"Apesar de a Bahia ter dimensões continentais, ainda temos um Tribunal minúsculo", diz desembargador Alberto Raimundo
Por Aline Gama / Gabriel Lopes
Durante participação no 3º Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, realizado em Salvador, nesta sexta-feira (12), o desembargador Alberto Raimundo falou sobre a experiência recente de assumir o cargo no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e sobre o papel da instituição diante das demandas da sociedade.
Ao ser questionado sobre a nova fase, Raimundo afirmou que a principal diferença está na representatividade e no volume de trabalho.
“Tem certa diferença. Eu já vinha substituindo como desembargador há seis anos e a modificação é grande, apenas na representatividade. Porque o trabalho duplica ou triplica porque nós temos um Tribunal, apesar de vivermos em um Estado muito grande com dimensões continentais, mas nós temos ainda um Tribunal minúsculo para a quantidade de necessidade que nós temos, porque a cidade hoje reclama, todos a atuação do judiciário em vários setores. Então nós precisamos de um Tribunal bem maior para atender as necessidades da nossa população”, declarou ao Bahia Notícias.
Em relação às iniciativas do Judiciário baiano, o desembargador destacou a busca por maior aproximação com a sociedade.
“Nós temos um Tribunal hoje que além de exercer o papel de Judiciário, é um tribunal que olha muito a responsabilidade social. E através da desembargadora Cynthia Resende, nós temos feito um trabalho muito grande de aproximação do Judiciário com a sociedade. Inclusive através da linguagem simples que as pessoas precisam entender aquilo que consta das decisões e o atendimento direto mais rápido, mais célere com todas as dificuldades nós estamos procurando atender”, disse.
O magistrado também ressaltou a relevância da sustentabilidade e do evento sediado em Salvador. “Não só para o TJ-BA, mas é mais importante ainda não só para Salvador, mas para a Bahia. Porque nós vivemos um momento onde temos que ter atenção especial para a sustentabilidade. Vivemos um tempo onde as pessoas não consideram a natureza. Eu acho que a conscientização através desse tipo de eventos é muito importante. E até para também facilitar o trabalho dos julgadores, porque nós adquirimos mais materiais para podermos alicerçar nossas decisões”, afirmou.