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'Eu livrei a advocacia de ter um presidente como Luiz Coutinho na OAB', diz Ana Patrícia

Por Cláudia Cardozo

'Eu livrei a advocacia de ter um presidente como Luiz Coutinho na OAB', diz Ana Patrícia
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias

A candidata não eleita a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia (OAB-BA), Ana Patrícia Dantas Leão, declarou ter orgulho de um fato que promoveu durante a campanha deste ano: “Eu livrei a advocacia da Bahia de ter Luiz Coutinho como presidente da OAB”. O nome de Coutinho era cotado pela chapa da situação para suceder a gestão de Fabrício Castro nas eleições da Ordem neste ano.

 

Com o rompimento de Ana Patrícia, o grupo liderado também pelo presidente da OAB Nacional, Luiz Viana, precisou escolher um nome feminino para disputar as eleições deste ano e fazer valer a proposta que a própria Daniela Borges lutou para aprovação no Conselho Federal da Ordem: a da paridade das mulheres na entidade. No curso da campanha, Coutinho teria sido o principal algoz de Ana Patrícia. Pouco depois da eleição, nesta quarta-feira (24), ele rodou de carro na frente do comitê da chapa opositora cantando a música “Chore na minha”, do Saiddy Bamba.

 

De autorias ainda não conhecida, Ana Patrícia teve seu comitê pichado no início da campanha e, na manhã desta quinta-feira (25), recebeu um buquê de rosas amarelas, semelhantes a que distribuiu durante o dia de eleição, com a mensagem: “nunca será”. No mesmo ato, um carro de som alto parou diante de sua casa com diversos xingamentos, como de “puta” e “traídora”.

 

Para ela, “Coutinho não reúne os requisitos morais para ali estar, e a advocacia da Bahia não merece ser liderada por um presidente como ele”. “Se eu não cheguei à presidência da OAB, eu respeito a vontade da classe, mas o meu movimento me deu algo que deu muito certo, e que eu tenho muito orgulho: Eu livrei a advocacia de ter um presidente como Luiz Coutinho”, reforça. Outra grande conquista que destaca é ter elevado a presidência da Ordem duas mulheres: Daniela Borges e Chris Gurgel. “Eu espero realmente que elas comandem e não sejam comandadas”, frisa.

 

NOVA OPOSIÇÃO

Apesar de não ter sido eleita, Ana Patrícia salienta que obteve um outro ganho: o de ter um grupo. “Na primeira gestão como vice-presidente, era eu e Pedro Nizan. Nesta atual, era eu e eu. Agora, eu tenho um grupo. Um grupo que enxerga valor em mim, que compartilha comigo as mesmas ideias e projetos. Eu não estou mais sozinha. Eu estava sozinha, enquanto estava lá. Eu estava em uma estrutura política e estava só. Agora, eu estou sem estrutura política, mas não estou só".

 

Como a chapa da situação se uniu a tradicional chapa da oposição, Ana Patrícia desponta agora para ocupar esse lugar e fazer um enfrentamento diante das necessidades da advocacia. “Surge sim, agora, um novo grupo de oposição. Não vamos nos desmobilizar. Vamos continuar trabalhando. Desejo sim, que Dani e Chris façam um trabalho pela advocacia. Mas observo que a advocacia não se sente representada mais pela Ordem. Nós tivemos o menor colégio eleitoral dos últimos tempos, mesmo tendo boa parte dos colegas aptos a votar”, avalia Ana Patrícia. Do quadro total de advogados da Bahia, 27 mil estava adimplentes, portanto, poderiam ter votado. Mas pouco mais de 17 mil compareceram às urnas nesta quarta.