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Turista brasileira recebe indenização de US$ 81,7 milhões após acidente grave no metrô de Nova York

Por Redação

Turista brasileira recebe indenização de US$ 81,7 milhões após acidente grave no metrô de Nova York
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Uma decisão da Justiça americana ordenou que a turista brasileira Luisa Janssen Harger da Silva receba uma indenização de US$ 81,7 milhões (equivalente a aproximadamente R$ 440 milhões) pelo acidente que sofreu em 2016, quando caiu no vão do metrô na cidade de Nova York. Na época, com 21 anos, Luisa perdeu um braço e uma perna após ser atingida por um trem na estação da Atlantic Avenue, no Brooklyn.

 

De acordo com informações dos veículos NY Post e Gothamist, que acompanharam o caso, a ação judicial foi movida em 2017 contra a Autoridade Metropolitana de Transporte (MTA). A brasileira estava visitando o então namorado na cidade quando desmaiou e caiu sobre os trilhos. Ela ficou internada por quase um mês, submetendo-se a cirurgias e enxertos de pele.

 

A defesa de Luisa sustentou que a MTA dispunha de dados de 15 anos que mostravam a necessidade de instalar dispositivos de segurança nas plataformas. "Que era uma certeza moral que pessoas inocentes, como a autora da ação, cairiam nos trilhos se as autoridades não tomassem medidas para instalar dispositivos de segurança nas bordas das plataformas", argumentaram os advogados. David Roth, um dos representantes legais, afirmou: "A omissão diante de um perigo conhecido e evitável é a definição de negligência".

 

Documentos internos da MTA indicaram que a autoridade recebeu propostas para instalar portas nas plataformas em 2011, sem custo financeiro direto, mediante a exibição de propagandas nas estruturas. Outro advogado da vítima, Bob Genis, declarou: "Várias dessas empresas, as maiores do mundo, apresentaram planos detalhados demonstrando que poderiam superar todos os desafios de engenharia e instalar sistemas de portas de plataforma em toda a sua extensão". Apesar das propostas, não foram realizados estudos adicionais para a instalação das barreiras entre 2011 e a data do acidente.

 

Um tribunal federal do Brooklyn considerou válida a alegação de que o caso era evitável, em decisão proferida na semana passada. Em resposta, o representante da MTA, Tim Minton, informou que a autoridade irá recorrer da decisão. Minton ressaltou que a agência "não pode falar sobre escolhas feitas décadas atrás", mas acrescentou que 109 estações já possuem algum tipo de barreira. Ele ponderou que, em muitas estações, as portas de plataforma não seriam viáveis por "razões de viabilidade física e acessibilidade".

 

O NY Post citou um caso análogo do ano passado, no qual um homem que perdeu um braço e uma perna após cair embriagado nos trilhos obteve uma indenização inicial de US$ 90 milhões, valor posteriormente reduzido para menos de US$ 40 milhões.

 

As informações são do O Globo.