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Advogada é presa por lesão corporal, injúria racial e homofobia em padaria de SP

Advogada é presa por lesão corporal, injúria racial e homofobia em padaria de SP
Foto: Divulgação

Uma advogada foi presa em flagrante na noite da última sexta-feira (20) por lesão corporal, injúria e homofobia praticada contra dois artistas, ambos de 24 anos, na padaria Dona Deôla, no bairro Perdizes, zona oeste de São Paulo. Ela foi liberada na manhã de sábado (21). No vídeo registrado por pessoas que estavam no local, Lidiane Biezok, de 45 anos, se apresenta como uma “advogada internacional”. Ela também humilhou funcionários da padaria e outros clientes. 

 

De acordo com a gerente do estabelecimento, Cleide, ouvida pela reportagem, a briga surgiu depois que ela começou a humilhar os funcionários do local. Após presenciarem as ofensas, os dois artistas tentaram defender os trabalhadores. A agressora então passou a xingar os dois com ofensas homofóbicas. 

"Eu sou advogada internacional. Cala sua boca, sua b**** do *******", responde a mulher no vídeo, ao ser confrontada pela dupla. Em outra parte do vídeo é possível ver a cliente discutindo novamente com os funcionários, alegando que "não estava falando demais p**** nenhuma". Ela também questiona: "por acaso aqui é uma padaria gay?". A mulher faz outra série de ofensas de baixo calão no decorrer do vídeo. 

 

Ela chegou a jogar um objeto em direção a um cliente, o agredindo e puxando o cabelo da vítima. A Polícia Militar conduziu a advogada até a Delegacia, onde foi registrado um boletim de ocorrência. Em nota, a padaria Dona Deôla afirmou que se "solidariza com as vítimas desse ato repugnante" e que está à disposição para prestar a assistência necessária. 

 

Ao G1, a advogada se defendeu e disse que foi provocada por dois clientes quando estava comendo um sanduíche. Ela reconheceu que se excedeu e usou termos homofóbicos contra eles. A mulher ainda afirmou que não tem nada contra gays: “Eu não tive a mínima intenção em ofender ninguém. Eu me senti acuada, me senti uma vítima ali de uma situação que eu não tinha como sair. Fui agressiva e estúpida, mas não tenho nada contra homossexuais. Peço desculpas”. 

 

Ao UOL, ela contou que não suportou as supostas provocações porque tem um problema de saúde. “Eu tenho bipolaridade. Chega uma hora que eu não aguento. Foi uma crise de bipolaridade. E ainda estou tendo crise. Minha mão não para de tremer. Eu sou inválida. Quando tem provocação, acabo perdendo a cabeça. Mas pedi desculpas. Falei coisas que não queria, que não sinto isso”, afirmou. a coordenadora de marketing da padaria Dona Deôla, Carolina Mirandez, disse que Lidiane era uma cliente que costumava criar problemas no local. “É muito comum que ela venha aqui. Ela fica e consome, mas reclama da comida. Sempre foi grosseira, mas nunca teve um problema tão grande. Ela estava exaltada, reclamando da comida e destratando funcionários. Ela disse que, se a comida não estivesse boa, ia arremessar. O supervisor tentou acalmar. O atendente nosso percebeu que ela estava se exaltando contra o supervisor, que é um senhor, e pediu para ela falar baixo. Ela virou e falou ‘sai, seu viado’ e uma série de palavrões. Então os clientes se levantaram e começaram a filmar”, contou Carolina. 

 

Em nota enviada ao Bahia Notícias, a defesa da advogada tentou justificar a atitude da agressora afirmando que ela "possui problemas psiquiátricos" e estes foram "demonstrados nos autos do flagrante", assim como um laudo que especifica "acompanhamento médico periódico". Afirma ainda  "que jamais teve a intenção de ofender qualquer pessoa em razão de sua etnia e/ou orientação sexual".

 

Por meio de nota, diz expressar "seu imenso respeito aos movimentos AFRO e LGBTQIA+" e que "repudia qualquer tipo de agressão, física ou verbal".

 

"A verdade real será trazida nos Autos da Instrução Penal, através da ação penal e, na ocasião, que na verdade foi agredida pelas pessoas presentes naquele local, como trazido em suas declarações na delegacia de polícia" finaliza. (Atualizada às 15h18)