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Rebeca Menezes
Jornalista formada pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Trabalhou como estagiária e repórter do Bahia Notícias até se tornar a coeditora. Além de ser Co-fundadora do site BP Money, apresenta o Bahia Notícias no Ar na Salvador FM.
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A Bahia já entrou no clima da estação mais quente do ano e agora ganha um reforço especial para esquentar ainda mais. A influenciadora Ju Paiva e o jornalista Edu Alves estarão à frente do “Vem Verão!”, novo programa semanal da Band Bahia, que estreia neste sábado (4), às 18h20.
A proposta é fazer um esquente para o Verão, com muita resenha, música, convidados especiais e aquele tempero baiano que o público adora. Logo no primeiro episódio, quem dá o tom da festa é a Banda Eva, acompanhada dos influenciadores Lucas Pizane e Gui Masca.
Atração leve, descontraída e com muito axé, o “Vem Verão!” será exibido na televisão para Bahia e Sergipe, além de estar disponível no canal do YouTube da emissora. A primeira temporada vai ao ar até janeiro, sempre aos sábados.
Em conversa com o BN Hall, os apresentadores adiantaram um pouco do que o público pode esperar. “Vai ser um programa de entretenimento que traz muito da nossa cultura, da nossa música, dos nossos talentos da terra. A gente quer propagar isso para o mundo, chamando, falando, fazendo um esquente para a estação mais deliciosa do mundo em Salvador”, contou Ju Paiva. “A galera pode esperar essa mistura gostosa da Bahia: música, resenha, papos com influenciadores e muito mais”, completou Edu Alves.
Para celebrar a chegada da nova atração, a dupla recebeu a imprensa, influenciadores e amigos na manhã desta quarta-feira (1º), no restaurante +5571 Beach Bar, no Farol da Barra. O encontro marcou o lançamento oficial da temporada e trouxe um gostinho da energia que o programa vai levar para a telinha.
Durante o evento, a diretora de jornalismo da Band Bahia, Zuleica Andrade, destacou a relevância do projeto. “É um programa que celebra a estação mais esperada do ano para nós, baianos. Um espaço reservado para mostrar os artistas, os criadores, os ensaios e tudo o que temos na nossa terra”, afirmou.
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Durante o primeiro dia do 3° Congresso Brasileiro de Direito Sustentável, nesta quinta-feira (11), o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Zé Trindade, detalhou um novo projeto de revitalização para o Centro Histórico de Salvador. O investimento, de R$ 1 milhão, é uma parceria dos governos federal e estadual.
Trindade afirmou que o foco da iniciativa será a recuperação e restauração de vários casarões. A estratégia do governo, segundo ele, é priorizar a ocupação residencial para dar um novo fôlego à região. “Nós entendemos, já temos ações concretas lá. Há três, quatro meses entregamos 64 unidades habitacionais no Centro Histórico e acreditamos que seja com a ocupação de pessoas, com a ocupação de moradores ali, é que realmente vai dar um grande ganho para toda aquela região”, explicou o presidente da Conder.
Questionado sobre os desafios de trabalhar em uma área com um vasto patrimônio tombado e a relação com o IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia), Trindade foi enfático ao afirmar que o diálogo tem sido produtivo. “Temos uma relação muito boa com o IPAC e com a Secretaria de Cultura do Estado. Prova disso é que nós estamos fazendo uma grande obra no Teatro Castro Alves, que é todo tombado”. Ele citou que até para remover poltronas é necessária autorização, mas que o entendimento entre os órgãos tem permitido o avanço das obras sem entraves. “Logicamente que eles têm os critérios que usam, nós mostramos também, fazemos o contraponto de alguma situação de engenharia que precisa ser feita e, usando argumentos, estamos evoluindo bem”, completou.
Ao ser perguntado acerca do projeto “Renova Centro” da Prefeitura de Salvador, Trindade destacou que o governo do estado sempre manteve presença na região. “O governo do estado nunca ficou ausente do Centro Histórico. Já de anos, de outros governos anteriores, sempre teve presente”. Ele listou intervenções estaduais já realizadas, como a requalificação de 315 ruas no Parque Presidenta Dilma, com melhorias em passeios, vias, acessibilidade e iluminação.
Por fim, Trindade deu detalhes sobre a reforma do Teatro Castro Alves. A previsão de entrega é para o primeiro semestre de 2026.
“Naquela parte de trás do teatro tem um prédio de 16 andares. E todo ele será reformado. Nós só vamos ficar com aquele esqueleto que é tombado, recuperando pastilhas, recuperando tudo”, afirmou. A modernização técnica do espaço permitirá que grandes espetáculos internacionais, como o Cirque du Soleil, que hoje não podem se apresentar devido a limitações de infraestrutura, possam vir à capital baiana. “Depois que o teatro estiver funcionando já em pleno vapor, nós podemos ter qualquer grande show dentro do Teatro Castro Alves para poder presentear todos os baianos e baianas”, finalizou.
Ferramentas cada vez mais comuns no dia a dia dos pacientes, os chamados "Wearables" - dispositivos como relógios inteligentes, óculos de realidade virtual e até anéis capazes de compilar informações das pessoas - se tornaram um possível aliado dos profissionais de saúde na obtenção de dados. Porém, é importante saber reconhecer quando essas informações são minimamente confiáveis. E isso traz um novo desafio para os médicos que recebem esses dados e as dúvidas de quem chega ao consultório.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o cardiologista e professor Eduardo Lapa avaliou que mesmo aqueles médicos não tão afeitos à tecnologia precisam estar preparados para avaliar esse tipo de conteúdo. "É interessante que ele saiba o quão confiável é cada instrumento. 'Ah, eu vou saber todos os relógios do mundo?'. É inviável. Mas pelo menos as principais marcas têm trabalhos publicados. Exemplo: é muito confiável esse relógio pra medir a frequência cardíaca, mas não é confiável pra ver sono", apontou.
SEPARANDO O JOIO DO TRIGO
Criador e editor-chefe do site Afya CardioPapers, uma das principais referências em Cardiologia no Brasil, Lapa se aprofundou no debate sobre a inclusão de IA no mundo da Medicina. Durante o evento Afya Summit, realizado no final de agosto em São Paulo, ele apresentou a palestra "IA na Medicina: Ficção Científica ou Realidade", em que trouxe exemplos de filmes sobre inteligência artificial para provar que muito do que se imaginava que haveria "no futuro" já é presente quando se fala do cuidado médico. Entre os exemplos, estavam equipamentos de inteligência artificial que são criados em filmes como "Homem de Ferro" e "Avatar". Para cada filme, uma tradução prática dessas experiências que já estão nos consultórios.
Em sua visão, todo médico tem que ter uma formação sólida em Medicina baseada em evidências. "Ou seja: ele tem que saber interpretar artigos científicos. Não quer dizer que ele vai virar um pesquisador, ele pode só clinicar, mas precisa separar o joio do trigo", frisou.
O especialista alertou que estudos experimentais tomam a internet, mas que para serem considerados cientificamente comprovados são necessários vários anos e um aprofundamento das pesquisas: "A ciência não dá saltos, ela tem que seguir toda uma tramitação para você ver se aquilo é eficaz e seguro".
Foto: Fábio Mendes / Divulgação / Afya
O professor crê que o ponto-chave da Inteligência Artificial é o banco de informações que a alimenta. Por isso, como plataformas como ChatGPT se alimentam de todo o banco da internet - inclusive fontes não confiáveis -, é preciso acender o sinal de alerta, já que, na Medicina, um erro pode custar caro.
"A gente lançou a IA que é alimentada só pelo conteúdo da Afya, que é curada por mais de 200 médicos especialistas. Então tende a ser muito mais confiável, porque tem toda uma equipe de humanos que já criou", sugeriu. Por isso, Lapa sugere que, no cenário ideal, sejam consideradas apenas ferramentas "treinadas" especificamente com conteúdos médicos.
Uma média de 2 médicos por cada mil habitantes, concentração de especialidades na capital e espaços de residência cada vez mais disputados, que afastam recém-formados da qualificação necessária para atendimento. O cenário da Bahia não é o ideal, mas traduz um desafio de todo o sistema de saúde do Brasil - não só no público, mas também no privado. Mas uma ferramenta tem se tornado crucial nas estratégias de interiorização do cuidado e na prevenção de doenças de base em locais distantes dos grandes centros urbanos: a tecnologia.
O Ministério da Saúde lançou, no final de maio, o programa Agora Tem Especialistas, uma iniciativa em parceria com estados, municípios e unidades privadas de saúde para reduzir tempo de espera no SUS, sejam exames, consultas ou até cirurgias emergenciais. Entre as ações desenvolvidas estão a ampliação de mutirões, o uso de unidades móveis de saúde (carretas), a aquisição de transporte sanitário e o fortalecimento da Telessaúde.
