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Camamu: Para moradores, eleição suplementar não deveria ocorrer

Por Cláudia Cardozo, de Camamu / Francis Juliano

Camamu: Para moradores, eleição suplementar não deveria ocorrer
Yalorixá Roseane Santos / Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias

Eleitores ouvidos pelo Bahia Notícias em Camamu, no Baixo Sul do estado, são quase unânimes em afirmar que não deveria ocorrer a eleição suplementar, realizada neste domingo (1°). Para a yalorixá Roseane Nascimento Santos, o processo pode gerar mais problemas para a gestão do município caso entre um novo gestor. Porém, segundo ela, como tem que acontecer, está “sendo boa”.

 

“A minha opinião é que não deveria ter porque é um desgaste para o município, mas a Justiça achou que era o melhor”, disse. A mãe de santo que já trabalhou de emprega doméstica lamentou o fato de o custo do pleito sair por R$ 133 mil. “O município poderia empregar esse dinheiro em outras áreas, como saúde, educação e turismo, ou seja, no desenvolvimento de Camamu”, declarou ao acrescentar que gostou de a ex-prefeita Ioná Magalhães apoiar o candidato Enoc.

 

O morador, identificado como Benedito, criticou a atuação da ex-prefeita Ioná no processo eleitoral. Ele avaliou também a eleição suplementar como “péssima” para a cidade. “Isso é péssimo. Quem causou essa eleição foi Ioná porque ela não poderia ser candidata, mas mesmo assim deu u continuidade ao processo”, reclamou. O eleitor disse que o eleito, “seja ele quem for”, deve melhorar a cidade que estaria “entregue às traças”. Benedito lamentou também que com a judicialização das eleições, recursos que poderiam ser investidos na gestão serviram para custos “com advogados”.

 

Outro eleitor ouvido, o agricultor Jonas, do assentamento Nova Conquista, declarou que saiu de casa para votar como forma de evitar a vitória de um dos candidatos, o que deixaria os sem-teto e sem-terra “quebrados”.

 

Jonas / Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias

 

Menos desconfiada, mas sem muita esperança sobre o futuro, a eleitora Maria Domingas disse que a eleição é boa. Porém “tudo é a mesma coisa”. Posição semelhante à de outra eleitora, que não quis se identificar. “Eu não sou nem carne nem peixe. Eu não trabalho na prefeitura, viu. Quando Ioná estava na prefeitura eu corri o ano e ninguém me deu emprego. Eu vou votar em quem não ganhou ainda”, disse.

 

Maria Domingas / Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias