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Advogado filho de desembargador em preso acusado de participar de esquema de venda de sentenças no Ceará

Por Redação

Advogado filho de desembargador em preso acusado de participar de esquema de venda de sentenças no Ceará
Foto: Reprodução

O advogado Fernando Carlos Feitosa, filho do desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), Carlos Rodrigues Feitosa, foi preso durante uma operação policial sob acusação de participar de um esquema de venda de liminares em plantões judiciais na Corte estadual. 

 

A prisão, efetuada na terça-feira (5), foi determinada pela relatora do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), no final de setembro, após o Ministério Público Federal (MPF) cobrar a execução imediata da decisão que condenou o advogado em 2020, de forma definitiva, pelo crime de corrupção passiva. Feitosa deve cumprir 19 anos, 4 meses e 2 dias de prisão em regime fechado, além de pagar R$ 241,3 mil em multa.

 

Na ação penal, o MPF apontou que o advogado liderava o esquema criminoso, que comercializava decisões proferidas pelo seu pai durante os plantões judiciais. Conforme narra a denúncia, Fernando anunciava previamente, em um grupo de WhatsApp formado por advogados, os dias dos plantões em que o pai trabalharia e negociava valores e formas de pagamento, dando a certeza de que obteriam resultado favorável aos clientes. As cobranças, segundo as investigações, variavam de R$ 70 mil a R$ 500 mil. A prática foi descoberta na Operação Expresso 150, deflagrada em 2015.

 

Em abril de 2019, o STJ condenou pai e filho, além de outros seis advogados, pela participação no esquema criminoso. No entanto, de lá para cá, os condenados apresentaram uma série de recursos na Justiça para adiar o cumprimento da decisão. 

 

Em junho deste ano, o Ministério Público Federal pediu ao STJ o cumprimento imediato das condenações. A petição sustentou que os condenados têm a clara intenção de “prolongar indefinidamente o exercício da jurisdição”, com a apresentação de recursos protelatórios, o que tem gerado prejuízos para a administração e a dignidade da Justiça.

 

“Há quase 4 anos a condenação transitou em julgado e, até o presente momento, não se deu início à execução das penas impostas. Esse comportamento transborda a garantia da ampla defesa, desvia dos legítimos fins das normas procedimentais e configura manifesto abuso do direito de defesa”, registrou o pedido.