Em entrevista ao Bahia Notícias durante o Afya Summit, realizado em agosto em São Paulo, a Secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, explicou como a pasta tem investido em recursos tecnológicos para alcançar os vazios assistenciais. "A gente está mobilizando toda a infraestrutura da rede de serviços da rede pública, mas também convidamos o setor privado, para somar esforços - através de trocas de impostos, de redução de dívidas... E nós temos o componente digital. A gente pensa a jornada do paciente no SUS com diferentes abordagens para melhorar a qualidade da atenção, garantir a continuidade do cuidado e reduzir tempo de espera”, detalhou.
Segundo a secretária, como não há recursos suficientes para ter especialistas em todos os locais necessários, a ideia é diminuir a necessidade de deslocamento desses pacientes sempre que possível, mas garantido a orientação médica correta. “Tanto telediagnóstico, quanto teleconsultas - em que você tem um profissional que dá uma atenção primária no local e que pode entrar em contato com um especialista para melhorar a capacidade de fazer um bom diagnóstico, discutir casos, e resolver mais rápido”.
Haddad deu o exemplo de um caso de sucesso no Ceará: entre 918 teleatendimentos, a teleregulação reduziu o deslocamento em 256 mil quilômetros. "Isso traz mais comodidade ao paciente, redução de custos, uma resposta imediata e uma orientação pro caso, com um encaminhamento mais bem feito", apontou. Já em Santa Catarina, apenas no atendimento de dermatologia, 46% dos casos foram resolvidos pela teleconsulta.
MEU SUS DIGITAL
Um outro recurso que tem recebido a atenção do MS é o aplicativo Meu SUS Digital. Uma evolução do Conecte SUS, que se popularizou na pandemia, a ferramenta deve reunir todas as informações de quem recorrer ao sistema único de saúde, com dados de exames, consultas e vacinas em um só lugar. “A gente ampliou muito essa experiência inicial que aconteceu na pandemia, quando a gente tinha, no começo, o resultado de exames de Covid-19 e as vacinas. Hoje a gente já tem os certificados de vacina muito mais ampliados - não só da Covid. Nós temos na Rede Nacional de Dados em Saúde hoje um legado de 50 anos já na rede de vacinas. O que não está na rede, deve estar em caderneta de papel. Aí, é só a pessoa levar a caderneta na Unidade Básica de Saúde e, sendo registrado no sistema, já vai aparecer no Meu SUS Digital”, comemorou.
Foto: Fábio Mendes/Divulgação/Afya
Os atendimentos clínicos das UBSs também já foram vinculados, além da inserção de novas funcionalidades. "Há muito conteúdo educacional, miniaplicativos como o 'Hemovida', a fila de transplante de órgãos - quem está esperando um transplante pode acessar o seu lugar na fila -, a caderneta de saúde da criança...", exemplificou, dizendo que haverá novidades no aplicativo "todo mês".
VAZIOS ASSISTENCIAIS
Em um estado do tamanho de um país como a Bahia, alcançar atendimento especializado em 417 municípios parece impossível. E a dificuldade também afeta o Sistema de Saúde Suplementar - que atua como um sistema paralelo ao SUS, oferecendo opções de assistência médica privada.
De acordo com um levantamento da Demografia Médica, acessado pelo Bahia Notícias, a Bahia tem hoje a razão de 2,07 médicos por 1.000 habitantes no estado - a média nacional é de 3,08 médicos por 1.000 habitantes. Os números baianos ainda indicam uma densidade de médicas inferior regionalmente: no Nordeste, a Bahia só fica acima do Maranhão. Ainda segundo o estudo, a distribuição de médicos nos municípios baianos é desigual e repete um padrão nacional, onde esses profissionais estão concentrados em centros urbanos. Em Salvador, por exemplo, há 16.934 médicos registrados, com uma razão de 6,59 médicos por 1.000 habitantes.
De acordo com o Mapeamento da Rede e dos Vazios Assistenciais na Saúde Suplementar, realizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e divulgado este ano, a Bahia tinha 31 Regiões de Saúde em 2011, mas esse número caiu para 28 em 2018 - quantidade que se manteve até 2023, último dado disponível no documento. O relatório aponta que, enquanto alguns especialistas estão à disposição em todas as regiões, como cirurgião-dentista ou clínico-geral, serviços de hemodiálise ou radioterapia não estão disponíveis nem em 10% dos municípios do estado.
