 euros, só com a universidade, além de mais 320 euros de moradia, 150 euros de alimentação e 40 euros de transporte. “Você vê que o valor ultrapassa o salário mínimo daqui, que é de 620 euros. Ou seja, só na minha universidade e na minha moradia eu já ultrapasso esse valor, por isso que é uma coisa que é difícil de se manter”, observa.

 

Cuidadoso, mas também confiante no seu propósito, o músico coiteense conta que vai oficializar a matrícula para seu segundo ano na Academia de Lisboa nesta sexta-feira (30). O próximo pagamento será no dia 1º de setembro, e até lá ele espera sensibilizar apoiadores.

Curta baiano 'O Mundo Acabou?' reconstitui drama de atores de teatro na pandemia
Foto: Divulgação

Inspirado em uma realidade muito próxima, artistas baianos lançam, neste domingo (18), o curta-metragem “O Mundo Acabou?”, que narra o cotidiano de insegurança de um grupo de teatro que se viu obrigado a suspender a temporada de um espetáculo por causa da pandemia. A obra ficará disponível gratuitamente no Youtube, até o dia 31 de julho.

 

Com 25 minutos de duração e classificação etária de 14 anos, o filme é um desdobramento da websérie homônima, que foi lançada em agosto de 2020. O curta conta a história dos membros desse grupo durante os cinco primeiros meses da pandemia. Impedidos de trabalhar e obrigados a ficar em casa, eles passam a dialogar em videochamadas e chats por aplicativos. Na pauta das conversas, são discutidos temas como solidão, falta de perspectiva de trabalho e a possibilidade de seguir na profissão. Diante de tantas dúvidas, os artistas recorrem à canção de Assis Valente para questionar: “será que o mundo acabou?”.

 

Com roteiro de Aícha Marques, produzido por Analu Tavares e idealizado por Mariana Moreno, o filme trata-se de um “flash” na vida da personagem Martha (Aícha Marques), diretora teatral do grupo fictício, e dos atores Pedro (Leandro Villa), Amanda (Analu) e Larissa (Mariana Moreno) em meio a lockdowns, isolamento social, toques de recolher e a espera pela vacina contra a Covid-19. O filme tem ainda Barbara Borgga como atriz convidada e traz o escritor e jornalista Jean Wyllys em inusitada participação especial.

 

O curta foi realizado a distância, a partir de reuniões virtuais e equipamentos individuais. “Dos atrasos das primeiras reuniões à finalização do filme, existiu a construção do que nos tornamos na pandemia. Ansiosos pelo fim, assustados com as novidades e angustiados com a incerteza do futuro próximo. Estes personagens são, cada um à sua loucura, nós todos”, conta o diretor João Lins.

 


SERVIÇO
O QUÊ:
Curta-metragem “O Mundo Acabou?”
QUANDO: 18 a 31 de julho
ONDE: Youtube - www.youtube.com/c/pontomovfilmes
VALOR: Grátis

Selecionado entre jovens de todo mundo, baiano vai debater futuro do cinema na Suíça
Foto: Arquivo Pessoal

Aos 23 anos, o soteropolitano Bernardo Lessa foi selecionado para o programa U30, previsto para agosto, na programação do Festival de Cinema de Locarno, na Suíça. Ele, que em 2019 foi um dos 250 convidados para participar do “Industry Academy”, laboratório para novos talentos promovido pelo festival, agora figura entre os oito “jovens promissores" escolhidos para debater o futuro do cinema, sendo o único latino-americano do seleto grupo.

 

“Eu chorei demais, é um programa muito novo e eu nem sabia que poderia ser convidado. Esse programa surgiu só em 2019, e surgiu em uma versão piloto em que convidaram 24 jovens talentos abaixo dos 30. Aí, agora na versão oficial eles convidaram só oito. Eu não esperava o convite, não esperava absolutamente nada”, conta o jovem baiano, que na Suíça irá participar de debates junto aos outros escolhidos, com o objetivo de apontar soluções para o mercado cinematográfico. "Com a pandemia, as plataformas de streaming cresceram muito e tiraram o poder de negociação das salas de cinema. Todo mundo quer saber o que vai ser no futuro. Vamos discutir ações que sejam boas para o mercado mundial", pontua.

 


Bernardo (abaixo e à esquerda), entre os talentos da América Latina no Industry Academy do Festival de Locarno, em 2019 | Foto: Arquivo pessoal

 

Apesar de muito jovem, o soteropolitano é graduado em Cinema pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), já trabalhou nas equipes de programação, curadoria e marketing do cinema da Fundação Nabuco, e hoje é supervisor de distribuição da Vitrine Filmes, uma das maiores distribuidoras independentes do Brasil, cujo catálogo inclui longas-metragens premiados como “Bacurau” e “A Vida Invisível”.

 

A carreira promissora de Bernardo, entretanto, não foi sedimentada por mero acaso e tampouco por pouco empenho. A identificação com o audiovisual veio na infância, quando ele, que é gago, percebeu que conseguia se comunicar bem naquele formato. “Entre os 10 e 11 anos eu aprendi a gravar vídeo e descobri que podia gravar sem ser impedido pela minha condição da fala. Desde pequeno sou gago, e quando vi que o vídeo e o audiovisual podiam ser meu modo de comunicação, isso virou minha linguagem”, lembra o baiano, que deixou Salvador aos 18 anos para estudar em Recife (PE).

 

A mudança se deu pela vontade de Bernardo de cursar Cinema e ter uma vivência em uma universidade federal. “Como a Ufba [Universidade Federal da Bahia] tem Comunicação, podendo apenas fazer ênfase em audiovisual, mas não tem o curso de Cinema e Audiovisual, decidir ir para a UFPE, onde tem o curso”, conta o baiano, que concluiu a graduação debruçando-se sobre a democratização do cinema nacional, mapeando as políticas públicas voltadas para a distribuição dos filmes. 

 

A partir do trabalho acadêmico, Bernardo percebeu que, apesar do crescente investimento em políticas de fomento nos últimos dez anos, há uma desproporção entre os valores empregados na produção e na distribuição do cinema nacional. “A maior parte, 96%, são voltados para a produção, enquanto só 4% vai para distribuição”, constatou o jovem, que vê o cenário deteriorar ainda mais na gestão Bolsonaro. “O governo atual joga contra o povo e contra a cultura”, avalia o baiano, segundo o qual não é possível produzir se não houver políticas públicas de fomento favoráveis.

 


Aos 23 anos, Bernardo sonha em democratizar o cinema brasileiro e impulsionar o mercado audiovisual no Nordeste | Foto: Arquivo Pessoal

 

A pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi também o que lhe credenciou a uma vaga de emprego na Vitrine Filmes, sediada em São Paulo, e o obrigou a migrar novamente, desta vez saindo de Pernambuco para a capital paulista. "No fim de 2019, Felipe Lopes viu minha pesquisa voltada para políticas públicas e eu fui convidado a trabalhar na Vitrine Filmes”, lembra Bernardo, citando o diretor da empresa.

 

“Entrei só como atendimento e curadoria. Alguns meses depois me passaram para o setor financeiro, para eu entender os modelos de negócio e como a Vitrine funciona. Depois me tornei assessor do diretor e hoje em dia sou supervisor de distribuição, estou em todos os departamentos”, narra o soteropolitano, que desde o ano passado aproveita a estadia em São Paulo para conciliar trabalho e a sequência de sua pesquisa, cursando uma pós-graduação em Gestão de Negócios Audiovisuais, pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). 

 

Na labuta diária, mas de olho no progresso pessoal e da sociedade, Bernardo Lessa vê com entusiasmo o que o futuro lhe reserva, sobretudo mirando o próximo agosto no Festival de Cinema de Locarno. “Eu acho que o mais importante nessa seleção e o que me deixa mais feliz - eu chega fico lacrimejando -, é que eu, nascido e criado em Salvador, nunca vi esse lugar de mercado como um lugar que eu pudesse pertencer também. Porque quando olhamos o mercado de cinema, distribuidoras, o poder financeiro do cinema brasileiro está muito focado no eixo Rio-São Paulo”, confessa o baiano. “Tenho certeza que essa seleção vai ser uma virada de chave. E minha missão é levar mais dinheiro para o Nordeste, levar mais oportunidade e abrir portas, não só de produções, mas de mercado também. Por muitos anos o Sudeste explorou a arte do Nordeste e tirou dinheiro de nós, não pode ser assim e não vai ser assim”, prevê.

Baiano anuncia que HQs de sua autoria sobre orixás entrarão no acervo de museu nos EUA
Foto: Tiago Dias / Bahia Notícias

O ilustrador baiano Hugo Canuto anunciou, nesta terça-feira (29), que um de seus trabalhos entrará para o acervo de um museu nos Estados Unidos.

 

“O Smithsonian National Museum of African Arts, uma das maiores instituições culturais do mundo, sediada nos EUA, adquiriu a HQ Contos dos Orixás para o seu acervo”, informou Canuto, em sua conta no Twitter, revelando ainda que a série de artes também estará disponível para pesquisa e exibição pública.

 

Com influências que vão do desenhista norte-americano Jack Kirby ao etnólogo e fotógrafo francês Pierre Verger, o ilustrador desenvolveu os quadrinhos em questão a partir das histórias dos orixás (saiba mais).

 

Baiano encarregado da Rouanet, André Porciúncula é novo suplente de Frias na Secult
Foto: Reprodução / Instagram

Atual titular da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), encarregada por implementar a Lei Rouanet no governo Bolsonaro, o ex-PM baiano André Porciúncula é o novo suplente de Mário Frias na Secretaria Especial da Cultura. 

 

A portaria de pessoal, assinada pelo ministro do Turismo, Gilson Machado, foi publicada no Diário Oficial da União, nesta terça-feira (29). “Designar André Porciuncula Alay Esteves, matrícula SIAPE 3208069, para exercer o encargo de substituto eventual do cargo de Secretário Especial de Cultura deste Ministério, código NE, em seus afastamentos e impedimentos legais ou regulamentares”, diz o texto que oficializa a nomeação, válida de forma imediata. 

 

"Obrigado por tudo, Mario Frias. Principalmente pela confiança e a amizade. Tmj!", escreveu o baiano no Twitter, após a nomeação.

 

Olavista, o baiano esteve envolvido em algumas controvérsias. Ele é um dos apontados por travar as políticas de incentivo e gerar o chamado “apagão na cultura” (saiba mais). Além disso, servidores que atuam na Sefic relataram medo e insegurança, por Porciúncula andar armado no ambiente de trabalho (relembre). 

 

Recentemente, incomodados com os rituais religiosos considerados “práticas ocultistas” no gabinete do secretário, os funcionários pediram para se afastar dele. Os profissionais consideram André Porciúncula “hipócrita” por se declarar cristão nas redes, mas praticar rituais de outras crenças dentro do ministério (clique aqui).

Grupo baiano Afrolirismos lança primeiro EP nesta sexta
Foto: Divulgação

Formado pelo tenor Carlos Eduardo Santos, o percussionista Cassiano Alexandrino, o violonista e diretor artístico Luan Tavares e com a direção musical de Paulo Roberto Pitta, o grupo baiano Afrolirismo lança, nesta sexta-feira (25), seu primeiro EP. 

 

Intitulado “Afrolirismos Nº1” e disponível nas plataformas de streaming, o trabalho é marcado pelo canto lírico, o violão 7 cordas e a percussão. O EP é resultado de processo de pesquisa e experimentação envolvendo os ritmos afrobaianos e a música de câmara. 

