Presidente do conselho da ACB defende integração entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade em congresso na Bahia
Por Eduarda Pinto / Ana Clara Pires
O presidente do Conselho Superior da Associação Comercial da Bahia (ACB), Paulo Cavalcanti, destacou nesta quarta-feira (10), durante o 3º Congresso de Direito e Sustentabilidade, em Salvador, a necessidade de alinhar crescimento econômico e responsabilidade socioambiental.
Para Cavalcanti, o Brasil só alcançará protagonismo internacional se avançar na construção de uma “consciência cidadã”, que una geração de riqueza à preservação ambiental.
“Não se pode falar em sustentabilidade sem pensar na dignidade da pessoa humana. E essa dignidade também depende da produção de bens, serviços, negócios e da capacidade do país de gerar riqueza. O Brasil tem tudo para estar no jogo das potências mundiais e não ser apenas uma peça desse jogo”, afirmou.
Cavalcanti ressaltou que a sustentabilidade deve ser compreendida de forma mais ampla, envolvendo desde educação e saneamento básico até tecnologia e segurança alimentar.
“Sustentabilidade não é só preservar florestas, é também garantir educação, saneamento, comida na mesa, tecnologia e autoestima cidadã. Quando o povo brasileiro conhece a Constituição, sente pertencimento e unidade, isso também é sustentabilidade”, completou.
O dirigente da ACB criticou os vetos presidenciais a trechos da recente lei ambiental aprovada no Congresso e defendeu maior evolução legislativa no tema.
“Não podemos retroceder. O Brasil já é um dos países que mais preservam no mundo, mas precisa avançar. Educação cívica, tecnologia e políticas públicas são fundamentais para transformar a sustentabilidade em um eixo de desenvolvimento econômico”, disse.
Para Cavalcanti, o congresso representa um espaço privilegiado de diálogo entre juristas, empresários e sociedade civil organizada, com o objetivo de criar soluções concretas para o futuro do país.