Fonte: Mapeamento da Rede e dos Vazios Assistenciais na Saúde Suplementar, da ANS
Vejam dados que apontam a presença de assistências nos municípios da Bahia registrados no mapeamento divulgado pela ANS - os números consideram os Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) referentes a outubro de 2023.
- CIRURGIÃO-DENTISTA: 216 municípios (52% das cidades) - 28 regiões (100% das regiões de saúde)
- CLÍNICO GERAL: 144 municípios (25%) - 28 regiões (100%)
- MÉDICO GINECOLOGISTA E OBSTETRA: 117 municípios (28%) - 28 regiões (100%)
- MÉDICO PEDIATRA: 93 municípios (22%) - 27 regiões (96%)
- ESTABELECIMENTOS PARA ATENDIMENTO DE URGÊNCIA: 90 municípios (22%) - 28 regiões (100%)
- ESTABELECIMENTOS COM INTERNAÇÃO: 76 municípios (18% das cidades) - 28 regiões (100% das regiões de saúde)
- CIRURGIÃO-GERAL: 67 municípios (16%) - 27 regiões (96%)
- SERVIÇO DE HEMODIÁLISE: 28 municípios (7%) - 23 regiões (82%)
- SERVIÇO DE QUIMIOTERAPIA: 14 municípios (3%) - 12 regiões (43%)
- SERVIÇO DE RADIOTERAPIA: 5 municípios (1%) - 4 regiões 14%
TELEATENDIMENTO E ENSINO
E a interiorização do atendimento a partir de práticas de teleatendimento também já é foco da academia. O Grupo Afya, por exemplo, conseguiu levar especialidades como neuropediatria e psiquiatria voltada para crianças e adolescentes à cidade de Abaetetuba, a 125 km da capital paraense, Belém. "A gente sabe que o número de profissionais com essas especialidades é muito reduzido, então nós tentamos agregar esses profissionais com a telemedicina, com atendimento de Belém ou até de outros estados", apontou Fagner Carvalho, professor e coordenador na Afya Faculdade de Ciências Médicas de Abaetetuba.
Foto: Fábio Mendes/Divulgação/Afya
Carvalho reforçou ainda que, mesmo com o atendimento à distância, há sempre um médico generalista presente ao lado do paciente, tanto para suporte de informações quanto para humanizar o atendimento e esclarecer dúvidas. "O olhar do especialista ajuda nos diagnósticos diferenciais, para dar a conduta adequada, e o médico que está com o paciente dá esse suporte, inclusive em relação a prescrições de receitas", completou.
O prefeito Bruno Reis (União) comentou sobre os entraves para a construção do novo Centro de Treinamento do Bahia em Salvador. Segundo o gestor, a principal dificuldade tem sido encontrar uma área plana com ao menos 200 mil metros quadrados, algo raro em uma cidade de relevo tão complexo quanto a capital baiana.
“Tive recentemente uma reunião com os representantes da SAF. A dificuldade é achar uma área de 200 mil metros quadrados plana, para atender às necessidades do Bahia. Ainda não tinham descartado Salvador, mas estavam à procura”, afirmou.
Além da limitação territorial, questões ambientais também pesaram nas discussões. A região de Pituaçu chegou a ser cogitada, mas foi descartada pelo clube justamente pelas restrições de preservação.
“As questões ambientais também dificultam, pela eventual necessidade de supressão vegetal. Estou em busca, mas não é missão fácil, está muito difícil realmente”, completou Bruno Reis.
“Mas esse tem sido o maior problema, tem que encontrar a área, não falo nem da questão do valor da área, mas uma área disponível e com essa dimensão, tendo em vista as limitações territoriais da nossa cidade”, explicou.
Com isso, e consoante a apuração do Bahia Notícias, o Centro de Treinamento do Bahia deverá ser na região da Via Metropolitana, dividindo-se entre Lauro de Freitas e Camaçari.
CT NA VIA METROPOLITANA
A região localizada na Via Metropolitana foi, de fato, a escolhida pelo Grupo City para a construção da nova estrutura do clube. A área estava sendo debatida pelo clube desde 2024, conforme noticiado pelo BN na época.
Após um longo processo de entendimento entre os entes vinculados na operação, um “acordo” teria sido firmado para a negociação avançar. Outros locais chegaram a ser estudados, com entraves para cada um. Dois deles foram ventilados, incluindo um espaço na região de Mussurunga, além do próprio espaço do estádio de Pituaçu. Ambos não caminharam positivamente.