 

Composto por duas suítes, o EP “Afrolirismos Nº1” é o registro do primeiro ato composto para o espetáculo de estreia do grupo. Essas suítes evidenciam a relação entre o mar e os trabalhadores marítimos, suas rotinas laborais, a incerteza do retorno após um dia de trabalho, as dificuldades de sobrevivência e sustento familiar e a busca por dias melhores para as próximas gerações. Para delinear essa narrativa, o EP conta com uma composição autoral e versões de músicas de Dorival Caymmi, Milton Nascimento, uma cantiga de candomblé e outra de umbanda.

 

Formado no final de 2020, o grupo busca dissolver os distanciamentos impostos entre a música erudita e a música popular, apresentando novas possibilidades de interação entre esses dois universos.

 

Ouça o EP a partir desta sexta:

Atores de 'Na Rédea Curta' lançam curta de ficção científica gravado no Subúrbio
Foto: Gabriela Palha/Divulgação

Idealizado, escrito e gravado durante a pandemia, estreia na próxima quinta-feira (25), o curta-metragem de ficção científica baiano “Via Láctea”. Com direção de Thiago Almasy e roteiro assinado por ele em parceria com Genário Neto, a obra vai ao ar a partir das 19h, no Youtube (clique aqui) e segue disponível para exibição por sete dias.

 

O filme, que foi rodado durante cinco dias, em fevereiro, no Alto do Cabrito, Subúrbio Ferroviário de Salvador, propõe discutir questões sociorraciais. A dupla - famosa por interpretar, respectivamente, Júnior e Meire, na websérie ‘Na Rédea Curta’ -, dá os primeiros passos à frente de uma produção cinematográfica cuja equipe é totalmente baiana e majoritariamente negra. 

 

“É um filme que lida com o fantástico. A ficção científica e a fantasia têm o poder de usar alegorias para refletir a própria condição humana. É um filme que tem muitas provocações”, diz Thiago, que faz uma pequena participação frente às câmeras. “É uma história que aborda o colonizador entrando no corpo do colonizado e experimentando essas subjetividades, as violências atravessadas por aquele corpo”, acrescenta o artista, explicando que ao invadir o corpo de suas vítimas, os alienígenas passam a enxergar sob a perspectiva de pessoas em posições subjugadas.

 

O artista comentou sobre o mercado local, a parceria com Genário e a importância de sua estreia como diretor de cinema. “É a nossa entrada definitiva no audiovisual. Em Salvador, a gente tem uma carência grande, que coloca nós, atores, à espera dos trabalhos chegarem. Agora estamos nos capacitando para contar nossas próprias histórias e perspectivas”, avalia.

 

Para Genário, atuar em Via Láctea foi uma experiência diferente de todas as outras. “Iniciamos de um argumento e fomos desenvolvendo as cenas. Escrever foi um processo rápido, uns quatro dias. Atuar foi complicadíssimo, primeiro porque eu estava fazendo uma coisa que ajudei a construir, depois porque a gente não teve processo de ensaio, preparação, por causa da pandemia. Tentei desapegar um pouco das práticas humanas. Todo o meu movimento interior, de memória e emoção, estava no sentido de que eu precisava pensar em alguma matéria inocente. Porque aquele ser luminoso era bem inocente”, conta o ator.

 

Logo após a estreia, no dia 25, a partir das 20h, Genário e Thiago comentam o filme em uma live. Na sexta-feira (26), no mesmo horário, Almasy se reúne, também em live, com o elenco do curta. Os eventos virtuais acontecem no perfil @ultimaplataforma, no Instagram.

 

SOBRE O FILME
Em “Via Láctea”, os extraterrestres assumem a forma de uma luz com consciência, que foge à compreensão humana. Eles não podem transitar em matéria, em decorrência das condições atmosféricas, por isso, se hospedam em corpos humanos. Neste caso, em quatro corpos. O de Rosa, a escolhida; um mendigo, conselheiro espiritual que cuida de Rosa; de um policial militar, o arquiteto que te atribuição de construir a máquina de terraformação; e um quarto personagem, a ponte, que tem o contato direto entre a terra e a nave-mãe, e é responsável por uma reviravolta nos planos.

 

Rosa, interpretada pela atriz Márcia Limma, acaba hospedando a rainha e tem a missão de se sacrificar para repovoar a terra com novos seres. Quando a rainha entra no corpo da personagem, uma mulher negra, mãe solo, que acabou de sair de um relacionamento abusivo, o inesperado acontece. “A consciência da rainha, que é maternal, toca na consciência humana da mulher que não consegue ser a mãe que gostaria por razões diversas, entre ser uma mulher preta, periférica, etc, é como se essas duas coisas fossem convergindo para um ponto comum”, adianta Thiago.

 

Via Láctea tem produção executiva de Ary Rosa e Fábio Osório Monteiro, que também atua. Esta é a primeira produção, com verba captada, assinada pela ULTIMA Plataforma, selo de produção artística criado por Thiago com o ator Sulivã Bispo, intérprete de Mainha, em Na Rédea Curta. 

Realizadora baiana, Hilda Lopes Pontes lança curta de terror inspirado na pandemia
Foto: Divulgação

Inspirada na pandemia do novo coronavírus, a realizadora baiana Hilda Lopes Pontes lançou o curta-metragem de terror “Mamãe”, disponível no Youtube (clique aqui) gratuitamente, até esta sexta-feira (25). 

 

Com roteiro assinado por ela mesma e direção compartilhada com o marido, Klaus Hastenreiter, a obra retrata um Brasil distópico, narrando o sufocamento e as angústias de uma mãe isolada com a filha, devido uma doença fatal e misteriosa que assola o mundo. 

 

“Há um ensejo forte de me comunicar com o mundo através de uma perspectiva do olhar das mulheres. Compartilhar nossas dores e mostrar para os espectadores, principalmente, para outras mulheres que não estamos sós nas nossas lutas”, explica Hilda.

Com estreia discreta na Netflix, ator baiano Genário Neto inicia incursão no cinema 
Foto: Divulgação

Conhecido por interpretar a personagem Meire, comadre de Mainha em “Na Rédea Curta” - série online que virou espetáculo teatral e sairá também em longa-metragem -, o ator baiano Genário Neto estreou discretamente no cinema na semana passada, no filme “Carnaval”. Original da Netflix, a produção conta ainda com outros dois artistas da terra, Jean Pedro e Rafael Medrado.

 

“Eu fui convidado a partir de outra artista aqui de Salvador, Alethea Novaes. Ela tem alguns contatos com produtores de elenco, viu esse perfil desse filme e me indicou”, contou o artista, que no mesmo dia preparou o material, enviou, e em pouco tempo recebeu a aprovação da equipe. “Trabalhar em cinema sempre foi muito um desejo meu”, revela o artista, que cursou o 28° curso livre de teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e já estrelou mais de 20 espetáculos teatrais da cena local.

 

As filmagens de “Carnaval” começaram no período da folia, em 2020, e, por ser um personagem secundário, Genário conseguiu concluir suas cenas antes das gravações serem paralisadas pela pandemia, quando faltavam quatro diárias para concluir o trabalho. A retomada para o elenco principal, no entanto, foi em setembro.

 

O longa narra a “saga” de Nina (Giovana Cordeiro), uma jovem influenciadora digital que, após ser traída pelo namorado e virar meme, viaja à capital baiana com três amigas, na tentativa de superar o término e a exposição negativa, além de se firmar como influencer. Em Salvador - na verdade parte das cenas se passam em Praia do Forte, que pertence ao município de Mata de São João -, ela se depara com Luana (Flávia Pavanelli), celebridade digital que acumula milhões de seguidores e é tida como inspiração pela protagonista.

 

É justamente ao lado de Luana que entra o baiano Genário Neto, que encarna o assistente da influenciadora. “Quando ela está em Salvador, ela tem uma assessoria de pessoas tratando de roupa, maquiagem, e eu sou esse assessor dela, que vou acompanhando nesse sentido”, conta o artista, que teria um papel importante no desfecho da história, mas a passagem não foi ao ar.

 

“Essa personagem Luana dá um depoimento bem polêmico relacionado a preconceitos, ela acaba sendo homofóbica, gordofóbica, machista, racista, tudo numa frase só. E tinha uma cena que meu personagem, que acabava se encaixando nesse perfil, rompia com ela e tal. Mas, enfim, eu acabo de ver o filme e essa cena foi cortada”, conta o ator baiano. “Acontece, eu fiquei com muita pena mesmo, mas no audiovisual acontece, porque o principal é o geral e o que tiver que se cortar vai ser cortado”, completa, sem esconder a decepção, mas ao mesmo tempo resignado.

 


Cena cortada do filme "Carnaval" | Foto:Divulgação

 

O fim de Luana no filme foi previsível e um tanto quanto piegas. Depois das falas inoportunas, veio o cancelamento e, rapidamente, a presunçosa influenciadora fica mais discreta e humilde, foge dos holofotes e apaga o perfil nas redes sociais.

 

“Se a cena não tivesse sido cortada, o final do personagem seria esse: a personagem de Flávia Pavanelli está no ofurô, o assessor está perto conversando sobre a carreira dela e ele rompe com ela, joga o celular dela longe e vai embora. Ele, teoricamente, abandonaria ela por sofrer todos os ataques que ela praticou. Mas não aconteceu, você é uma das poucas pessoas que sabe (risos)”, relata o ator.


NA RÉDEA CURTA


Genário no papel de Meire, ao lado de Mainha (Sulivã Bispo) | Foto: Florian Boccia


Se em “Carnaval” a performance de Genário foi apagada, por outro lado, ele está prestes a retornar às telas e brilhar no projeto cinematográfico do “Na Rédea Curta”, que também foi impactado pela crise sanitária.  

 

“As gravações começaram também em 2020, no início da pandemia. Na verdade, uma semana depois que eu terminei a Netflix, começou o ‘Na Rédea Curta’. Eu não cheguei a gravar, porque não era meu dia de gravação, mas teve cinco dias de gravação e tudo teve que parar novamente por conta da pandemia”, lembra o artista, que após dois adiamentos, prevê que a equipe volte ao set em agosto, caso a atual programação possa ser mantida. “Vamos esperar também, porque se precisar adiar vai adiar”, pontua.

 

Intérprete de Meire - comadre de Mainha (Sulivã Bispo) e madrinha de Júnior (Thiago Almasy) -, Genário Neto conta que suas cenas ainda não foram registradas e ocorrerão no Recôncavo baiano. “Minhas gravações vão ser todas em Cachoeira, porque o filme se passa lá e em Salvador. Já tive contato com roteiro, mas ainda não tive contato com o set e a produção do filme presencialmente, mas já começou a ser gravado”, revela o artista.

 

Além dos locais de filmagem, Genário confirmou que o filme seguirá tendo como foco a relação familiar de mãe e filho, mas revelou que os público pode esperar surpresas. “Coisas novas vão aparecer, inclusive coisas que as pessoas que acompanham estão sempre perguntando. ‘E essa pessoa? E esse parente, o que acontece?’. Então, vamos dizer assim, esse âmbito familiar mãe e filho vai aumentar pra trazer mais personagens pra essa família”, disse o ator, sem deixar escapar quem mais entrará na história, além dos já conhecidos Mainha, Júnior, Meire, Bisteca (Rodrigo Villa) e Keilane (Bárbara Portugal). “O filme lembra um pouco também a história do passado, tem essa coisa do passado. É o que eu posso dizer! (risos)”, deixa a pista, aguçando a curiosidade sobre a possível aparição física do pai de Júnior ou a revelação sobre o nome de Mainha.

