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"É duro ficar relembrando", diz pai de motorista de aplicativo morto em chacina; acusada vai a júri popular nesta quarta

Por Camila São José / Anderson Ramos

"É duro ficar relembrando", diz pai de motorista de aplicativo morto em chacina; acusada vai a júri popular nesta quarta
Foto: Camila São José / Bahia Notícias

"A justiça vai ser feita, mas o que a gente queria era ele aqui". Esse é o desejo de Antônio Lázaro, pai de Alisson Silva Damasceno dos Santos, um dos quatro motoristas mortos na chacina que aconteceu em Salvador há pouco mais de três anos. 

 

Nesta quarta-feira (19), o 2° Juízo da 2ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) realiza o júri da travesti Amanda, acusada de envolvimento no crime. O Bahia Notícias acompanha em tempo real o julgamento, que teve início às 8h. A previsão é que a sessão entre pela tarde. Em um primeiro momento, foi feito o sorteio entre os 29 selecionados e apenas sete vão participar do julgamento.

 

Alisson tinha seis meses trabalhando como motorista de aplicativo, aos 27 anos, e deixou uma filha que na época do crime tinha apenas cinco anos. "Muita saudade, muita dor, muita lembrança, era um menino bom e trabalhador. Fica a dor e saudade", lamenta Antônio. 

 

O pai ainda informou que a empresa de aplicativo cumpriu com o pagamento do seguro. "A Uber pagou o seguro e só, nunca mais estrou em contato. Mas a gente quer esquecer esse episódio ruim que aconteceu. É duro ficar relembrando, duro demais", disse. 

 

LEMBRE O CASO

Na madrugada de 13 de dezembro de 2019, por volta das 4h, quatro motoristas de aplicativo foram mortos na localidade conhecida como ‘Paz e Vida, na entrada do bairro da Santo Inácio, na capital baiana.

 

Junto com comparsas, Amanda é acusada de ter montado uma emboscada e simular chamadas em aplicativos de viagem para atrair motoristas até o bairro. Ao chegarem, as vítimas foram espancadas e torturadas até a morte. Os quatro motoristas assassinados foram identificados como Alisson Silva Damasceno dos Santos, Daniel Santos da Silva, Genivaldo da Silva Félix e Sávio da Silva Dias. O quinto motorista, Nivaldo dos Santos Vieira, conseguiu fugir e sobreviveu à chacina.

 

A motivação do crime, conforme constam nos autos do processo, seria vingança, já que na noite anterior, diversos motoristas teriam se recusado a entrar na localidade, no bairro Santo Inácio, alegando falta de segurança. A recusa das viagens teria impedido o atendimento médico da mãe de um traficante da região, apontado como mandante e um dos autores dos crimes. Às vítimas, os acusados disseram fazer parte de facção criminosa conhecida como Bonde do Maluco.

 

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