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Líder do BDM é solto horas antes de desembargador determinar nova prisão

Por Redação

Líder do BDM tem prisão preventiva revogada e é solto após um mês
Foto: Reprodução / Rogério Monteiro Notícias

Apontado como uma das principais lideranças da facção Bonde do Maluco (BDM) na Bahia, Ednaldo Freire Ferreira, o “Dadá”, foi solto. No dia 1º de outubro, durante plantão judiciário, o desembargador Luiz Fernando Lima, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), acatou pedido e converteu a prisão preventiva de Dadá em prisão domiciliar, provocando a saída dele do sistema prisional.

 

Dadá foi preso no dia 5 de setembro, após decreto prisional expedido pelo Juízo da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa da Comarca de Salvador. 

 

A defesa quando impetrou o habeas corpus alegou que o líder do BDM tem um filho “portador do transtorno do espectro do autismo nível 3 e completamente dependente da figura paterna” e que recentemente a criança, de 4 anos, teria tido uma “nova crise de convulsão em razão da desregulação emocional” causada pela ausência do pai. Sob esse argumento, o desembargador plantonista que substituía José Alfredo Cerqueira da Silva determinou a progressão de regime.

 

O cumprimento da medida foi célere e Dadá acabou deixando a custódia. Um dia depois, em 2 de outubro, a prisão domiciliar foi revogada quando o desembargador Julio Travessa acolheu recurso interposto pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco). Porém o réu já não mais se encontrava preso.

 

ORDENS DE DENTRO DA PRISÃO

Em setembro, a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) em conjunto com a Força de Cooperação Penitenciária (FOCOPEN), através das Polícias Penais da Bahia e Pernambuco e com a Polícia Federal e a Secretaria Nacional de Politicas Penais (SENAPPEN), isolou Dadá e Val Bandeira (Josevaldo Bandeira) no Presídio de Itaquitinga 2 - unidade de regime disciplinar diferenciado -, em Pernambuco. Conforme as autoridades, a dupla comandava crimes na Bahia, de dentro de Unidades Prisionais de Pernambuco.

 

OPERAÇÃO TARJA PRETA

Dadá foi um dos alvos da Operação Tarja Preta, deflagrada pela Polícia Federal para desarticular facção criminosa baiana, responsável pelo cometimento reiterado de homicídios, tráfico de drogas, tráfico de armas de fogo, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

 

A força-tarefa cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em residências e presídios da Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Santa Catarina. A Justiça também determinou a apreensão e o sequestro de diversos bens móveis e imóveis pertencentes aos integrantes da facção, bem como o bloqueio de 40 contas bancárias por eles usadas.

 

Iniciadas em maio de 2020, as investigações revelaram o organograma da facção e as funções desempenhadas por cada um de seus membros. Apurou-se que grande parte das ordens para o cometimento de diversos crimes graves e violentos foi emanada de dentro de presídios.