Detalhes sobre infraestrutura e logística para acesso ao novo CT são os últimos ajustes necessários para a conclusão do acordo. Um eventual imbróglio judicial envolvendo a área também já teria sido resolvido, restando somente o anúncio por parte do Grupo City, responsável pelos investimentos. Internamente, um evento para tornar a decisão pública já estaria sendo debatido, sob a tutela do CEO do Bahia, Raul Aguirre, e de Victor Ferraz, diretor de Operações e Relações Institucionais do clube.
BAHIA DESCARTA CONSTRUÇÃO EM ÁREA QUILOMBOLA
Recentemente, o Ministério Público Federal (MPF), convocou o Bahia para prestar explicações a respeito do local de construção do novo centro de treinamento do clube, entretanto, em resposta curta e objetiva, o Esquadrão negou que construiria em um local histórico, e também um espaço de preservação cultural, social e ambiental.
REORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL
Com a nova estrutura concluída, o time profissional masculino e as categorias de base se mudarão do CT Evaristo de Macedo, que passará a ser utilizado pelo time feminino e pelos projetos de iniciação esportiva.
O uso da Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais difundido no dia a dia das pessoas, e não seria diferente na Medicina. Mas quais são os riscos associados ao seu uso no consultório? Como ter a prática facilitada sem afetar a saúde dos pacientes? Afinal, robôs vão substituir os médicos? Esses são alguns dos temas presentes na segunda edição do Afya Summit, evento organizado pelo Grupo Afya no auditório do Ibirapuera, em São Paulo, neste sábado (23).
Durante a abertura, o CEO do Grupo Afya, Virgilio Gibbon, apontou que o objetivo da Universidade é transformar o médico em protagonista da sua carreira, oferecer oportunidades de qualificação tanto para estudantes quanto para quem já está há muitos anos no mercado e precisa se atualizar sobre as novas tecnologias. "O impacto do nosso ecossistema no Brasil é cada vez maior. São mais de 25 mil estudantes de Medicina, de 33 instituições e 14 estados. Nossas tecnologias hoje para os médicos já têm mais de 250 mil usuários ativos mensais. Cada médico formado, cada tecnologia implementada, cada conhecimento compartilhado, reverbera muito além da sala de aula", apontou Gibbon.
Aliás, inovação foi o tema escolhido para a palestra de abertura do evento. Diretor do Medical Futurist Institute, o húngaro Bertalan Meskó apresentou, de forma remota, o painel "A saúde precisa de uma viagem a Marte", provocando o público a imaginar qual estrutura seria necessária para um atendimento médico em outro planeta - e como isso pode traduzir desafios que enfrentamos na Terra.
Segundo Meskó, para que uma experiência como essa desse certo, precisa de alguns fatores: ser um atendimento acessível, personalizado, que trabalhe a prevenção mas, sobretudo, humano. "Se você perder empatia e compaixão, você perde o coração da medicina", defendeu.
O "Médico Futurista" ainda alertou que muitos médicos têm receio de utilizar a tecnologia e as novas ferramentas, o que pode levar ao atraso do avanço no setor. "Antes você levava décadas pra desenvolver uma nova tecnologia. Hoje, você consegue novas tecnologias todos os dias, mas demora mais pra adotá-las", avaliou. Para ele, a IA já é realidade, e não vai substituir os médicos, mas pode, por outro lado, ajudá-los a gastar menos tempo com questões burocráticas e mais com o atendimento humanizado do paciente.
ACESSO À SAÚDE CADA VEZ MAIS LONGE
Durante a manhã, o evento ainda debateu como as transformações tecnológicas são chave para romper o vazio assistencial e conseguir levar atendimento de qualidade para locais sem estrutura. Presente na "Arena de Insights: A Medicina do amanhã, hoje", a Secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, comentou como o poder público tem acompanhado esse movimento. "A má distribuição de assistência e de médicos não acontece só no Brasil, acontece na maior parte do mundo", lamentou. A especialista apontou, porém, que iniciativas como o projeto "Aqui Tem Especialista", do MS, visa "garantir o cuidado personalizado, e também a continuidade do cuidado". "Esse é um aspecto fundamental. Quando a gente tem a repetição de exames, tem o histórico clínico daquele paciente, e pode ter o cuidado aonde o paciente estiver, você vai oferecer atenção com mais segurança, com mais qualidade", defendeu.
