Defensor que moveu ação contra Magazine Luiza pede afastamento por ameaças

O defensor público da União Jovino Bento Júnior pediu afastamento do trabalho e proteção policial, após ter ficado conhecido nacionalmente por mover uma ação contra o programa de trainee da Magazine Luiza destinado somente para negros. 

Segundo o jornal O Globo, o defensor afirmou que ele e sua família vêm sofrendo ataques e ameaças na internet. A ação movida por ele contra a rede de lojas foi criticada por especialistas e por membros da própria Defensoria Pública da União (DPU) (veja aqui). 

“E em meio a esse caldo efervescente e sem qualquer intervenção ou providência, de qualquer destas instâncias, o ódio só cresceu. O que poderia ter sido evitado com a ação tempestiva e correta não o foi. E assim passei a receber ameaças de atentado contra a minha vida, tanto quanto contra a minha família”, diz trecho do documento. 

Na petição de afastamento, Júnior faz críticas a ativistas e políticos do Partido dos Trabalhadores (PT) e afirma que estão tentando cercear sua autonomia funcional. Ele também apresentou uma cópia de suposta ameaça feita a ele e a falta de apoio da própria DPU. "Nunca trabalhei, Exmo. Defensor Geral, em uma instituição tão desumana. Paradoxalmente aquela que se diz mais humanista. Isso é triste", alega. 

Além da dispensa, manutenção do salário de R$ 24 mil mensais e proteção policial, Júnior também solicita uma nota de desagravo assinada pelo defensor público-Geral Federal, Gabriel Faria Oliveira.