 


Elenco de "Na Rédea Curta" | Foto: Florian Boccia

 

Além dos longas, Genário Neto tem mais dois projetos em audiovisual no horizonte: O espetáculo“Nau”, ainda sem data de estreia prevista, dentro da segunda edição do edital Fábrica de Musicais, da Fundação Gregório de Mattos; e “Via Láctea”, um curta-metragem dirigido pelo parceiro Thiago Almasy, previsto para sair este mês. “O curta trata um pouco da chegada da pandemia e atinge essas personalidades que são humanas e também não são. A protagonista é uma mulher preta, interpretada por Márcia Lima, e a gente faz uma reflexão sobre isso também, sobre os percalços que ela pode encarar”, explica o artista, que além de atuar, também assina o roteiro da obra.

 

Somado a isso, o ator também se prepara para voltar aos palcos em um possível trabalho na Europa. “No final de 2020 existiu um convite pra fora do país, porque eu já estudei e morei em Portugal e tenho esses contatos com umas pessoas. A gente namora muito esse projeto, ele foi aprovado mas precisou ser suspenso porque foi o momento em que chegou lá a segunda onda”, conta o baiano, sobre a criação de um espetáculo em conjunto com um grupo português. “Se acontecer e tudo der certo, provavelmente esse ano eu devo dar uma puladinha lá”, conta o artista, que segue na torcida pelo controle da pandemia para alçar novos voos.

Inspirado em doença, baiano conta história de mago cujo poder pode levar à autodestruição
Foto: Divulgação

Cinco anos depois de escrever uma obra sobre apocalipse zumbi ambientada na cidade onde mora, Feira de Santana, e inspirada nas vivências durante o curso de Direito, o soteropolitano Flavio Fernandes, de 34 anos, publicou recentemente seu terceiro livro, “Contos de Awnya: Ravel”, que integra a série de fantasia medieval e narra a saga de um mago cujos poderes podem levar à própria morte. 

 

Como na estreia literária, a nova publicação também foi pautada em uma experiência pessoal: a descoberta de uma doença autoimune, a policondrite recidivante. “Cada obra, querendo ou não, sai um pedacinho da gente. Então, esse mesmo de apocalipse zumbi, você pode pensar ‘nossa, o que tem a ver com a realidade?’, mas ele foi escrito no momento que eu fazia faculdade na UEFS, então, teve inspiração na minha vivência de universidade, conflitos. O segundo já não foi tão conectado à minha realidade atual, já o Ravel, teve uma inspiração mais forte”, explica o baiano, que decidiu abandonar a carreira jurídica e se dedicar mais à literatura, conciliando a escrita com uma carga menor de trabalho em um banco para complementar a renda familiar. 

 

O diagnóstico da policondrite veio em 2018, depois de um largo caminho de incertezas e medos que serviram como reflexão, compartilhada agora de forma lúdica através da literatura. “Foi uma experiência bem traumática, porque é uma doença rara, no começo questionavam muito se era chikungunya, dengue, porque atacava as articulações, eu andava curvado, ia e voltava de médico e ninguém sabia o que era, não melhorava. Até que eu me internei no São Rafael e aí descobriram que é a policondrite e iniciei o tratamento”, conta Flavio, que classificou como “desesperadora” a experiência de buscar ajuda médica e não ter respostas. “É de entrar em pânico, foi quase um mês sem saber o que era, com dores”, lembra. 

 


Flavio durante lançamento de seu primeiro livro, "Sangue Entre os Dedos" | Foto: Divulgação

 

Depois de um ano com a doença, o escritor aprendeu a lidar com ela e percebeu que as crises estavam muito vinculadas ao seu estado emocional. “Se eu não estou bem, estou estressado, estou ruim, ela ataca. Isso me fez ter um estalo, pensando em como nossa cabeça pode fazer tão bem, mas tão mal pra gente. Pode nos puxar tão pra baixo e nos causar um problema tão grave. Então eu pensei: ‘quem é o personagem da fantasia que usa bastante a mente?’. O mago! Aí eu comecei a trabalhar nisso e aí discorri na história. E qual é o problema dele? Magia, que é a sua maior habilidade”, detalha o baiano, sobre o processo de composição do protagonista de seu novo livro. “A história de Ravel é justamente uma jornada de autoconhecimento, é ele entender porque a magia, que é algo que faz tão bem a ele, estava lhe prejudicando”, resume o autor, que busca sensibilizar o público a perceber que o poder da mente tanto é capaz de operar coisas positivas, quanto causar a autodestruição. “Nestes anos com a doença autoimune eu percebi como ela está ligada ao estado psíquico, se você está nervoso ela ataca. E isso pode influenciar direto a mim por ter a doença autoimune, mas pra quem não tem, também tem um reflexo”, pontua.

 

O autor conta que a narrativa foi construída com base no artifício literário chamado de “ticking clock”, no qual o enredo se desenrola contra o relógio, que, no caso do mago, corre para a morte. “Os sintomas dele vão piorando, e aí o leitor fica sem saber se ele vai morrer, se não vai”, explica Flavio, revelando que a saga de Ravel segue a mesma cronologia das manifestações clínicas de sua doença. “Ele começa o livro com uns sintomas de articulações, depois vão evoluindo para dores na traquéia, dores no esterno, que podem chegar ao coração, inutilizar uma válvula e ele morrer”, detalha o escritor baiano, lembrando que tais fenômenos são reais e podem acontecer na policondrite. “Os sintomas físicos e os medos de Ravel são os mesmos meus”, declara. 

 

Assim como o próprio Flavio, o protagonista desta aventura medieval se vê refém dos poderes da mente, e, em meio à crise, descobre uma possível solução para sua condição. No caminho para o vencer a morte, entretanto, o talentoso mago se depara com muita ação, magia, criaturas míticas e cenários que vão desde florestas, passando por um vasto oceano, até um deserto de areias escaldantes.

 

PRÓXIMO TRABALHO
Enquanto as dores físicas e emocionais impulsionaram a escrita de “Ravel”, o próximo livro de Flavio Fernandes será inspirado na paternidade. Pai de Arthur, de dois anos, o autor baiano conta que pretende explorar o tema família em sua nova obra, dentro da saga medieval “Contos de Awnya”. “Eu vou continuar trabalhando muito com a cabeça, mas dessa vez eu quero falar sobre família, sobre a valorização de quem está perto da gente, que a gente ama e acaba não dizendo. A gente acaba dizendo que ama pra uma pessoa mais distante, mas pra quem está do lado da gente a gente não fala. Então, o próximo tema vai ser em fantasia, mas com esse tema”, conta.

Curta baiano, 'Parquinho' apresenta olhar das crianças sobre a pandemia 
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Em fase de produção, o curta-metragem baiano “Parquinho” mergulha nas novas dinâmicas das famílias e traz o olhar das crianças sobre a pandemia do novo coronavírus. Rodado em Salvador, o projeto tem produção da Todos os Cantos Filmes com coprodução da Papa Jaca Filmes. O lançamento está previsto para julho, no Youtube.

 

O enredo traz Alice, uma garota que se vê em confinamento diante da emergência sanitária. Ela busca artifícios para lidar com a saudade da escola, amigos e familiares, sobretudo da mãe, Clara (Patricia Rammos), uma enfermeira que, por segurança, passa dias no hospital e tenta administrar trabalho e família. 

 

“A ideia inicial de Parquinho era debatermos sobre os encontros de gerações a partir do olhar das crianças. Com a pandemia e a necessidade de distanciamento social para conseguirmos conter o avanço do vírus, bem como essas mudanças na rotina que não passaram sem provocar efeitos nas famílias e nas crianças, entendemos que o projeto podia ir por esse caminho, mostrando a situação sob o olhar da criança”, explica Vânia Lima, diretora do curta.

Drama pessoal com doença autoimune inspira baiano em livro de fantasia medieval
Fotos: Divulgação

Diagnosticado em 2018 como portador de policondrite recidivante – doença autoimune que provoca a inflamação das cartilagens -, o escritor baiano Flavio A. S. Fernandes decidiu recorrer à literatura para lidar com sua realidade. 

 

Inspirado em seu drama pessoal, ele lança “Contos de Awnya: RAVEL”, livro que alia o gosto pela escrita e a paixão pelo universo de magos, elfos, feiticeiros e outras criaturas mágicas. 

 

A obra de fantasia medieval, que pode ser classificada também como uma autobiografia ficcional, conta a história de um mago talentoso chamado Rave, quel tem a magia como sua aliada, mas também como maior inimiga. 

 

O protagonista sofre de uma espécie de “alergia” aos poderes mágicos e, todas as vezes que a utiliza, sente as consequências ruins dessa “intolerância”. “As dores que o personagem sente são sintomas da Policondrite Recidivante e o medo dele era também o meu medo quando precisei encarar a doença”, admite Flavio.

 

Assim como o autor do livro, o grande desejo do protagonista é encontrar a cura. Na trama, o mago entra em uma jornada de autoconhecimento e desafios que o colocam em um caminho que pode ser fatal. 

 

Segundo o baiano, a obra “é sobre confiar em si mesmo e em seu destino, mas acima de tudo, trata do peso gerado por traumas que nos afetam, em uma proporção que, por vezes, não somos capazes de enxergar”.

Baiano Trevo faz participação em novo álbum de Duda Beat
Foto: Divulgação

O cantor e compositor baiano Trevo faz participação no novo disco de Duda Beat, com lançamento previsto para esta terça-feira (27), nas plataformas digitais. O artista divide os vocais de “Nem um Pouquinho”, faixa em que também assina a composição.

 

Com produção de Lux Ferreira e Tomás Tróia, a música foi gravada no Rio de Janeiro e tem a sonoridade do pagode baiano. “As backing vocals de Duda Beat, Camila de Alexandre e Luiza de Alexandre, ouviram o álbum que lancei em 2018, ‘Nada Novo Sob o Sol’, e mostraram pra Duda e para a banda. Eles gostaram muito e no ano passado veio o convite para essa parceria. Tem uma pegada pagodão e a letra tocou muito em mim porque tem uma inspiração em um relacionamento antigo e que quando percebi, muitas pessoas ao redor estavam vivendo coisas parecidas”, conta o artista baiano. 

 

Além de Trevo, o novo disco de Duda Beat terá ainda parceria com Dona Cila do Coco na canção “Tu e Eu”. 

Após aprender inglês em livros 'do lixo', baiano que estudou nos EUA dá aulas grátis de atuação
Foto: Reprodução / Facebook

Oportunidade. Esta palavra transformou o sonho do diretor e ator feirense Tiago Rocha em fato concreto e inclusão. Filho de pedreiro e empregada doméstica, ele buscou apoio em 2015 e, após grande mobilização na internet, conseguiu sensibilizar um benfeitor americano que custeou um curso de Direção, na New York Film Academy (Academia de Cinema de Nova Iorque), nos Estados Unidos (saiba mais). Hoje, aos 30 anos e mais maduro, ele multiplica no Brasil os conhecimentos adquiridos em uma segunda experiência na instituição, desta vez com apoio de políticas culturais. 

 

Já experimentado e com um currículo mais robusto, em 2019 Tiago se inscreveu e foi aprovado no programa Pró Cultura, da prefeitura de Feira de Santana, e no edital de Mobilidade Artística, da Secretaria Estadual de Cultura da Bahia. “O fato de já ter feito dois longas que já saíram nos cinemas, já ter ganhado alguns prêmios internacionais em cinema, ter atuado em filmes internacionais e ter dirigido também curtas-metragens, isso tudo melhorou meu portfólio para que fosse aprovado. Porque da primeira vez eu me inscrevi no Mobilidade Artística, só que eu não passei”, avalia o cineasta, que atualmente também é professor de inglês e atua como apresentador e diretor de audiovisual na Afro.TV. 