Foto: Fábio Mendes
Já no painel "Era da Inovação: o Médico entre o Digital, a Ética e a Regulação", o Afya Summit trouxe ao debate os desafios da regulamentação das plataformas de tecnologia e dos softwares utilizados na Medicina moderna. Participaram do debate nomes como Anderson Pereira, gerente de Tecnologia em Equipamentos e Softwares Médicos da Anvisa - que colocou a Agência como um parceiro das novas empresas, reforçando a importância da segurança do processo -, e a deputada federal por São Paulo Adriana Ventura, responsável pelo projeto que regulamentou a Telemedicina no Brasil.
Ventura revelou que muitos parlamentares médicos resistiram ao projeto. "Hoje parece óbvio, agora pra você colocar a regulação, teve muito escândalo. [...] Veio a pandemia depois, e aqueles médicos resistentes num primeiro momento, todos contra, se renderam. Tiveram que usar, gostaram e viraram grandes defensores", relatou. Porém, a deputada reforçou que, ao pensar em legislações, não se pode fazer textos muito engessados sob risco de o texto ficar obsoleto em pouco tempo, com o avanço tecnológico.
O FUTURO JÁ CHEGOU
Encerrando o primeiro bloco do evento, o cardiologista e diretor médico da Afya, Eduardo Lapa, apresentou a palestra "IA na Medicina: Ficção Científica ou Realidade".
Lapa trouxe exemplos de filmes sobre inteligência artificial para provar que muito do que se imaginava que haveria "no futuro" já é presente quando se fala do cuidado médico. Entre os exemplos, estavam equipamentos de inteligência artificial que são criados em filmes como "Homem de Ferro" e "Avatar". Para cada filme, uma tradução prática dessas experiências que já estão nos consultórios.
Para encerrar a manhã, Lelio Souza, vice-presidente de Serviços Digitais da Afya, trouxe três plataformas criadas pelo grupo: o iClinic, que permite a transcrição automática do que é dito pelo paciente, com inclusão no prontuário eletrônico; o Whitebook, uma IA treinada apenas por médicos, com mais de 200 especialistas, e respostas baseadas em evidências científicas; e o pré-lançamento do Afya Receita Pro, que permite a renovação, por IA, de receituários para os pacientes, que inclui a conexão a wearables como o Apple Watch, gerando as receitas até por comando de voz e enviando o documento de forma virtual.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) vai lançar um robô movido a inteligência artificial para rastrear redes sociais e identificar falsos especialistas. A ferramenta, classificada como uma resposta a uma "epidemia" de fraudes na área da saúde, deve ser lançada ainda no próximo mês.
O anúncio foi feito por Jeancarlo Cavalcante, membro do CFM, que detalhou os esforços do Conselho para equilibrar a regulamentação com o incentivo à inovação. "O maior desafio é justamente você regular sem tosar, sem atrofiar o desenvolvimento dessas inteligências, dessas startups e da inteligência artificial. Eu diria que esse é o nosso maior desafio", afirmou Cavalcante.
Veja momento:
A iniciativa é a primeira de um conjunto de quatro ferramentas de inteligência artificial que o CFM planeja lançar. Ela surge como uma tentativa de conter um problema que, segundo o Conselho, tem se alastrado sem controle. "Hoje nós vivemos no Brasil uma epidemia de falsos especialistas, e os conselhos de medicina não têm pernas para conseguir alcançar essas pessoas", explicou o conselheiro.
A ferramenta também terá como alvo fraudadores que, além de falsos, usam números de Registro de Qualificação de Especialidade (RQE) inválidos ou de outras áreas. "Por exemplo, diz que são nutrólogos, RQE número tal, e quando você vai ver, o RQE é um RQE de clínica médica, é um RQE de cirurgia geral", exemplificou Cavalcante.
Jeancarlo Cavalcante | Foto: Fábio Mendes
A defesa de Cleydson Cardoso Costa Filho, filho da vereadora Débora Santana (PDT), acusado de atropelar o atleta Emerson Silva Pinheiro no último dia 16 de agosto, em Salvador, ingressou com um pedido de Habeas Corpus (HC) no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em segunda instância. O processo está em segredo de justiça, e não há informações públicas sobre os fundamentos da impetração, nem o resultado da solicitação.
