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afropunk 2025
O cantor baiano, Tatau, emocionou fãs e amantes da axé music em um show especial, recheado de clássicos, que marcou o encerramento do Afropunk Brasil neste domingo (9). O ex-Araketu, que já possui mais de 40 anos de carreira, iniciou o show com um marco, a música “Protesto do Olodum”, composta por ele mesmo, que se tornou um símbolo da música baiana.
Emocionado, o artista seguiu emplacando hits durante toda a apresentação. Mas o ponto alto dela, inegavelmente foi a parceria com Lazzo Matumbi e Márcia Short, também veteranos da música baiana. Ao Bahia Notícias, os três artistas destacaram a importância de seguir divulgando os clássicos da axé music à nova geração, especialmente no que diz respeito aos blocos afro.

Foto: Eduarda Pinto / Bahia Notícias
“Eu diria que isso é uma missão. Talvez não seja uma escolha nossa. Talvez seja escolha divina.”, enfatizou Tatau.
Para Márcia Short, “o Axé é a força que move a vida e nos conecta com os orixás e a natureza. Então quando a gente se reúne numa festa dessas, falando dessa Afro-Bahia, desse Afro-Axé, é fundamental. Porque esses espaços nos foram negados. O Afropunk hoje, como o maior festival de cultura negra do mundo, trazendo esse recorte da Axé Music, é a devolutiva que a gente precisava. É a Bahia”, destaca a cantora.
A banda BaianaSystem fez no Afropunk Brasil o que ela faz de melhor: misturar ritmos e exaltar afrolatinidade. O que poderia ser um show comum da banda, que já seria bom demais, se tornou uma festa eletrizante dedicada ao reggae.
Com a participação da artista Sister Nancy, grande ícone do reggae, e Larissa Luz, grande parte do show foi dedicada ao instrumental. Para Russo Passapusso, a exaltação do ritmo latino já é uma marca da banda.

“[O reggae] Simboliza a cultura de paz, identidade, um povo jamaicano que permite que a gente misture as tradições, misture as raízes. A gente nasce aqui - eu sou do interior, Beto é dessa Bahia molhada -, e a gente sabe que a permissão da Jamaica em trabalhar e abrir portas para que a gente possa costurar nossas letras também, do samba, das relações do reggae, é muito importante”, afirmou ao Bahia Notícias.
Segundo ele, a música jamaicana, que já penetrou na cultura e na musicalidade baiana, representa um modelo de “protesto pacífico” em torno de pautas sociais importantes.
“Eu vejo uma mensagem de paz, que é importante nos dias de hoje. Tudo que a gente sabe que sofre, esse reggae que bate e a gente não sente dor, essa mensagem que faz a gente se sentir feliz mesmo sabendo de todos os nossos problemas. Esse protesto de sorriso. A música jamaicana traz isso”, explica.

E para ele, ressaltar a força feminina é ainda mais importante: “A gente está com uma guerreira, mulher, forte. Vocês sempre veem a gente falar de Augustus Pablo, v. Spy, Gregory Isaacs, vão ver a gente falar das mulheres do reggae, Sister Nancy e outras mais. Então aumenta o som e ouve a voz feminina no reggae.”
Mas a passagem da banda pelo Afropunk não parou por aí. Além da mensagem trazida pela banda e um início de show relativamente calmo, a banda transformou o Parque de Exposições em uma grande roda, que com direito a sinalizadores e o saci pererê regendo a curtição do público.
A paulista mais baiana do Brasil, a cantora Liniker, dominou o palco do Afropunk Brasil neste domingo (9). Uma das atrações mais aguardadas da noite, a artista subiu ao palco cantando “Negra dos Olhos Terríveis” uma colaboração com BaianaSystem.
Trazendo para o festival uma extensão de sua turnê “Caju”, homônima ao seu novo álbum, a colaboração da artista com a baiana Melly, também foi uma das primeiras músicas do espetáculo de Liniker. Ela que tem o título de cidadã soteropolitana ressaltou: “Viva a Bahia, respeite a Bahia”, durante o show.

Foto: André Carvalho / BN Hall
A artista ainda se emocionou ao falar sobre sua indicação ao Grammy Latino 2025, com o álbum “Caju”. Segundo ela, este é o seu último show antes da viagem aos Estados Unidos para a premiação.
“Desde que eu pisei na Bahia, escrevi coisas lindas e eu sou muito grata a todas as pessoas que eu conheci aqui e a tudo que eu vivi”, declarou a cantora.

