Obra na casa da filha de Temer teria sido usada para lavagem de dinheiro, diz MPF
Por Cláudia Cardozo / Nuno Krause
Em decisão publicada nesta quinta-feira (21), que decretou a prisão do ex-presidente Michel Temer, o MPF alega que uma obra reaizada na casa da filha de Temer, Maristela Temer, teria sido usada para lavagem de dinheiro.
Maristela alegou, segundo consta a decisão, que o valor total da obra teria sido de aproximadamente R$700 mil, quando na verdade a soma das propostas apresentadas pela empresa responsável apontam um valor de R$1,604 milhão.
A obra estava sob responsabilidade de Maria Rita Fratezi, esposa de João Batista Lima (Coronel Lima), que apresentou o projeto à empresa Argeplan, que tem como um dos sócios o próprio Coronel Lima. De acordo com a decisão do MPF, diálogos entre Maria Rita e Maristela Temer apontam envolvimento do ex-presidente e seu operador financeiro na obra.
O ex-presidente Michel Temer foi preso na manhã desta quinta-feira (21), após decisão do juiz da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas. Temer é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, além de comandar de uma organização criminosa há 40 anos (veja aqui).