O movimento ocorre após a apresentação de uma petição pela defesa da vítima, que solicitou ao Juízo da 1ª Vara das Garantias de Salvador a habilitação como amicus curiae (amigo da corte) e revelou um histórico de conduta perigosa do motorista.
A petição, assinada pela representante de Emerson Pinheiro, apresenta uma lista de comportamentos negligentes e reiterados no trânsito por parte de Cleydson - o que foi inclusive divulgado pelo ex-padrasto do motorista, o apresentador Uziel Bueno. Conforme consta na peça, o motorista possui pelo menos seis infrações por excesso de velocidade registradas nos últimos meses pela Transalvador, com multas que somam valores significativos. Além disso, ele é réu em duas ações indenizatórias anteriores movidas em decorrência de acidentes de trânsito.
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Uma das ações, ajuizada pelo Condomínio Casas do Bosque, alega que Cleydson colidiu com o muro do condomínio, pleiteando indenização por danos materiais e morais. A outra ação foi movida por um casal de idosos, após o veículo de Cleydson ter colidido na traseira do carro deles em maio de 2022, causando danos e abalo moral.
Os advogados de Emerson requereram ao juízo que oficiasse o Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) para obter o histórico completo de habilitação e multas do condutor, e a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), solicitando imagens de câmeras de videomonitoramento do Centro de Operações e Inteligência que possam ter registrado o trajeto do veículo na noite e madrugada do acidente.
INFORMAÇÕES EM SIGILO
O Bahia Notícias procurou o MP-BA e a defesa de Cleydson Cardoso Costa Filho para identificar os fundamentos que levaram o Judiciário a conceder o sigilo no processo, mas até o momento não houve retorno. O motorista está preso no Complexo Penitenciário de Mata Escura desde o dia do acidente. Nesta quinta-feira (21), ele foi exonerado do cargo de secretário parlamentar da vice-liderança da Minoria, lotado no gabinete do deputado Pedro Tavares (União).
Procurado pelo BN, o advogado responsável pela defesa do suspeito afirmou que "é compreensível o interesse da sociedade e da imprensa pelo episódio, mas a defesa não irá contribuir para a espetacularização da tragédia".
Salvador receberá, entre os dias 27 e 29 de agosto, o INDEX - maior encontro industrial para o fortalecimento da economia baiana. O evento é organizado a partir de uma parceria entre a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Bahia), e acontece no Centro de Convenções de Salvador.
Com foco em conectar soluções inovadoras, negócios e práticas sustentáveis da cadeia industrial, o INDEX visa impulsionar o networking, troca de conhecimento e desenvolvimento da indústria local. As inscrições são gratuitas, e a expectativa é receber mais de 30 mil pessoas nos três dias de evento.
Jorge Khoury | Foto: Jefferson Peixoto/Coperphoto/Sistema FIEB
A programação inclui palestras, workshops, plenárias, rodadas de negócios nacionais e internacionais, além de missões empresariais. Estarão presentes no evento segmentos dos setores petroquímico, mineração, metal mecânico, energia, agronegócio, tecnologia e inovação, cosméticos, moda e couro. De acordo com o presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, o INDEX tem como premissa fortalecer a integração da indústria baiana com a agenda nacional. “Além disso, vamos gerar um ambiente propício à atração de investimentos, à inovação aberta e à promoção da competitividade, além de estimular o consumo de produtos industriais baianos dentro do próprio território”, ressalta.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, destacou a importância de se aliar à Fieb para o avanço do setor, e falou sobre a atração de representantes de micro e pequenas indústrias de todas as regiões da Bahia. "Nós traremos caravanas das 10 regionais com empresários interessados em comprar produtos e fazer com que possamos ter uma movimentação significativa para a Bahia", declarou. Khoury ainda apontou o apoio do Sebrae às pequenas indústrias. "Nós vamos ter inclusive, na Index, a oportunidade de ver muitas instruções, palestras, que vão ajudar a orientar o micro e pequeno industrial que lá se encontra, para que ele entenda o cenário atual e conheça as oportunidades tanto aqui quanto no exterior", completou.
