Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Saúde
Você está em:
/
/
Geral

Notícia

Osid fará teste de nova vacina com 37 voluntários; entenda importância de estudos

Por Jade Coelho / Gabriel Lopes

Osid fará teste de nova vacina com 37 voluntários; entenda importância de estudos
Foto: Paula Fróes/GOVBA

As Obras Socias Irmãs Dulce (Osid) serão parceiras em mais um estudo de vacina anti-Covid-19. Dessa vez a instituição vai colaborar com os testes clínicos do imunizante da farmacêutica Sanofi Pasteur no Brasil. Além da Bahia, os testes serão feitos em mais três estados.

 

Por aqui a instituição parceira na condução do estudo será o Centro de Pesquisa Clínica (Cepac) da Osid, com previsão de 37 voluntários participantes. A informação foi confirmada pela Anvisa em contato com o Bahia Notícias e ratificada pela Osid. A agência, no entanto, afirmou que o processo de seleção e acompanhamento dos voluntários é de responsabilidade dos centros de pesquisa e do patrocinador.

 

Por meio de assessoria, a Osid disse que o protocolo clínico ainda necessita de aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), ligada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), e que não pode divulgar mais informações até a finalização dos trâmites.

 

A Osid também foi a instituição parceira nos testes da vacina da Pfizer/BioNTech em 2020.

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na terça-feira (6) a realização de estudos clínicos da vacina. Segundo a Anvisa, o estudo clínico será de fase I e II e deve envolver 150 voluntários no Brasil com 18 ou mais anos de idade. O objetivo é testar três diferentes dosagens da vacina para definir a dose ideal antes de prosseguir para a fase III. O estudo prevê a aplicação de duas doses, com 21 dias de intervalo, e será conduzido nos estados na Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro (lembre aqui).

 

NOVOS TESTES

Partindo do entendimento que a ciência pode, e deve, melhorar e se aperfeiçoar, especialistas afirmam que ainda é possível a realização de estudos clínicos e novos testes de vacinas, mesmo que parcela da população já esteja imunizada. Na visão da epidemiologista e pesquisadora do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Glória Teixeira, apesar dos dados da pandemia da Covid-19 indicarem redução na ocupação leitos de UTI, ainda há uma circulação expressiva do vírus.

 

“Com certeza já é uma efetividade das vacinas que estão sendo dadas a população mais vulnerável, mas ainda tem muitas pessoas que não estão vacinadas e o vírus está circulando. Então é possível sim se ver efetividade, a eficácia de uma [nova] vacina”, comentou a cientista, nesta quarta-feira (7).

 

Glória Teixeira explica que cada pesquisa clínica possui um desenho de estudo e que uma possibilidade para um novo estudo é, por exemplo, o de aumentar o tamanho da amostra para ter maior probabilidade de verificar a eficácia. Essa é apenas uma das várias formas do ponto de vista do desenho científico para superar a redução da circulação do vírus, sugere ela.

 

A especialista em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e com doutorado em Saúde Pública com ênfase em área de concentração em epidemiologia pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/Ufba) ressalta que ainda não estão disponíveis informações sobre o estudo da vacina anti-Covid da Sanofi Pasteur, mas que uma possibilidade é de que ele não seja mais tão centrado na questão dos óbitos, mas com foco na redução do risco de adquirir a infecção.

 

O cenário para o estudo ainda é favorável, tendo em vista que ainda há uma parcela grande da população que não foi imunizada contra a Covid-19, ressalta a pesquisadora. “Existem formas sim de fazer um desenho robusto o suficiente mesmo em uma situação, felizmente, de menor risco de infecção e caso grave”, completou.