 


Desta vez, com os apoios das chamadas públicas, o baiano pôde participar de um curso de Atuação em Nova Iorque. “Eu não tinha condição de pagar. Eu venho de uma família simples, sou um homem negro, periférico, então realmente não faz parte do nosso entorno familiar ter essa possibilidade”, conta o cineasta sobre a formação, que custou cerca de R$ 17 mil, sem contar com os custos de alimentação, hospedagem e transporte no país estrangeiro, de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020.

 

“Foi incrível o curso, é uma escola de muito renome, com professores que já trabalham na indústria cinematográfica, professores indicados ao Oscar, ao Emmy, que trabalham diretamente com Hollywood… Fora equipamentos que a gente tem acesso, os estúdios. Foi realmente muito rica a experiência”, lembra o artista feirense, que de volta ao Brasil, como contrapartida, atualmente ministra uma oficina virtual e gratuita voltada para atores interessados em aprender técnicas para atuar em TV e cinema. A atividade estava programada para acontecer presencialmente, já no ano passado, mas a pandemia acabou atrasando o cronograma do projeto.

 

 


Tiago Rocha durante aulas, em Nova Iorque, no ano de 2015 | Foto: Reprodução / Facebook

 

“Ia ser um curso para alunos de escolas públicas do estado, um curso presencial, a gente ia gravar produção de cenas de um curta-metragem. Mas isso tudo teve que sair porque as escolas estão fechadas. Na semana que eu ia começar a contrapartida o governo declarou o 'lockdown'. No sábado começava a oficina presencial, já estava com os alunos inscritos, aí na sexta-feira anunciou que ia virar quarentena”, lembra o diretor, que diz ter passado 2020 aguardando o momento propício para dar continuidade ao projeto da forma como foi pensado, mas teve seus planos frustrados em parte. “Não melhorou, e eu resolvi fazer o curso de maneira virtual. Não é o melhor cenário para dar dicas de atuação, mas está sendo bem legal, os alunos estão bem engajados. A gente segue para a segunda semana de curso agora”, conta Tiago Rocha.

 

Também nessa linha de adaptação para o virtual, o curso de quatro semanas diminuiu pela metade a carga horário, que passou de 4h para 2h por encontro. “Cada semana a gente vai abordar um tema relacionado à atuação. A primeira semana foi aula de improvisação, a segunda estudo de cena, a próxima vai ser aula de audição e, logo em seguida, uma disciplina que a gente chama de acting for film, que é técnica de atuação em set de filmagem”, detalha o artista, revelando que no terceiro dia do curso ele receberá um convidado especial, o ator baiano Wesley Guimarães, que integra o elenco da série “Cidades Invisíveis”. “Ele nem sabe, é uma surpresa, mas na aula de audição ele vai entrar na sala e os alunos vão poder fazer perguntas como sobre como ele conseguiu entrar em duas séries da Netflix, e ele vai dar dicas para os atores de como fazer testes”, revela.

 

Diferente do que era previsto, ao final da atividade formativa os alunos não poderão produzir um filme, diante da impossibilidade de realizar gravações deste tipo durante a pandemia. Por outro lado, foram pensadas alternativas. “A gente vai ter um portfólio sim, que vai servir de material para eles. Tem umas cenas que eles vão gravar em casa com as orientações que a gente vai dar, e vão ter uma espécie de teaser do que foi feito no curso, em formato de vídeo”, explica o professor, que destaca a importância de dividir com a comunidade o que aprendeu. “Eu sempre fui uma pessoa muito apoiadora dos sonhos. Eu comecei a fazer filmes independentes antes de ter a experiência de estudar fora, e eu sempre era um caça-talentos, quando via alguém que tinha potencial eu ia lá atrás, chamava, dava oportunidade”, lembra Rocha, segundo o qual tem como uma de suas missões compartilhar os conhecimentos e “fazer aquela ponte pra que outros consigam construir seus sonhos”.

 

Lembrando os caminhos tortuosos pelos quais teve que percorrer para ter seu lugar, ele defende que o apoio do poder público é fundamental para democratizar a educação e a cultura. “Pra mim, homem preto, periférico, que teve muita dificuldade na vida, de escola pública, ter acesso a esse tipo de educação de altíssima qualidade é realmente muito enriquecedor”, diz o cineasta, morador do bairro de Santo Antônio dos Prazeres, um dos mais violentos de Feira de Santana. “Pra você ter uma ideia, na primeira vez que fui fazer o curso eu estava estudando com a filha de um dos diretores da Globo. Quando eu contei pra ela que eu era da favela e o quanto eu tive que lutar para chegar ali, ela até chorou. Eu aprendi inglês estudando sozinho, com livros que as pessoas jogavam no lixo. Eu ia no lixo e pegava muitos livros, porque eu tinha o sonho de estudar nos Estados Unidos e minha família não tinha condição de pagar, então não se esperava muito que Tiago conseguisse realizar esse sonho”, recorda o baiano que ultrapassou barreiras, contrariando as estatísticas e o determinismo geográfico e social.

 

Ele salienta ainda que é grato pela oportunidade e mais ainda por saber que se destacou durante sua passagem pela Academia de Cinema de Nova Iorque. “Não foi só um dinheiro que o governo investiu em mim, mas também teve retorno. Eu fui convidado pela escola, que me deu uma bolsa para eu retornar e fazer outro curso, os professores escreveram cartas para o diretor falando do meu desempenho, e o próprio diretor da escola - eu estava aplicando para fazer mestrado nos Estados Unidos -, se ofereceu para escrever minha carta de recomendação”, revela Tiago Rocha, que agora, com os planos abortados pela pandemia, aguarda um melhor cenário para retomar o sonho de dar continuidade aos estudos fora do país e construir uma carreira internacional.

Livro remonta revoltas populares em cordel: ‘Energia ancestral popular poderosíssima’
Foto: Arquivo Pessoal

“Trago histórias versadas / Passadas no chão do Brasil./ Conto memórias de sangue / De gente que não desistiu / Da vida liberta no mundo / Sem um dono ou senhoril”. Com estes e outros versos, o baiano Pedro de Albuquerque Oliveira apresenta seu livro “Revoltas Populares no Cordel”, com lançamento online previsto para esta terça-feira (30), partir das 19h, pela Editora Teatro Popular de Ilhéus.

 

Em formato e-book e audiobook, a obra usa a linguagem do cordel e ilustrações assinadas pela multiartista Naiara Gramacho para remontar levantes populares ocorridos no Brasil, a exemplo da Conjuração Baiana, Independência da Bahia, Cabanagem, Balaiada, Guerra de Canudos, Revolta da Chibata e a história de Palmares.

 

“Sempre gostei da poesia que a literatura popular do cordel traz. É algo de tão complexo e simples ao mesmo tempo. Tem uma energia ancestral popular poderosíssima. Vivi minha infância e adolescência em Ilhéus, pude presenciar de perto a arte de Gilton Thomaz (cordelista) e Azulão Baiano (repentista), foram eles que me incentivaram e ensinaram a literatura de cordel. Franklin Costa (cordelista) também foi uma grande influência”, conta Oliveira, que é formado em Artes Cênicas e Interpretação Teatral pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Jornalismo pela FSBA e Rádio/TV pela Uesc, além de ter pós-graduação em Gestão Cultural (Uesc), e atualmente fazer mestrado em Ensino e Relações Étnico Raciais pela UFSB e licenciatura em História pela Uesc.

 

Segundo o autor, a ideia do livro surgiu diante de uma lacuna existente na educação do país. “Quando pensei nesse projeto, sobre as ‘Revoltas Populares no Cordel’, acreditava que o material pedagógico destinado ao ensino de história em muitos casos é incompleto quando se trata de revoltas populares no Brasil”, lembra ele, apostando que transformar as histórias em cordel “tornaria mais acessível a jovens e crianças” e seria “mais lúdico e agradável”. 

 


Livro tem ilustrações assinadas por Naiara Gramacho | Foto: Reprodução

 

“Além de valorizar a cultura literária do cordel, pensei que poderia oportunizar um acesso à história do povo brasileiro. Destinado principalmente a crianças e jovens, o livro é acessível a todos os públicos. Isso é um compromisso que tenho. Por isso também fizemos a versão em áudio. O foco principal é fortalecer a importância dessas lutas nas conquistas populares no país. Pensar isso de forma decolonial e encarnada foi o formato que mais me instigou”, explica.

 

A escolha dos temas, de acordo com Pedro, se deu por grau de importância e representatividade popular. “Além de serem fatos históricos em que o povo teve, pelo menos, algumas vitórias no decorrer da guerra, também levou-se em conta a proximidade com o universo nordestino, espaço que ocupo e sou apaixonado, além de ser o berço do cordel brasileiro”, pontua o escritor baiano, que por ser ator, jornalista e radialista, faz ele mesmo a locução do audiolivro. “Foi uma experiência rica, pois interpreto essas histórias da forma como elas vieram ao meu pensamento. A gravação, edição e mixagem deste material belíssimo é de Eli Arruda, um artista muito querido aqui da região do Litoral Sul da Bahia”, conta.

 

Por enquanto, o material estará disponível apenas em formato virtual (ebook e audiobook), mas o autor não descarta a possibilidade de lançar uma versão impressa. “É uma possibilidade que temos pensado. Entretanto é uma marca do grupo Teatro Popular de Ilhéus - do qual faço parte - dialogar com o agora, a contemporaneidade. Por isso propusemos esse projeto na ideia de entrarmos mais um pouco no universo virtual. Acreditamos que nesse formato poderemos dialogar com um maior número de pessoas. Entretanto pensamos, em algum momento, em transformar essas histórias num formato impresso também”, diz o baiano. “Como a maioria de nossos sonhos e desejos... Deixa passar a pandemia”, completa.

Camargo propõe boicote a filme dirigido por Lázaro e autor critica 'avaliação precipitada'
Cena de 'Medida Provisória' | Foto: Divulgação

Depois de protagonizar embates com o movimento negro e diversas personalidades da cultura nacional, o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, agora tem como alvo uma produção baiana. Em suas redes sociais, ele atacou o longa-metragem “Medida Provisória”, dirigido por Lázaro Ramos e inspirado no texto do espetáculo teatral “Namíbia, Não!”, de autoria de Aldri Anunciação.

 

"O filme, bancado com recursos públicos, acusa o governo Bolsonaro do crime de racismo - deportar todos os cidadãos negros para a África por Medida Provisória. Temos dever moral de boicotá-lo nos cinemas. É pura lacração vitimista e ataque difamatório contra o nosso presidente", disse Camargo, sobre a obra, que já passou por festivais internacionais, mas ainda não tem data de estreia prevista no Brasil (clique aqui e saiba mais detalhes sobre a produção).

 

Após a declaração, Aldri, que também assina o roteiro do filme, junto com Lázaro, Elisio Lopes Jr e Lusa Silvestre, rebateu as críticas do presidente da Palmares, lembrando que o texto criado há uma década é sobre um futuro hipotético no qual o governo - e não uma gestão específica - implementa uma política que obriga os negros a migrar para a África. 

 

“Escrevi em 2011, nem sabia quem era Bolsonaro naquela época”, argumentou o artista baiano. “Avalio como uma falta de compreensão do presidente da Fundação Palmares do que se é uma distopia futurística. Quando você escreve ou filma na linguagem distópica, você não acusa o presente. Você faz um prognóstico pessimista do futuro.  A não ser que a ‘carapuça’ seja vestida. Aí é uma outra questão. Talvez seja uma questão de ele reavaliar a própria gestão que ele está fazendo de um órgão que na verdade deveria estar apoiando o filme. Me pergunto se ele leu o livro ou assistiu o filme. Considero uma avaliação precipitada e com aspectos de ressentimento político e talvez pessoal”, pontuou Aldri.

