Bolsonaro sinaliza que não indicará PGR de lista tríplice; Augusto Aras pode se beneficiar
O presidente Jair Bolsonaro, no último sábado (27), durante um almoço na casa do ministro Walton Alencar, do Tribunal de Contas da União (TCU), sinalizou que não deve indicar para o cargo de procurador-geral da República quem figurar em uma lista tríplice. De acordo com a coluna Painel, da Folha, o presidente disse que o que ele quer de um “procurador-geral é que respeite o artigo 53 da Constituição”.
O dispositivo citado por Bolsonaro estabelece que deputados e senadores são “invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. A atual procuradora-geral da República Raquel Dodge denunciou Bolsonaro em 2018, no Supremo Tribunal Federal (STF), por crime de racismo. A declaração pode favorecer o subprocurador da República Augusto Aras. O baiano já entregou o currículo ao general Santos, da Secretaria de Governo e falou sobre suas pretensões, como diálogo entre os Poderes sem ideologia e radicalismos. As declarações de Bolsonaro geraram incomodo para os candidatos a lista tríplice, que será formada em uma eleição interna da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).