Foto: André Carvalho / BN Hall
“Tem gogó, querida?”, essa foi a sensação que marcou o show da cantora americana Coco Jones. A ex-estrela da Disney demonstrou todo o seu potencial vocal em performances de seus clássicos como “ICU” e “Here We Go” no palco do Afropunk Brasil 2025, na noite deste sábado (8).
Este, que foi o primeiro show de Coco no Brasil, também contou com uma homenagem ao país. A artista iniciou o segundo set do show com um remix de músicas brasileiras, incluindo o hit viral do pagodeiro baiano O Kannalha, “O Baiano Tem o Molho”.
Brincando com o público, Coco recebeu um coro de aplausos e elogios ao citar seus primeiros discos, como “Made Of” (2013), “Let Me Check It” (2017) e “H.D.W.Y.” (2019) — que marcam o início de sua trajetória fora da Disney e mostram sua evolução como artista independente.
Ela ainda privilegiou as músicas do seu álbum indicado ao Grammy 2026, “Why No More?”, como “Tang for U”. Vale lembrar também que Coco Jones venceu seu primeiro Grammy em 2024, na categoria Melhor Performance de R&B, com o sucesso “ICU”.
A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Mobilidade (Semob), anunciou a realização de uma operação especial de transporte para atender o público que vai comparecer ao Festival Afropunk Brasil 2025, neste sábado (8) e domingo (9). Para o evento, que ocorre no Parque de Exposições, na Avenida Paralela, haverá a antecipação e a prorrogação dos horários das linhas de ônibus.
As mudanças operacionais envolvem linhas das concessionárias OTTrans e Plataforma, com reforço no atendimento e operação por demanda nas estações Acesso Norte, Pirajá e Mussurunga, a partir da meia-noite (00h). Após o encerramento dos horários regulares, os ônibus continuarão circulando conforme a demanda de passageiros, garantindo o retorno seguro do público.
A ação ocorre em paralelo à extensão do funcionamento do metrô, que funcionará ininterruptamente durante este final de semana. A medida tem como objetivo ampliar a oferta de transporte público e assegurar deslocamentos mais ágeis e confortáveis durante o período de maior movimentação no entorno do Parque de Exposições.
Linhas que terão antecipação e prorrogação de horários:
Estação Mussurunga:
1067 – Est. Mussurunga – Bosque das Bromélias
1069 – Est. Mussurunga – Cassange/Boca da Mata
1026 - Est. Mussurunga – Faz. Grande 1/ Boca da Mata
1048 - Est. Mussurunga – Mussurunga 2 (setor H/I)
1054 - Est. Mussurunga - Faz Grande 4/3/2
Orla - Avenida São Cristóvão/ Avenida Dorival Caymmi (no ponto de ônibus localizado na Avenida Paralela, sentido Aeroporto)
1001 – Aeroporto – Praça da Sé
1035 - Aeroporto – Praça da Sé/ via Garibaldi
Estação Acesso Norte:
0301 - Term. Acesso Norte – Alto do Peru
1146 - Term. Acesso Norte - Arenoso
1154 - Term. Acesso Norte - Barbalho/Macaúbas
1158 - Term. Acesso Norte - Conj Marback/Est Imbuí
0301 - Term. Acesso Norte – Alto do Peru
1118 – Term. Acesso Norte – São Gonçalo
1123 – Term. Acesso Norte - Resgate
1143 - Term. Acesso Norte - Barroquinha
1145 - Term. Acesso Norte - Ribeira
1146 - Term. Acesso Norte - Arenoso
1149 - Term. Acesso Norte – São Joaquim
1150 - Term. Acesso Norte – Term. da França/C. Grande/C. Nova
1159 - Term. Acesso Norte - Metrô Imbuí/Stiep
1229 - Term. Acesso Norte – Novo Horizonte
1133 - Term. Acesso Norte – Pernambués
1156 - Term Acesso Norte - Santa Mônica
1162 - Term.. Acesso Norte - Doron/Narandiba
Estação Pirajá:
1550 – Est. Pirajá – Alto de Coutos
1655 – Est. Pirajá – Rio Sena/ Terezinha
1342 - Est. Pirajá - Ribeira
1344 - Est. Pirajá - Ribeira
1521 - Conj. Pirajá - C.Rio/Rua Nova/Est. Pirajá
O AFROPUNK Brasil anunciou, nesta quarta-feira (11), mais uma atração para a edição 2025 do evento, que acontece nos dias 8 e 9 de novembro, no Parque de Exposições. A DJ Sister Nancy, referência do dancehall jamaicano, se encontrará no palco com o grupo BaianaSystem.
Pela primeira vez na Bahia, Sister Nancy é uma figura seminal do reggae e primeira mulher a se destacar no dancehall jamaicano, um ícone de resistência em um gênero historicamente dominado por homens. Sua faixa "Bam Bam", amplamente sampleada por artistas como Lauryn Hill, Jay-Z, Kanye West e Run-DMC, é considerada um hino transgeracional e foi eleita pela Pitchfork como a melhor música de dancehall de todos os tempos.
Para o vocalista Russo Passapusso, o show com Sister Nancy é “uma celebração do que nos formou, que nos inspira até hoje. É sobre ancestralidade, mas também sobre o futuro”. Segundo Roberto Barreto, músico responsável pela guitarra baiana contemporânea que marca o som do grupo, “a voz de Sister Nancy sempre esteve conosco, mesmo antes de sabermos. Este show é uma volta ao ponto de partida – e um salto para o que ainda está por vir”.
Confira o line-up confirmado até agora:
Jorja Smith
BK’
Péricles
Liniker
BaianaSystem
Sister Nancy
ÀTTØØXXÁ
Budah
Núbia convida Muzenza
MC Luanna
Os Garotin
DJ Boneka
DJ Umiranda
SERVIÇO
AFROPUNK Brasil 2025
Datas: 8 e 9 de novembro de 2025
Local: Parque de Exposições de Salvador
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Grave erro histórico".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao criticar o mecanismo das emendas impositivas, um dos tipos de transferências de verbas federais feitas por parlamentares aos estados e municípios. Em declaração dada nesta quinta-feira (4), o petista definiu o modelo como uma "grave erro histórico", mas negou que o governo tenha um "problema" com o Congresso Nacional".