 

Sobre a fala de Camargo a respeito dos recursos públicos investidos no filme - “Medida Provisória” foi aprovado em edital da Agência Nacional do Cinema (Ancine) -, o dramaturgo baiano mais uma vez rebateu o presidente da Fundação Palmares. “Eu devolveria a pergunta: e por que não ser bancado por recursos públicos? Os recursos públicos destinados ao cinema devem ir para as mãos de quais artistas? Ele por acaso está dizendo que cinema negro e crítico não deve ter recursos públicos? Por que não?”, indagou Aldri. “Gostaria de saber do presidente da Fundação Palmares quais são as estratégias dele para  estimular o cinema negro no Brasil. Adoraria que ele respondesse”, concluiu o artista.

Giovani Cidreira faz live show nesta sexta dentro do Música #EmCasaComSesc
Foto: Reprodução / Instagram

O jovem cantor e compositor baiano Giovani Cidreira faz um live show direto de sua casa, em Salvador, nesta sexta-feira (12), dentro da programação do projeto Música #EmCasaComSesc. A apresentação será transmitida ao vivo, a partir das 19h, pelo Instagram (@sescaovivo) e YouTube (@sescsp).

 

O repertório do show intimista, no qual o músico maneja violão, teclado e sampler, inclui canções de seus mais recentes trabalhos: o disco "Estreite", em parceria com a também baiana Josyara; o Ep "MANO*MAGO", em parceria com o produtor Mahal Pita, além de seu álbum de estreia,  "Japanese Food" (2017). O público poderá conferir ainda algumas composições que estarão no próximo CD do artista. 

 

A direção artística do espetáculo é assinada pelo próprio Giovani e G?th?. 

Autor de 'Torto Arado', baiano Itamar Vieira é o próximo convidado do 'Roda Viva'
Foto: Reprodução

O autor Itamar Vieira Junior, escritor do bestseller "Torto Arado", será o próximo convidado do programa Roda Viva, da TV Cultura. A entrevista do baiano será exibida na segunda-feira (15).

 

A apresentadora da atração, Vera Magalhães, anunciou a participação do escritor em um vídeo compartilhado em sua conta no Twitter hoje (8).

 

Doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Itamar Vieira é hoje o escritor brasileiro vivo mais vendido e premiado no Brasil.

 

"Torto Arado", a obra que difundiu seu trabalho para o mundo é um romance situado no sertão da Bahia e retrata questões como situações de trabalho análogas à escravidão.

'Afirmando uma identidade', diz estilista baiano que assina figurino de festa do BBB 21
Foto: TV Globo

Criada há seis anos pelos irmãos Júnior e Ceu Rocha, no bairro de Itapuã, em Salvador, a marca Meninos Reis, que já vestiu nomes como Carlinhos Brown, MV Bill, Paula Lima, Margareth Menezes, Mariene de Castro e Márcia Castro, deu cores à Festa Herança Africana, realizada na noite desta sexta-feira (29), no Big Brother Brasil 2021.

 

“Eu já fiz algumas peças pro pessoal de lá, e aí eu tenho uma amizade com Carol, que é a stylist da Rede Globo, aí ela sempre me convida. Sempre quando tem uma festa com o tema africano, voltado pra África, ela sempre me procura pra fazer”, contou Júnior, sobre o figurino usado pelos participantes do reality.

 


Participantes se vestem para festa | Foto: Reprodução / TV Globo

 

Apesar do contato com a equipe da emissora, ele revelou, no entanto, que foi uma surpresa ver as roupas nesta festa. “Essa última, que eles usaram ontem, foi bacana porque tipo, ela me pediu as peças, mas não me falou pra que era”, disse o estilista baiano, que comemora o fato de sua marca estar atrelada ao tema da africanidade. “Isso é muito bacana, porque a gente acaba afirmando uma identidade”, disse. 

 

Além de celebrar o reconhecimento de sua identidade, Júnior Rocha destacou ainda a vitrine que lhe foi  dada, ao suas criações aparecerem no BBB. “Eu ainda não tenho loja física, meu atelier fica em Itapuã, onde eu moro. Eu atendo aqui e vendo tudo pelo Instagram (clique aqui e confira) e mando muita peça pra fora também. Então isso é uma visibilidade muito bacana, eu como marca, como empreendedor, como negro. Eu me sinto bem feliz com a escolha”, afirmou.

 

Vencedora do BBB 20, Telma Assis também já vestiu figurino da marca Meninos Rei:

 

Lembrando que também assinou figurinos para Fabrício Boliveira e Emílio Dantas, na época em que eles rodaram a novela “Segundo Sol”, em Salvador, o estilista baiano valoriza cada conquista e abraça com convicção as características marcantes de sua arte. 

 

“Graças a Deus, devagarinho a gente vai trilhando nossa história. E eu costumo dizer sempre, acreditando no que a gente faz. Porque você precisa acreditar e eu comecei há seis anos fazendo roupa estampada, nessa ousadia de misturar estampa. Se você olhar o trabalho vai ver isso, que a gente tem a ousadia de misturar. Eu nunca esqueço das palavras de Márcia Castro, que me falou: ‘Júnior, você tem a ousadia necessária!’. Então, isso é muito bacana. Então eu comecei com a ideia de que nossa identidade é essa, e a gente está afirmando o nosso trabalho com a nossa identidade, com o nosso DNA”, declarou.

Cineastas baianas lançam livro durante programação do CachoeiraDoc

A programação do IX CachoeiraDoc contará com o lançamento do livro “Desaguar em cinema: documentário, memória e ação no CachoeiraDoc”, que reúne um conjunto de reflexões nascidas ao longo deste período de realização do festival.  

 

O evento acontecerá até o próximo domingo, 20 de dezembro. O livro traz um texto assinado por Makota Valdina, intelectual e líder religiosa homenageada nesta edição, além de vozes diversas de pesquisadores, cineastas e ativistas como Cacique Babau, Adriano Ramalho Garret, Rosângela de Tugny, entre outros, sempre em abordagens multidisciplinares.  

 

Os encontros virtuais que marcam o lançamento acontecem nos dias 17 e 18 de dezembro, às 11h, através das plataformas digitais do evento. 

Indicado ao Jabuti, astrofísico baiano mira nas estrelas para democratizar a ciência
Foto: Divulgação

Inspirado nas estrelas e apoiado no desejo de humanizar a ciência, o professor baiano Alan Alves Brito é um dos autores do livro “Astrofísica para a Educação Básica: A Origem dos Elementos Químicos no Universo”, um dos finalistas da 62ª edição do Prêmio Jabuti, na categoria “Ciências” (clique aqui). A obra foi escrita em parceria com Neusa Teresinha Massoni, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, onde ele também leciona, desde 2014.

 

“A gente trabalha a astrofísica na perspectiva da física moderna e contemporânea, mas também trazendo aspectos de história, filosofia, ciências e diversidade. Na verdade, a gente traz os leitores para essa reflexão do que é ciência como construção humana e quem são as pessoas que estão na ciência. Então, nessas reflexões a gente também traz as questões de gênero, raça, mas, sobretudo, do papel da ciência como um processo, uma construção coletiva”, explica o baiano, que nasceu em Vitória da Conquista, mas cresceu em Feira de Santana, onde concluiu o bacharelado em Física, pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). 

 

Vindo de família pobre e sem acesso à educação formal, ele foi o primeiro em gerações a cursar o ensino superior, tendo hoje no currículo pós-doutorados na área de Astrofísica na Austrália e no Chile. Por idealismo e também por causa de sua trajetória, ele conta, empolgado, que a ideia de escrever a obra vem de inquietações antigas e no anseio de democratizar o conhecimento. “A narrativa principal é explicar como é que os elementos químicos da tabela periódica se formam no universo. Porque o ferro do nosso sangue, o cálcio dos nossos ossos, o oxigênio que a gente respira, esses elementos químicos são formados nas estrelas”, explica, lembrando que tal perspectiva sempre foi pouco explorada.

 

“Quando estudei a tabela periódica, nunca ninguém me disse que os elementos químicos são formados nas estrelas. Então, muitas vezes a gente aprende o carbono na aula de biologia, fala do carbono na aula de história, na aula de geografia, na de química, mas não há uma conexão. Parece que esses carbonos são diferentes (risos)”, lembra, destacando como a ciência pode ser trabalhada de forma interdisciplinar e atrativa aos alunos.

 

A publicação finalista do Prêmio Jabuti, segundo o autor, também vem preencher uma lacuna do ensino básico no país: a formação dos docentes. “É um dado numérico importante para a gente ter em mente: menos de 20% dos professores de física do Brasil são licenciados em Física. Então, quem são os professores que estão trabalhando com educação e ciências, que estão falando de física ou de ciência de maneira geral? No geral, eles não têm formação em Física. São professores de biologia, matemática e até da área de humanas”, pontua, expondo a fragilidade do ensino no país.

 

Diante do contexto, Alan Alves aponta a obra como um importante suporte pedagógico, com imagens coloridas, propostas didáticas e texto agradável. “Quando a gente escreve esse livro tem também essa intenção, de que qualquer professor da educação básica, independentemente da formação inicial - que muitas vezes não é física - pudesse ler esse livro e se empoderar”, explica.”É um livro que traz física, astrofísica, astronomia, química, física atômica e molecular, física de partículas, que são temas que estão aí e muitas vezes a gente acha que isso não poderá chegar aos professores da educação básica”, acrescenta. 

 


Obra foi escrita por Alan Alves em parceria com a professora Neusa Teresinha Massoni | Foto: Divulgação

 

CIÊNCIA DEMOCRÁTICA COMO CONTRAPONTO À DESINFORMAÇÃO

Além da importância dentro das escolas, o astrofísico baiano lembra que a democratização da ciência explorada através da linguagem literária é uma importante ferramenta para combater a desinformação, sobretudo em um momento em que crescem os movimentos negacionistas. 

 

“A gente precisa dialogar, precisa trabalhar a ciência nesse diálogo com outras narrativas. E a narrativa literária é muito potente”, diz o professor, defendendo que as duas são muito parecidas, já que literatura e ciência trabalham com a imaginação e a criatividade. “Acredito que a leitura nos fortalece, no sentido de fomentar o pensamento crítico que a gente precisa nesse momento de negacionismo da ciência, nesse momento que a gente precisa entender que, de fato, a gente vive num país estruturalmente racista, misógino, LGBTfóbico, muito baseado na política de morte. Todos nós, em sociedade, precisamos entender que a leitura é uma tecnologia fundamental pra que a gente faça esses contrapontos e possa realmente construir uma outra realidade. E o meu compromisso como cientista é esse”, declara Alan, lembrando que os acadêmicos costumam escrever para os pares e não para a sociedade.

 

Neste contexto, ele faz uma crítica à inacessibilidade da produção científica e reforça a importância de investir em uma comunicação mais popular. “Todos nós precisamos criar uma nova subjetividade, a gente precisa ocupar as mídias sociais, Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, a gente precisa escrever livros, nós precisamos ir às escolas, ocupar rádios, TVs, é muito importante que as pessoas tenham acesso a esse discurso. E esse discurso não pode ser autoritário”, explica o baiano, defendendo que esse diálogo deve possibilitar que os cidadãos tenham ferramentas para entender o que é ciência, pseudociência, religião, filosofia, conhecimentos e saberes. “As pessoas precisam ter acesso a lugares de checagem de informação. Se nós cientistas simplesmente ficamos no nosso canto, nos nossos olimpos ou nossas torres de marfim, aí fica difícil. Eu acredito que esse é o grande papel da universidade e cada um de nós que estamos na universidade. Nós temos que dialogar e explicar para as pessoas o que a gente faz”, pondera. 

