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MPF move ação para garantir direitos de comunidade tradicional afetada por pesquisas de mineradora na Bahia

Por Redação

MPF entra com ação para proteger comunidade tradicional afetada por mineração na Bahia
Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação civil pública contra a Vale do Paramirim Participações S.A., a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) por violarem os direitos da comunidade tradicional Taquaril dos Fialhos, em Licínio de Almeida (BA). A empresa realizou pesquisas minerais no território sem consulta prévia, livre e informada, conforme exige a Convenção 169 da OIT, da qual o Brasil é signatário.

 

O MPF pede liminar para suspender imediatamente as atividades de pesquisa até que a consulta à comunidade seja feita, além de bloquear novas autorizações para o projeto. Também requer condenação dos réus ao pagamento de R$ 5 milhões por danos morais coletivos, a serem revertidos em benefício da comunidade.

 

A ANM e o Inema argumentaram que a consulta não era necessária por se tratar apenas da fase de pesquisa, mas o MPF rebate que a obrigação vale sempre que houver risco de impacto a comunidades tradicionais, independentemente da etapa do empreendimento.

 

A comunidade Taquaril dos Fialhos, formada por 32 famílias, existe desde 1917 e vive da agricultura familiar e criação de gado, mantendo práticas culturais e religiosas próprias. Um laudo antropológico atestou sua identidade tradicional, enquadrando-a na proteção da Convenção 169 da OIT e do Decreto 6.040/2007.

 

Apesar da resistência dos moradores, a empresa avançou com as pesquisas, incluindo coleta de amostras e supressão de vegetação, sem diálogo com a comunidade. O MPF reforça que a consulta prévia é um direito fundamental e deve ser respeitada em qualquer fase de projetos que afetem territórios tradicionais.