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Primeira juíza negra foi alvo de atentado no interior da Bahia, conta sobrinha

Por Cláudia Cardozo / Ailma Teixeira

Primeira juíza negra foi alvo de atentado no interior da Bahia, conta sobrinha
Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias

Hoje consagrada por ter sido a primeira juíza negra do Brasil, Mary de Aguiar Silva chegou a ser vítima de um atentado no início da magistratura, quando atuava em uma comarca de Belmonte, no interior baiano. Quem conta a história é sua sobrinha, a advogada Sheila Aguiar.

 

"Nessa época, a casa em que ela morava era uma casa na rua principal. O quarto dela era logo na frente, só que não sei por que, naquela noite, ela resolveu dormir na casa dos fundos com minha vó porque estava mais fresco e foi a decisão mais acertada que ela tomou porque depois colocaram uma bomba na porta da casa. Metade da casa foi destruída", relata Sheila.

 

De acordo com ela, depois disso, sua tia precisou ficar um tempo afastada do ofício e retornou para Salvador até poder retomar suas atividades.

 

Mary passou mais de 30 anos como juíza até ter se aposentado em 1995. Agora com 93 anos, ela recebeu uma honraria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). "Nós estamos muito honrados com essa homenagem, com esse reconhecimento. Minha tia sempre foi uma pessoa muito fiel, muito honesta, dedicou praticamente a vida dela toda à magistratura com uma conduta bem transparente, de personalidade forte, mas muito decidida e muito imparcial também nas sentenças dela", elogiou a sobrinha.

 

Em cerimônia na manhã desta quarta-feira (28), o TJ-BA concedeu a Medalha do Mérito Judiciário a Mary por ter se consagrado como a primeira juíza negra na história do país (saiba mais aqui).