 


Observação de eclipse em Porto Alegre, com a participação da comunidade local | Foto: Arquivo Pessoal

 

POLÍTICAS PÚBLICAS E CONHECIMENTO

Outro ponto destacado pelo baiano indicado ao Prêmio Jabuti é o papel fundamental das políticas públicas voltadas para democratizar o conhecimento. O professor classificou como “absurda” a proposta do governo federal de taxar os livros e condenou a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que atribuiu ao livro o caráter de produto voltado para as elites (saiba mais).

 

“Esse discurso de que pobre não lê ou não deveria ler é elitista, classista, está enraizado e faz parte desse nosso processo histórico de fortalecimento de desigualdades, de naturalização das desigualdades”, diz Alan, lembrando que a falta de acessibilidade não se dá apenas com os livros, mas também em relação à cultura, em geral, já que os mais pobres geralmente estão excluídos de espaços como museus, cinemas e teatros. “O discurso do ministro e essas tentativas de taxar o livro pra mim fazem parte desse pacote histórico de aprofundamento de desigualdades”, avalia, afirmando que os livros precisam ser ainda mais baratos, para que não sejam apenas “reservados às pessoas bem nascidas”.

 

“Temos que garantir que todas as pessoas do brasil possam ter acesso à cultura, educação, divulgação em ciência, algo que chamo de espaços de poder. Porque esses lugares também são lugares de aprendizagem, também são lugares de conexão com o mundo, de empoderamento e fortalecimento do pensamento crítico”, reitera.

 

Ao comentar uma pesquisa recente na qual a região Nordeste e as classes sociais mais baixas se destacaram no ranking de leitura no Brasil (clique aqui), ele confirma seu ponto. “Eu não vi a pesquisa em detalhes, mas tenho certeza que se a gente for avaliar vai ver que isso é produto de políticas públicas. Você só transforma uma estrutura como essa com políticas públicas. Não tenho dúvida de que faz parte de um processo longo de investimento em livros, bibliotecas, em acesso à educação diferenciada”, conclui o professor, lembrando que o destaque do Nordeste foi celebrado e chegou como surpresa, por causa do preconceito. “No imaginário coletivo social, os nordestinos não pensam, são incapazes. E eu como nordestino vivendo no Sul passo por tudo isso diariamente, porque isso faz parte do processo histórico racista”, afirma.

 

 


Concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Jabuti é o mais tradicional prêmio literário do Brasil | Foto: Divulgação


O PRÊMIO JABUTI

Resgatando o largo caminho percorrido até conquistar o espaço que hoje ocupa - desde o bacharelado em Feira de Santana, passando pelo mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo (USP), os pós-doutorados na Swinburne University, na Australian National University e na Pontificia Universidad Católica de Chile, até a nomeação como professor concursado da UFRGS -, Alan Alves Brito diz estar “extremamente feliz” com a indicação ao Jabuti, independente do resultado final. “Estar entre os cinco finalistas do maior prêmio do livro brasileiro, na categoria de ‘Ciências’, concorrendo com nomes como Marcelo Gleiser, Sidarta Ribeiro, o Leon Kossovitch, que são pesquisadores brancos, bem nascidos, divulgadores de ciências que estão aí há anos, que têm essas grandes editoras e as mídias, pra mim já é um grande acontecimento”, garante o baiano.

 

“Pra mim, num país como o nosso, significa muito esse prêmio, esse reconhecimento, estar entre os cinco finalistas, diante de todas essas condições e levando em conta que eu venho do Brasil profundo. É muito significativo, eu estou muito feliz, não só eu, como mainha e painho, que também estão muito orgulhosos, e isso para mim já é muita coisa”, diz, acrescentando que o prêmio também tem dado mais visibilidade ao trabalho, que é o objetivo de todos os escritores: serem lidos. “O meu maior sonho é que o livro chegue mesmo em todos os lugares e que mais pessoas, como eu, consigam se encantar, se apaixonar pela ciência”, conclui.

Livro de professor baiano é finalista do Prêmio Jabuti
Foto: Divulgação

O professor feirense Alan Alves Brito é um dos finalistas do Prêmio Jabuti com a obra  “Astrofísica para a Educação Básica: A Origem dos Elementos Químicos no Universo”. O livro, escrito em parceria com Neusa Teresinha Massoni, está concorrendo na categoria Ciências com mais quatro obras. Os dois autores do livro são professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

 

Os vencedores de cada uma das 20 categorias e o ganhador do Livro do Ano serão conhecidos ao vivo, no dia 26 de novembro, às 19h, em cerimônia virtual que será transmitida no Facebook e no Youtube da Câmara Brasileira do Livro.

 

Segundo o Blog da Feira, o livro lança um novo olhar sobre a educação de conceitos científicos de Física, Astrofísica e da tabela periódica. Duas perguntas são de crucial importância neste livro: qual é o berço dos elementos químicos de nossa tabela periódica e quais compõem toda a matéria conhecida? Como se formam no Universo?

Filme baiano é único representante brasileiro em premiação na Argentina
Foto: Fernando Naiberg

O longa-metragem "Açucena(A criança que existe em você)”, dirigido pelo cineasta baiano Isaac Donato, foi selecionado para a 12ª edição do Territorio Labex, laboratório de produção e desenvolvimento de projetos cinematográficos, em Buenos Aires, na Argentina.  

 

Único representante brasileiro na competição, o filme foi um dos quatro selecionados de 300 produções inscritas de toda América Latina, e integra a categoria Work in Progress(WIP), mostra voltada para longas-metragens em etapa de finalização, nos gêneros ficção, documentário ou híbrido. 

 

O Territorio Labex será realizado entre 12 e 14 de novembro, este ano de forma virtual, por causa da pandemia do novo coronavírus. Durante esses três dias, Marília Cunha, corroteirista e produtora do longa, vai receber assessoria especializada de conceituados profissionais da indústria do audiovisual, com o objetivo potencializar a pós-produção do filme.

 

"Estamos muito agraciados com essa seleção. É mais um passo na carreira de um filme que vem sendo gestado desde 2017, quando ganhamos um edital na Bahia. No ano seguinte, em 2018, vencemos o CampusDocs Barcelona, laboratório de produção e desenvolvimento de roteiro, e ainda participamos da primeira edição do Diáspora Conecta, de Cachoeira, em 2019”, comemora Marília, fundadora da Movie Ações Audiovisuais, produtora de cinema de Salvador.

 

"O que submetemos ao Labex foi o primeiro corte do nosso longa-metragem. A entrada do ‘Açucena’ nessa seleção nos aproxima, ainda mais, da chegada ao corte final do filme e do seu posterior lançamento”, explica Isaac Donato, diretor e corroteirista.

 

O filme, cuja narrativa envolve mistério, fantasia e suspense, conta a história de uma senhora de 68 anos que, todos os anos, comemora seu aniversário de sete anos. O longa foi rodado em 2019, na Região Metropolitana de Salvador.

Fotógrafo baiano, Christian Cravo abre exposição inédita em São Paulo
Foto: Christian Cravo

Com imagens de Salvador, o fotógrafo baiano Christian Cravo abre a exposição inédita “Northern Light, Southern Skies”, no dia 17 de novembro e segue em cartaz até 31 de Janeiro 2021, na Babel SP, na capital paulista.

 

Filho do renomado artista Mário Cravo Neto (1947-2009) com a Dinamarquesa, Eva Christensen, Christian revisita o passado e traz de volta a cidade tropical que lhe surpreendeu quando saiu da Europa disposto a morar no Brasil.

 

As imagens em preto e branco mostram uma cidade tropical, mestiça e ao mesmo tempo singular e plural, registrada em fotos que captam a espontaneidade de crianças, a vida perto do mar, a religiosidade e a sensualidade presente nas ruas.

 

O material está no primeiro trabalho de Christian Cravo, realizado entre 1991 e 1993, e será exposto, pela primeira vez, em São Paulo. O livro com as fotos foi publicado pela prestigiada editora Cosac Naify (1996 - 2015), em 2014, e reúne 300 fotos de sua autoria, além de um prefácio assinado pelo artista Miguel Rio Branco. O livro estará disponível para venda na BABEL SP.

 

Já a exposição contará com 32 imagens selecionadas entre grandes (112 x 168,5cm), médias e pequenos formatos.

Livro baiano, 'Pequena Coleção de Insignificâncias' é finalista do Prêmio Jabuti
Foto: Patricia Almeida / Divulgação

O livro baiano “Pequena Coleção de Insignificâncias” (2019), de Thiago Cohen, TANTO - criações compartilhadas e Neto Machado, é finalista do 62º Prêmio Jabuti, realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). A cerimônia deste, que é o maior prêmio literário do Brasil, acontece no dia 26 de novembro. Também concorrem ao Jabuti deste ano nomes como Chico Buarque, Martinho da Vila e Nélida Piñon (saiba mais).

 

Editada pela Conexões Criativas, braço editorial da Dimenti Produções Culturais, a obra baiana concorre na categoria “Infantil”. O livro é formado por várias pequenas partes que se relacionam: cartas-poemas que podem espalhar palavras ao vento; uma caixinha especial para guardar as palavras soltas e o que mais interessar; uma caixinha hermeticamente fechada para guardar qualquer segredo; e uma caixinha cheia de pequenas proposições de experiências colecionáveis.

 

“Pequena Coleção de Insignificâncias” é resultante do projeto “Coreografias de Papel”, uma coleção que transpõe criações coreográficas da Bahia para livros-objetos voltados para a infância e juventude. Sua concepção acessa o solo de dança “Demolições (La Petite Mort)”, de Thiago Cohen, que trata dos momentos em que uma pessoa precisa romper para construir, acabar algo para começar outra vez. 

Em parceria com Ln On The Track, baiano Madido lança 'Peso em Ouro'
Foto: Reprodução / Instagram

O baiano Madido lançou nesta quinta-feira (22) o single "Peso em Ouro". Fruto de uma parceria com o beat maker Ln On The Track, a faixa faz parte de um projeto independente tocado pelo rapper junto com amigos, o Ambitionz Records. 

 

A canção, conta o cantor, fala sobre a fé em si mesmo e a força necessária para não ceder a imposições da sociedade. "A música Peso em Ouro fala sobre acreditar em si mesmo, não mudar o seu jeito, não baixar a cabeça para o que as pessoas querem que você seja, mas o que você quer ser. O processo de composição foi muito gostoso e a gente teve diversos erros e acertos até chegar ao que todo mundo está vendo hoje", descreve Madido. 

 

Segundo ele, a ideia de fazer a música surgiu ainda em 2015, quando ele e Ln se encontraram pela primeira vez em um show. "De lá pra cá foram muitas tentativas", conta, completando que as criações não param por aí. "Esse é o primero lançamento e muitas outras coisas estão por vir. Estamos conhecendo, buscando, nos aprofundando no que for necessário para esse mundo artístico em que 'tudo é uma loucura'".

 

Inicialmente pensado para contemplar lançamentos musicais do trio, o projeto Ambitionz pretende dar visibilidade para outros artistas que se aproximem da proposta criativa deles. 

 

Confira o clipe de "Peso de Ouro":

Filme baiano, 'Filho de Boi' é exibido na 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
Foto: Divulgação

Depois de passar por vários festivais internacionais, o longa-metragem baiano “Filho de Boi” foi selecionado para a 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece de 22 de outubro a 4 de novembro, maior parte de forma virtual. 

