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PF intima joalheiro com suspeita de que ex-presidente do TJ usou joias para lavar dinheiro

PF intima joalheiro com suspeita de que ex-presidente do TJ usou joias para lavar dinheiro
Foto: Reprodução / valterio.com.br

O joalheiro Carlos Rodeiro, que circula em grupos de alto poder aquisitivo na sociedade soteropolitana, é alvo de uma intimação da Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Faroeste. O inquérito apura um esquema de venda de sentenças e tráfico de influências, com juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) entre os alvos (saiba mais aqui).

 

Segundo informações da coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, a PF indica que intimou Rodeiro pessoalmente, mas ele não compareceu para prestar seu depoimento. A polícia intimou o joalheiro para prestar depoimento e reconhecer se as joias apreendidas na casa da desembargadora.

 

O objetivo dos agentes com a entrevista é descobrir se as joias apreendidas na casa da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, ex-presidente da Corte baiana e detida na operação, são da marca de Rodeiro. A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ela já destacava o padrão de vida "acima do que seria esperado para uma servidora pública", dado o volume de joias. Maria do Socorro também possuía 162 obras, que, nas palavras da PGR, poderiam "abastecer qualquer galeria de arte ou museu nacional, ante sua magnitude e consagração dos artistas colacionados" (saiba mais aqui).

 

Além disso, os investigadores querem que o joalheiro esclareça quem pagou pelas joias dela e apresente as notas fiscais e comprovantes de pagamento.

 

Isso porque, de acordo com a publicação, uma das suspeitas da PF é de que Rodeiro teria colaborado com a desembargadora na lavagem de dinheiro. O relatório da PF indica que uma das caixas de joias possuía a logomarca de Rodeiro, além de fotos de sites em que o joalheiro aparece ao lado de Maria do Socorro e outros desembargadores em eventos sociais.

 

A magistrada, que nega as acusações, contratou para sua defesa o advogado André Luís Callegari, especialista em delação premiada e uma das referências no país em lavagem de dinheiro. Ele foi um dos responsáveis pela defesa do empresário Joesley Batista, dono da JBS, na delação premiada que envolveu o ex-presidente Michel Temer (MDB) (saiba mais aqui).