Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Saúde
Você está em:
/
/
Geral

Notícia

Análise de uso emergencial de vacinas do Butantan e Fiocruz termina com 5 votos favoráveis

Por Jade Coelho

Análise de uso emergencial de vacinas do Butantan e Fiocruz termina com 5 votos favoráveis
Foto: Governo de São Paulo

A apreciação do uso emergencial e temporário das vacinas contra a Covid-19 Coronavac e de Oxford pela Anvisa terminou com cinco votos favoráveis neste domingo (17). Os pedidos foram apresentados pelo Butantan e Fiocruz, respectivamente, para a análise do órgão. Os dois imunizantes foram aprovados com ressalvas sob condição de apresentarem dados e informações complementares e acompanhamento pós uso à Anvisa.

 

A reunião extraordinária foi iniciada às 10h e seguiu pela tarde deste domingo. Votaram favoravelmente, acompanhando a relatora, o presidente da Anvisa Antonio Barra, Cristiane Jourdan, Romison Mota e Alex Campos.

 

As duas vacinas foram submetidas à análise do corpo técnico da Anvisa e foram recomendadas por três áreas técnicas da agência, a Gerência Geral de Medicamentos, a coordenação de Inspeção e Fiscalização de Insumos Farmacêuticos e a Gerência Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária.

 

Em seguida a relatora dos dois pedidos de uso emergencial, Meiruze Freitas, leu o voto e deu parecer favorável à aprovação dos imunizantes. Durante o voto ela fez ressalvas a alguns pontos dos dois estudos, mas por fim entendeu que as duas vacinas têm capacidade de seguir em processo de avaliação e aprovação pela Anvisa para uso emergencial.

 

A Coronavac foi desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, que vai ser responsável pela fabricação do imunizante no Brasil.

 

Já a vacina cujo pedido foi apresentado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, em parceria com o laboratório AstraZeneca.

 

CORONAVAC

A CoronaVac foi desenvolvida com a tecnologia de vírus inativado. É uma técnica já consolidada e utilizada em vacinas como a da raiva e Influenza. 

 

Os estudos coordenados pelo Instituto Butantan com o imunizante no Brasil identificaram eficácia da CoronaVac em 50,38% (lembre aqui). De acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas, em comparação com as pessoas que não receberam a vacina, aquelas submetidas a imunização da Coronavac não apresentaram nenhum caso grave. Isso significa que a vacina tem 100% de eficácia em relação aos casos graves. O percentual de eficácia se mantém em relação aos casos moderados e a internação hospitalar (leia mais aqui).

 

A taxa de eficiência global da Coronavac variou em outros países. Dados da Indonésia mostraram uma eficácia de 65,3%.

 

A vacina é aplicada em duas doses. 

 

Durante os testes clínicos a vacina do Butantan não apresentou efeitos adversos graves. 

 

A Coronavac esteve no centro de uma tensão política entre o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), e o governador de São Paulo João Doria (PSDB). O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a ser desautorizado pelo presidente após anunciar intenção de adquirir doses da vacina.

 

OXFORD/ASTRAZENECA

Os resultados dos testes clínicos da vacina de Oxford/Astrazeneca foram publicados na revista científica "The Lancet". Os dados sugerem eficácia média de 70,4%.

 

Os voluntários nos testes clínicos da vacina de Oxford/Astrazeneca não apresentaram efeitos adversos graves.

 

Assim como a Coronavac, essa vacina também é aplicada em duas doses.