 

Os filmes serão exibidos nas plataformas Mostra Play, Sesc Digital e SPCine Play, além dos cinemas ao ar livre Belas Artes Drive-In e o CineSesc Drive-in, na cidade de São Paulo. 

 

Dirigido por Haroldo Borges, “Filho de Boi” conta a história de um menino dividido entre ficar em casa com seu pai autoritário ou ir embora com um novo amigo, o palhaço do circo. O filme reflete sobre como se tecem os afetos em um ambiente de masculinidade e machismo, a partir da relação entre esses três homens, que têm olhares muito distintos sobre a vida. 

 

“Filho de Boi é um filme sobre raízes, que lança luz sobre as relações no sertão, esse território que normalmente é reconhecido como um lugar de fuga. Mas ficar, às vezes, exige mais coragem do que partir”, diz o diretor.

Porta dos Fundos lança episódio com humorista baiano João 'Seu' Pimenta
Foto: Divulgação

O canal Porta dos Fundos lançou, na última quinta-feira (15), o quadro "Cozinha com Pimenta", protagonizado pelo humorista baiano João Pimenta. Sem esquecer do seu lema "sempre p*to e esculhambando geral", no primeiro episódio João faz uma receita especial para o público: arroz com pimenta. 

 

Depois de viralizar no seu perfil no Instagram (@joaoseupimenta) durante o isolamento social com o “Larica do Ódio”, o soteropolitano ensina, na base da comédia, vários tipos de "laricas", inclusive para as festividades de final do ano.

 

“Tá sendo bem legal trabalhar com uma galera que já admiro há tempos e ver também humoristas negros conquistando espaço no Brasil.”, conta João.   

 

Filme baiano vence dois prêmios no CineBaru - Mostra Sagarana de Cinema
Foto: Divulgação

O documentário baiano “Aldeia do Cachimbo” conquistou dois prêmios na Mostra Competitiva Regional do IV CineBaru - Mostra Sagarana de Cinema, neste domingo (27). O filme venceu as categorias de Melhor Filme (Júri) e Prêmio Aquisição SescTV.

 

A obra foi filmada na Aldeia do Cachimbo, localizada no município de Ribeirão do Largo, próximo à cidade de Itambé, na Bahia, e que abriga indígenas majoritariamente da etnia Imboré. O filme narra a história da reconquista do território, que por aproximadamente um século esteve nas mãos de posseiros, e somente em 2017 foi retomado pelos índios. 

 

A equipe do documentário foi composta por cerca de 20 indígenas e três artistas convidados não indígenas: Sebastian Gerlic (Direção e Câmera);  Angelo Rosário (Fotografia e Câmera) e Gabriel Moreira (Som Direto e Edição). A direção geral é assinada pela artista realizadora indígena Îã Gwarini Tupinambá e seu produtor Luis Gonzaga dos Santos.

 

O filme foi viabilizado por meio do Edital Setorial de Audiovisual 2019, com apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.

Inspirado no Recôncavo, filme baiano resgata afetos e aponta literatura como refúgio
Foto: Reprodução / Facebook

Nascido em Salvador, mas criado na região de Conceição do Almeida e Sapeaçu, o diretor e roteirista Dan Borges buscou inspiração nas lembranças da infância para rodar seu segundo filme, “Retirante Juvenil”, que tem estreia virtual neste domingo (27), a partir das 19h, seguida de um bate-papo com a equipe e o público (clique aqui para reservar ingresso). 

 

O média-metragem conta a história de Luce (Marina Torres), uma menina irrequieta que cresceu em uma fazenda junto com a irmã Dora (Camila Castro) e a mãe (Eliana Assumpção). Insatisfeita com a vida monótona do campo, além de abalada pela desestruturação da família e o abandono do pai, ela encontra refúgio e redenção nos livros apresentados pelo misterioso e sábio andarilho Alberto (Isaac Fiterman). “Ela tem um amigo no filme, que é aquele famoso velho do interior, contador de história. E ele é um cara muito viajado, conhece muito, também gosta de ler filosofia, gosta de poesia, esse tipo de coisa, então o refúgio dessa menininha é com esse senhor. Ela se isenta completamente da casa dela, que é onde tem uns problemas familiares, o pai abandonou, a mãe é meio traumatizada e chocada com o abandono, porque numa cidadezinha uma mulher que é abandonada pelo marido até hoje ainda é vista como uma largada. E aí a irmã mais velha que teve que assumir a casa e por causa desse estresse acaba descontando tudo nessa menininha”, detalha o diretor.

 


O filme é centrado na relação de uma menina com um velho andarilho, que conduz sua pupila pelo mundo da literatura e lhe estimula a ver o mundo por diferentes perspectivas | Foto: Reprodução / Facebook

 

Apesar de usar suas experiências como base para o enredo, o artista conta que a obra não foi inspirada em sua história pessoal, em si, mas no que presenciou e nas relações que mantinha na infância. “Como eu passei a minha juventude toda indo para o interior e passando vários dias na fazenda, eu tive o convívio com muitas pessoas que são de lá, que se você for relacionar, estão como personagens do filme. Não ninguém específico, mas, por exemplo, a menininha que nasceu no interior e detesta aquela vida monótona e queria vir para a cidade, porque lá nada acontece. É basicamente a personagem principal. Mas tem outras pessoas que são do contraponto, de pensar totalmente o oposto, que acham maravilhoso aquela vida calma e jamais iriam querer morar na cidade”, contextualiza Dan Borges.

 

O baiano explicou ainda que o média-metragem filmado nas fazendas e vilarejos da região onde cresceu se passa em uma cidade específica, mas propositalmente não citada de forma explícita na obra. A ideia de não delimitar uma “locação muito palpável”, segundo ele, se deu para que todo o Recôncavo e o interior, de forma geral, se identificassem com a história. Essa ideia de representatividade também pautaria a estreia, que precisou ser readaptada na quarentena. “A pandemia acabou com todos os nossos planos de lançamento, nossos planos físicos. A gente já tinha três sessões fechadas nos interiores, pra começar a exibir basicamente nos interiores. Já tinha uma sessão marcada na cidade da atriz, que é Alagoinhas; na própria cidade de Conceição do Almeida, no auditório da prefeitura; Sapeaçu também, numa escola. Tudo isso foi cancelado por conta da pandemia”, conta o diretor, lembrando que começou a escrever o roteiro no início de 2019 e só em fevereiro deste ano a equipe finalizou a obra, realizada de forma totalmente independente.

 

Apesar da mudança inesperada de rota, Dan avalia que o lançamento virtual não tem apenas pontos negativos. “É diferente, a gente como pessoas de público, de cinema, principalmente os atores que são de teatro e têm a paixão por esse contato com plateia, é um pouco decepcionante. Tem esse lado ruim, que a gente queria estar nesse calor da festa, do lançamento, mas também tem o lado bom, que é a possibilidade de maior alcance, online”, pondera o artista, que mesmo aceitando as imposições do momento, segue otimista quanto ao futuro e diz que pretende retomar a ideia inicial de circular pela Bahia. “A gente pretende fazer uma sessão [física] de alguma forma, ainda não planejamos. Talvez, dependendo até do possível sucesso do filme durante esse período em alguns festivais e no lançamento online, pode ser que a gente consiga fazer em algum momento. Mas está dentro do plano, a gente não desistiu não. Inclusive, essas sessões que a gente já tinha marcado e foram abortadas nos interiores, nós vamos voltar com elas. A gente pretende fazer uma mini turnezinha pelo Recôncavo, porque é um filme que é a cara deles, é a representação deles ali, e acho que vai ser muito bem recebido nessas cidades”, conta.

 


Com um diretor e roteirista que é também artista gráfico, o storyboard do filme se aproxima muito do elenco selecionado | Foto: Reprodução / Facebook

 

Profissional originalmente das áreas de design, ilustração e quadrinhos, Dan Borges revelou ainda que a experiência das artes visuais segue expressa em seu trabalho no audiovisual, iniciado a partir de 2012 com videoclipes de bandas baianas. Um exemplo bem claro dessa influência é a forma pela qual ele faz a escolha dos atores para suas produções, garimpando perfis na internet. “A questão de selecionar elenco, eu tenho um ponto meio louco na minha cabeça que ajuda e dificulta. Porque quando eu crio o personagem, eu já penso exatamente na imagem dele, até a voz já está construída na minha cabeça”, revela, atribuindo o comportamento ao costume dos quadrinhos. “Então, quando eu penso nesses personagens e depois vou procurar pessoas reais para colocar no lugar deles, tem que ser uma pessoa que se encaixe com aquilo que eu imaginei, senão eu não quero (risos). E isso é terrível, porque pra achar uma pessoa bem próxima pelo menos, se não for idêntica ao que eu imaginei, é difícil. Mas também quando eu acho, aí pronto, estou 100% satisfeito, só precisa que a pessoa seja bom ator, boa atriz, e graças a Deus todos foram”, diz o artista, revelando o fato curioso de que para “Retirante Juvenil”, o storyboard foi desenhado antes da seleção do elenco, mas acabou muito parecido com os atores escolhidos.

 

O resultado de tudo isso - memórias de infância, diferentes olhares sobre a vida no campo, além de afetos e reflexões por meio da literatura - poderá ser conferido nesto domingo (27), no Brasil e no mundo, durante a sessão online. 

Teago Oliveira comemora convite para regravar música de Gil para trilha de série da Globo
Foto: Divulgação

O cantor e compositor baiano Teago Oliveira, vocalista da banda Maglore, comemorou o convite para regravar um dos clássicos de Gilberto Gil para uma atração global. 

 

“Não adianta nem me abandonar. Fiquei muito feliz com o convite da Globo para fazer uma versão de ‘Esotérico’, do meu sempre amado mestre Gilberto Gil”, escreveu o músico em suas redes sociais, nesta quarta-feira (23).

 

“A versão faz parte da trilha de série ‘Amor e Sorte’, que vai ao ar hoje, após a novela ‘A Força do Querer’. Eu embalo o romance dos maravilhosos atores Emilio Dantas e Fabiula Nascimento. Também na trilha: Milton Nascimento, Pitty, Céu e AnaVitória. Tudo cantando Gil!”, conta Teago.

'Sobre Nossas Cabeças' ganha três prêmios no Festival Cine Fantasy
Foto: Divulgação

O filme baiano "Sobre Nossas Cabeças" foi anunciado como o vencedor de três categorias do 10º Festival CineFantasy. Realizada neste domingo (21), a premiação concedeu ao curta baiano três categorias: Tanu Distribuicion, que dá a distribuição para 15 festivais da América Latina; o do Centro Técnico Audiovisual (CTAV), que oferta o empréstimo de uma câmera Black Magic e seus acessórios; e o Mistika, que oferece serviço de pós-produção. 

 

O anúncio aconteceu na página do Youtube do evento. O Cinefantasy é membro fundador e preside a FANTLATAM (Aliança Latino Americana de Festivais de Cinema Fantástico), uma federação constituída por festivais da América do Norte à América do Sul que sela o intercâmbio, a cooperação e o compartilhamento entre os festivais.

 

Dirigido por Susan Kalik (Cores e Flores para Tita) e Thiagos Gomes (Bando, Um filme de), a obra conta com os atores Dan Ferreira (Amor de Mãe) e Danilo Mesquita (Ricos de Amor), no elenco. Já a direção de fotografia é de Jeronimo Soffer e a trilha sonora original é de Peter Marques. 

