Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Justiça
Você está em:
/
/
Justiça

Notícia

Barroso diz que preferia discutir outras pautas no TSE invés do 'retrocesso do voto impresso'

Por Alexandre Brochado

Barroso diz que preferia discutir outras pautas no TSE invés do 'retrocesso do voto impresso'
Foto: Bahia Notícias

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso declarou nesta sexta-feira (13) que, quando era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), gostaria de ter discutido pautas como o aumento da representação feminina, mas teve que discutir a “bobagem do retrocesso ao voto impresso”. A fala do ministro ocorreu nesta manhã durante o Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador. 

 

“Quando fui presidente do Tribunal Superior Eleitoral, até pouco tempo, eu gostaria de ter discutido a questão do sistema eleitoral, o voto distrital misto, o aumento da representação feminina nos órgãos partidários, a reserva de vagas para as mulheres na Câmara dos Deputados, gostaria de ter discutido critérios objetivos de distribuição do Fundo Eleitoral e transparência dessa despesa... Mas infelizmente não foi possível, gastei boa parte do meu tempo e da minha energia discutindo a bobagem do retrocesso ao voto impresso”, afirmou.

 

Em sua palestra sobre “Democracia, Inovação e Direitos Fundamentais”, Barroso citou a importância da democracia para uma sociedade, causas sociais e o avanço da digitalização. Segundo o ministro, a internet infelizmente se tornou um espaço no qual ocorrem crimes variados, onde também se difundem ódio e desinformação e se alimenta a polarização. 

 

“Nós perdemos um espaço público comum. É preciso que a imprensa profissional reocupe o espaço de um patrimônio factual comum a partir do qual as pessoas possam ter a opinião que quiserem. Mas quando as pessoas não conseguem concordar com os fatos e se sentem à vontade para criar qualquer narrativa que atenda os seus propósitos, nós perdemos a capacidade de interlocução”, ressaltou.  

 

O ministro ainda defendeu que é necessário restabelecer na vida mundial e brasileira o mínimo de verdade factual, de honestidade, para que cada indivíduo possa ter a sua liberdade de opinião.