“A gente tem um valor, que é atuar por toda advocacia”, avalia Daniela Borges sobre triênio à frente da OAB-BA
Por Camila São José
São três anos à frente da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), sendo a primeira mulher, em 90 anos, a assumir o posto de presidente. Eleita pela chapa União pela Advocacia, Daniela Borges acredita que deixará um legado para a entidade neste sentido de unir a classe em todo o estado.
“A gente tem um valor de atuação, que é atuar por toda a advocacia e advocacia é plural e diversa”, destaca a presidente da OAB-BA ao falar que sua administração focou nos desafios da advocacia não só em Salvador, mas principalmente no interior do estado em um trabalho que resultou “fazer mais porque quem precisa mais”.
Nesta entrevista ao Bahia Notícias, a advogada ressalta o projeto de interiorização da OAB posto em prática no solo baiano no último triênio. “A gente tem ao longo desses três anos construído diversas ações para trazer esse olhar especial para o interior, compreendendo a diversidade, inclusive, dentro do próprio interior, a OAB por toda Bahia. A gente já esteve em mais de 73 municípios e em que sequer são sedes de subseção, que sequer têm fórum e além disso a gente tem estado dentro aqui da realidade da capital, as diferentes realidades dessa advocacia, procurando fazer e fazer com”, frisa.
Neste balanço sobre a gestão, Daniela Borges também fala sobre a relação entre magistratura e advocacia, e se posiciona diante da possibilidade de mudança do sistema do PJE pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para o Eproc – sistema desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
“A gente tem problemas no PJE, sem dúvida nenhuma, mas eu acredito que a gente pensar em mudança eu acho que tem que ser pensado com cautela. O tribunal não ouviu ainda a OAB e internamente a nossa ideia é ouvir a advocacia, porque é importante que a gente possa ouvir a própria classe a respeito disso. Mas o que eu chamo aqui a atenção é que toda mudança traz desgastes e o PJE é um sistema que funciona bem em outros tribunais”, pondera. Assista aqui a entrevista na íntegra.