 

Em outubro, o público vai poder conferir a produção em outro festival, o LABRFF (Los Angeles Brazilian Film Festival), que ocorre de maneira remota em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Baiano é primeiro brasileiro a ganhar prêmio internacional de fotografia da Sony
Fotografia vencedora do concurso | Foto: Matheus L8

O fotógrafo baiano Matheus Leite é o primeiro brasileiro a vencer o concurso Sony World Photography Awards. Premiado na categoria National Awards (Brasil) com uma das fotos de um ensaio batizado como "Afrocentrípeta", o profissional de 21 anos começou a carreira na área após uma vida inteira evitando ser fotografado.

 

Em entrevista ao UOL, ele contou que a morte do pai em 2012 fez com que percebesse a importância de se registrar o presente. "Uma coisa que mexeu muito comigo foi a fato de não ter muita foto com meu pai. E por decisão minha, inclusive. Nos álbuns de família é muito comum ter fotos com todos os familiares e, em vários desses eventos, eu sabia que estava presente e não participei da foto", contou.

 

Segundo ele, foi a partir daí que passou a entender a fotografia como o registro de momentos e sensações. "A fotografia é a valorização do agora, do quem está comigo, é algo simbólico. Para uma pessoa que fugia de fotos, acho que esse foi um marco muito visível", explica.

 

A premiação que Leite ganhou contou com mais de 190 mil imagens inscritas e teve 69 participantes de diversos países escolhidos como campeões. Conquistar o Sony World Photography Awards foi, para ele, muito surpreendente. 

 

"Em 2015 peguei minha primeira câmera e comecei a fazer fotos em ambientes fechados para registrar amizades, festas de familiares, etc. E esse primeiro ano foi tão intenso que no segundo semestre eu já estava trabalhando com fotografia", contou o fotógrafo, que já havia atuado com edição de vídeos, mas nunca havia participado de competições semelhantes. 

 

"É um concurso de escala mundial, pessoas da Inglaterra, Tailândia, China, Namíbia, enfim, todo o mundo participando. Por isso, a derrota seria aceitável pela magnitude que o concurso tem. Foi uma surpresa, fico até me achando chato falando isso, mas não tem outro sentimento", completou.

 

"Quando recebi um email em inglês falando que ganhei, achei que eu estava interpretando de maneira equivocada. Pensei que aquele 'winner' podia ser algo sobre participantes, do tipo, 'vocês já são vencedores por participar'. De repente percebi e, meu Deus, eu venci. Nem sabia que nenhum brasileiro tinha ganhado, então, assim, ainda foi um combo de surpresas e estou caindo de paraquedas nessa realidade", contou o fotógrafo.

 

Assinando como Matheus L8, a carreira de fotógrafo é sua fonte de renda atualmente. Ele entrou na profissão após trancar a faculdade de História no sétimo período. E é daí que vem o mote para o ensaio ganhador, o Afrocentrípeta - realizado nas Dunas de Diogo, região metropolitana de Salvador, e que retrata as relações intrarraciais ocorridas no Brasil durante os séculos de escravidão.

 

"Eu pensei na diversidade que existia na época. Uma coisa que me incomoda era esse entendimento sobre esses povos negros de uma maneira homogênea, singular. Sendo que são povos de culturas diferentes. Você tem um povo do Magrebe, islamizado, com um tipo de cultura, do Congo, com outro, e todo mundo ali compartilhando essa experiência cruel da escravidão", explicou.

 

Como prêmio, Matheus L8 vai receber uma câmera Sony Alpha 7 III e terá seu trabalho mostrado na exposição "Sony World Photography Awards", no palácio Somerset House, em Londres, programada para iniciar no final deste ano.

Escritor e cineasta baiano, Chico Drumond morre aos 86 anos em Salvador
Foto: Arquivo Pessoal

O jornalista, escritor e cineasta baiano Francisco Luís da Costa Drumond Neto, conhecido como Chico Drumond, morreu no fim da tarde desta quarta-feira (9), aos 86 anos, no Hospital Aliança, em Salvador. A causa da morte não foi informada.

 

No fim dos anos 1960, Chico Drumond  trabalhou no jornal O Estado de São Paulo e, retornando à Bahia, atuou como jornalista no jornal IC. Ele trabalhou ainda no Teatro Castro Alves, no departamento de imagem e som da Fundação Cultural do Estado da Bahia e no Setor de Rádio e Televisão da extinta Embrafimes. 

 

Iniciou a carreira de produtor e cineasta no início dos anos 1970, tendo trabalhado com nomes como Nelson Pereira dos Santos, Walter Lima Júnior, Hugo Carvana, Tizuka Iamazaky, Aguinaldo Siri Azevedo, Tuna Espinheira e Edgar Navarro. Como poeta, Drumond fez a letra do Hino do Sesquicentenário da Bahia, composto com o maestro Carlos Lacerda em 1973.

 

Filiado ao antigo PCB e fundador do PDT na Bahia, ele Chico também líder sindical na Petrobras e chegou a ser preso em 31 de março de 1964, no início da ditadura militar. 

Vítima de racismo, baiano de 13 anos amante dos livros planeja montar bibliotecas públicas
Foto: Reprodução / Instagram

Com 13 anos recém completos na semana passada, o baiano Adriel Oliveira viu sua vida mudar após ser vítima de racismo nas redes sociais, no último mês de maio (relembre o caso). Na ocasião, ele sofreu ataques no perfil de Instagram “Livros do Drii” (clique aqui), onde publica resenhas literárias. Ao expor as mensagens de ódio na rede, o menino acabou conquistando uma série de apoiadores - entre anônimos e famosos - e sua conta saltou de 250 para mais de 750 mil seguidores. “Eu tive total apoio de vários famosos, Bruno Gagliasso, Lázaro Ramos, Telminha, a vencedora do BBB, Preta Gil, todas essas pessoas me acolheram bastante”, lembra o garoto.

 

Após denúncia à polícia ainda não há novidades sobre o processo, mas o pequeno amante da literatura afirma que ele e sua família não estão preocupados com isso. “Nossa vida mudou bastante, eu estou recebendo muito carinho das pessoas, que estão muito receptivas nesse novo mundo comigo, então a gente não está tão preocupado com isso. Estamos deixando na mão da polícia e da advogada”, pondera. 

 

Passados alguns meses do incidente, Adriel revelou ter superado os eventos racistas e disse estar concentrado no lado bom da história, além de planejar projetos futuros. “Minha vida virou de cabeça pra baixo de um jeito bom. Eu consegui um dinheiro bom pra gente se mudar e pra manter a casa, consegui várias coisas pra meu padrasto, que é cadeirante e não consegue andar. Também consegui conquistar vários livros, que os meus seguidores me deram, e uma bolsa de estudos em um colégio particular”, conta o baiano, que antes estava matriculado em uma escola da rede pública. 

 


Além de mensagens de apoio, o baiano amante da literatura recebeu muitas doações de livros após os ataques racistas | Foto: Reprodução / Instagram

 

Empolgado com as novidades, Adriel diz que, apesar das limitações impostas pela pandemia, agora é “mais fácil e mais agradável” enfrentar a quarentena em família. “O momento está sendo de ansiedade, porque a gente não sabe o que vai acontecer, o que está por vir, mas nós estamos também bem alegres com tudo isso e também essa casa nova que a gente está é muito boa para a locomoção do meu padrasto”, comemora. “Como ele é cadeirante, a nossa antiga casa era muito apertada e tinha duas escadas pra minha mãe descer. Agora que tem elevador e a casa é bem maior que a nossa antiga, ele consegue ter uma locomoção muito melhor”, compara.

 

Acostumado com o mundo que construiu entre os livros e a internet, ele diz também que não tem sofrido com a nova rotina escolar. “No EAD até que está sendo muito bom pra mim, eu estou conseguindo desenvolver bastante, mesmo sendo dentro de casa. Eu presto muita atenção na aula, porque minha mãe também tira tudo que é de distração na hora da aula, então está sendo muito boa essa aula online”, conta o garoto, garantindo que a única mudança substancial em sua educação tem sido a falta do contato presencial com as pessoas.

 


Adriel celebra a mudança de casa com a família | Foto: Reprodução / Instagram

 

Apesar de celebrar as conquistas de ordem privada, o menino não esquece as origens e conta que pretende dividir com a comunidade os louros colhidos pelo sucesso. “Eu tenho vários projetos, como o da biblioteca que eu quero fazer lá na minha antiga rua, onde eu morava”, revela o baiano, que vivia na Vila Laura, em Salvador. “Eu quero fazer uma biblioteca para que mais e mais pessoas possam conhecer a cultura dos livros. Porque eu vivi lá e eu sei como é a dificuldade para as pessoas às vezes até comprarem comida pra elas, então acho que tendo acesso à cultura eles vão ter mais oportunidades”, explica.

 

Adriel revela ainda que a iniciativa já foi abraçada por vários apoiadores e que a ideia é replicá-la também em São Paulo, apesar de ainda não saber ainda qual estado abrigaria o projeto inicial e tampouco a data concreta da implementação. “Eu não tenho estimativa certa, porque o projeto ainda não saiu do papel, nós estamos planejando ainda, mas creio eu que a produção vai começar ano que vem”, especula.

 

Além de engajado na causa que acredita, antenado com o que acontece no país, o garoto fez duras críticas à possível taxação dos livros, inserida na reforma tributária proposta pelo governo federal (clique aqui e saiba mais). Ao defender a medida, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a afirmar que livro é artigo voltado para as elites, mas o pequeno leitor baiano discorda frontalmente. “Essa taxação em cima dos livros, de 12%, eu acho super errado, porque as pessoas que são de periferias, que gostam de ler, já não têm dinheiro, e com essa taxação elas vão ter menos acesso ainda. Como eu disse, livro é educação e conhecimento, e não de elite. O que é de elite mesmo são iates, helicópteros, isso sim deveria pagar impostos, não os livros”, avalia o garoto.

Inspirado em clássicos de ficção, filme baiano 'Sobre Nossas Cabeças' estreia no CineFantasy
Foto: Ted Ferreira / Divulgação

Realizado pela produtora baiana Modupé, o curta-metragem “Sobre Nossas Cabeças” estreia na décima edição do CineFantasy, maior festival de cinema fantástico do país, realizado de 6 a 20 de setembro. O filme baiano é um dos 140 projetos selecionados, entre 780 inscritos.

 

Dirigido por Susan Kalik e Thiago Gomes, o curta traz o suspense inspirado em clássicos da ficção científica como “E.T.: O Extraterrestre”, “Guerra dos Mundos” e a série Stranger Things. No enredo, que utiliza ufologia e mistério para estabelecer tensão entre personagens, são abordados temas como questões raciais e o complexo do “white savior”, trazendo reflexões sobre o papel dos brancos na luta racial.

 

Integram o elenco os atores Dan Ferreira (“Amor de Mã”e) e Danilo Mesquita (“Ricos de Amor”). A direção de fotografia é de Jeronimo Soffer e a trilha sonora original é assinada por Peter Marques. 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Não sei quem o Ferragamo vai escolher pra vice, mas "haverá sinais". Porém, é importante que ele perceba rápido o que está acontecendo além da balança, pra não tomar mais um tiro no pé. Já no caso de Rolando Lero, nem todos os sinais o convencem da falta de apoio que enfrenta. Até o Molusco se preocupou mais em elogiar o Doido. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Jaques Wagner

Jaques Wagner
Foto: Mauricio Leiro / Bahia Notícias

"Tá igual a mandacaru, que não dá sombra nem encosto".

 

Disse o senador Jaques Wagner (PT) rebateu as críticas feitas pelo o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) sobre a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

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De lado opostos na política, o PT e o União Brasil da Bahia estão passando por dias turbulentos. Disputas internas expuseram conflitos entre os caciques das duas legendas, às vésperas da campanha eleitoral municipal de 2024.

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