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Anvisa forma maioria necessária para aprovar vacinas da Fiocruz e Butantan

Por Jade Coelho

Anvisa forma maioria necessária para aprovar vacinas da Fiocruz e Butantan
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com três votos favoráveis de integrantes da diretoria colegiada da Anvisa foi formada maioria simples necessária para aprovação do uso emergencial das vacinas contra a Covid-19 Coronavac e de Oxford. Os pedidos foram apresentados pelo Butantan e Fiocruz, respectivamente, para apreciação por parte do órgão. A reunião extraordinária ocorre neste domingo (17) desde às 10h. 

 

A relatora dos pedidos, Meiruze Freitas, deu parecer favorável a aprovação dos imunizantes neste domingo (17). Durante o voto ela fez ressalvas a alguns pontos dos dois estudos, mas por fim entendeu que as duas vacinas têm capacidade de seguir em processo de avaliação e aprovação pela Anvisa para uso emergencial.

 

A Coronavac foi desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, que vai ser responsável pela fabricação do imunizante no Brasil. 

 

Já a vacina cujo pedido foi apresentado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, em parceria com o laboratório AstraZeneca.

 

As duas vacinas foram submetidas à análise do corpo técnico da Anvisa e foram recomendadas por três áreas técnicas da agência, a Gerência Geral de Medicamentos, a coordenação de Inspeção e Fiscalização de Insumos Farmacêuticos e a Gerência Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária.

 

O segundo diretor a votar foi Romilson Mota, que acompanhou a relatora. 

 

O terceiro voto favorável foi o do diretor Alex Campos.

 

Ainda faltam dois votos, o da diretora Cristiane Jourdan e o presidente da Anvisa Antonio Barra. 

 

CORONAVAC
A CoronaVac foi desenvovlida com a tecnologia de vírus inativado. É uma técnica já consolidada e utilizada em vacinas como a da raiva e Influenza. 

 

Os estudos coordenados pelo Instituto Butantan com o imunizante no Brasil identificaram eficácia da CoronaVac em 50,38% (lembre aqui). De acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas, em comparação com as pessoas que não receberam a vacina, aquelas submetidas a imunização da Coronavac não apresentaram nenhum caso grave. Isso significa que a vacina tem 100% de eficácia em relação aos casos graves. O percentual de eficácia se mantém em relação aos casos moderados e a internação hospitalar (leia mais aqui).

 

A taxa de eficiência global da Coronavac variou em outros países. Dados da Indonésia mostraram uma eficácia de 65,3%.

 

A vacina é aplicada em duas doses. 

 

Durante os testes clínicos a vacina do Butantan não apresentou efeitos adversos graves. 

 

A Coronavac esteve no centro de uma tensão política entre o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), e o governador de São Paulo João Doria (PSDB). O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a ser desautorizado pelo presidente após anunciar intenção de adquirir doses da vacina. 

 

OXFORD/ASTRAZENCA

Os resultados dos testes clínicos da vacina de Oxford/Astrazeneca foram publicados na revista científica "The Lancet". Os dados sugerem eficácia média de 70,4%.

 

Os voluntários nos testes clínicos da vacina de Oxford/Astrazeneca não apresentaram efeitos adversos graves.