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Sem previsão de 2º lote, Bahia vai usar metade das doses enviadas pelo Ministério da Saúde

Por Bruno Luiz

Sem previsão de 2º lote, Bahia vai usar metade das doses enviadas pelo Ministério da Saúde
Foto: Divulgação/ Governo de SP

Sem prazo para chegada de um segundo lote à vista, o governo baiano vai usar apenas metade das 379 mil doses da Coronavac que serão enviadas pelo governo federal ao estado para vacinar a população contra Covid-19. 

 

Segundo o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, o objetivo é garantir que haja quantitativo suficiente para aplicação das duas doses da vacina, já que a imunização completa provocada pela Coronavac só acontece após a segunda dose. 

 

“Ninguém vai ficar a ver navios. Nós vamos aplicar 180 mil doses e guardar na Sesab as outras 180 mil para aplicação em até três semanas”, explicou o titular da Sesab em entrevista ao “Isso é Bahia”, programa da rádio A TARDE FM em parceria com o Bahia Notícias. 

 

Com a medida, apenas 180 mil das 1.791.438 pessoas do grupo considerado prioritário na fase 1 do plano estadual de vacinação devem ser imunizadas. Nele, estão incluídos trabalhadores da saúde, indígenas, idosos com 75 anos ou mais, povos e comunidades tradicionais e ribeirinhas e idosos com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência como asilos (clique aqui e veja todos os detalhes sobre o plano de imunização).

 

QUANTIDADE DE VACINAS

O secretário afirmou que não há no Brasil, a curto prazo, quantidade suficiente para imunizar a população que integra o grupo prioritário para vacina contra Covid-19. Na visão dele, a única forma de mudar este cenário seria a aplicação da Sputnik V, produzida pela Rússia, cujo uso emergencial foi barrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no sábado (16) (veja aqui).

 

Por causa da negativa, o governo baiano ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a liberação de 10 milhões de doses do imunizante para uso no país (entenda aqui).

 

“Não existe, num cenário de curto prazo, quantidade de vacina suficiente para o grupo de risco. A única possibilidade que vejo é ampliar o cardápio de vacinas. A vacina Sputnik V já está sendo aplicada na Argentina, na Rússia, há um acordo de distribuição de 10 milhões de doses para transporte no Brasil. Temos a vacina Sputnik sendo fabricada no Brasil, com possibilidade de termos até 8 milhões de doses por mês, e corremos o risco de ver essa vacina ser exportada e ficarmos a ver navios”, criticou o secretário. Vale lembrar que a Bahia tem acordo com o governo russo para distribuir e comercializar a vacina no Brasil, por meio da estatal Bahiafarma. 

 

Vilas-Boas criticou o que chamou de “preciosismo” da Anvisa em exigir que o imunizante passe pela fase 3 de testes no Brasil como condição para autorizar o uso emergencial. 

 

“É um entrave burocrático, sem sentido científico. Não há razão, não há plausibilidade biológica para se condicionar a aprovação de uma vacina a um estudo de 5 mil pessoas quando já se tem um estudo de 44 mil pessoas na Rússia. Acho isso de um preciosismo totalmente fora da realidade, chega a ser esquizofrênico”, reclamou. (Atualizada às 10h05, para incluir declarações de Fábio Vilas-Boas sobre a falta de vacinas no Brasil)