Tércio Calmon | Foto: Jefferson Peixoto/Coperphoto/Sistema FIEB
Um dos responsáveis pela organização do INDEX, Tércio Calmon detalhou que serão mais de 290 stands de indústrias baianas no evento, que ainda contará com programações especiais, como a premiação do melhor pão francês da Bahia, o Prêmio de Sustentabilidade da FIEB, o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, entre outras ações simultâneas. "A gente tem um parque industrial forte, mas que a sociedade compradora e empresarial desconhece, de certa forma. Então a grande entrega dessa feira é a conexão entre o comprador local, com a indústria local, mostrando que temos produtos inovadores, de qualidade", ressaltou, falando sobre as oportunidades de negócios que podem surgir de eventos como esses: "Às vezes, a indústria desconhece que tem um fornecedor que fica a duas ruas de distância, e ele acaba comprando de São Paulo ou de outras regiões do país".
Manuela Martinez | Foto: Jefferson Peixoto/Coperphoto/Sistema FIEB
Ao lado de Tércio na organização está Manuela Martinez, que em conversa com o BN citou outros destaques da feira. "A gente vai ter uma série de conteúdos que estão impactando o setor produtivo como um todo. Eu estou falando de ferrovias, como a Fiol; falando de transição energética, e novas tecnologias que estão vindo pra cá, inclusive com o investimento de empresas baianas que estão investindo aqui; discutindo os distritos industriais baianos... Então eu vou estar discutindo com o setor produtivo o que tem impactado essas indústrias, principalmente no interior do estado, e o que nós podemos fazer para conseguir melhorias", detalhou.
Sina ou destino? Quais caminhos levaram o Rei do Baião a marcar para sempre a música nordestina e brasileira? A pergunta é respondida pelo filme "Luiz Gonzaga - Légua Tirana", que foi recebido com festa durante a pré-estreia em Salvador, na noite desta quinta-feira (14). O evento reuniu convidados na sala Delux do UCI Orient, no Shopping da Bahia, e também contou com um pocket show com o elenco.
Dirigido por Diogo Fontes e Marcos Carvalho, o longa estreia oficialmente no dia 21 de agosto, e retrata a infância e juventude de Gonzagão, um dos principais nomes da música nordestina, na cidade pernambucana de Exu, onde nasceu. O enredo dá ênfase às suas bases familiares e às figuras e mitos que o ajudaram a se tornar o grande artista que foi.
Foto: Clara Pessoa @clarapsoa / Divulgação
A produção mergulha nas paisagens, ritmos e sonoridades que influenciaram a formação, trazendo como cenário a Chapada do Araripe, que fica na divisa dos estados de Pernambuco e Ceará. Cenários do sertão são transformados em arte com jogos de câmera que valorizam as paisagens, enquanto a trilha sonora preenche os silêncios estratégicos das personagens. No roteiro, a emoção se mistura ao riso por diversas vezes, em um texto que reforça que Gonzagão nasceu para o mundo - e estava pronto para abraçá-lo.
Ao longo do filme, Luiz Gonzaga é retratado por diversos atores: Kayro Oliveira o representa no período da infância, quando teve os primeiros contatos com a sanfona; enquanto Wellington Lugo, ator do povoado Cacimbas, zona rural de Exu, vive no filme os anos da adolescência. Já Chambinho do Acordeon o encarna na fase adulta - esta é, inclusive, a segunda vez que ele dá vida a Gonzaga nas telas de cinema. Por fim, Joquinha Gonzaga, sobrinho de Luiz Gonzaga, o interpreta durante seu encantamento. O mês de agosto foi escolhido exatamente por ser o mesmo em que o Rei do Baião partiu, em 1989.
Ao final da sessão, Chambinho e Kayro - já bem maior, já que a produção começou há 6 anos - brindaram os convidados com as sanfonas nas mãos, ao som de "Légua Tirana" e "Asa Branca".
Foto: Clara Pessoa @clarapsoa / Divulgação
O elenco ainda conta com nomes como Luiz Carlos Vasconcelos, Cláudia Ohana, Tonico Pereira, Ivanildo Gomes Batoré (in memoriam), e Mestre Bule Bule.
Distribuído pela O2 Play, "Luiz Gonzaga - Légua Tirana" tem patrocínio da Sungrow do Brasil e produção da Mont Serrat Filmes e Cinema no Interior.
Fotos: Clara Pessoa @clarapsoa / Divulgação
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"O problema que eu tenho é que eu não gostaria que o Rui deixasse o governo. Mas eu também não tenho o direito de exigir sacrifício do ministro que tem oportunidade de se eleger. Então, quem quiser ser candidato será liberado para ser candidato".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao afirmar que não gostaria que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, deixasse o governo federal, mas ressaltou que não pretende impedir que integrantes de sua equipe concorram nas eleições de 2026.