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Feminicídio: Júri popular em Itaparica vai julgar acusado de matar Helem Moreira

Feminicídio: Júri popular em Itaparica vai julgar acusado de matar Helem Moreira
Foto: Divulgação

O acusado de matar a integrante do Quilombo Ilha, Helem Moreira, em junho de 2017, será julgado em um júri popular no dia 29 de novembro, às 8h30, no Fórum de Itaparica. Angelo da Silva é acusado de feminicídio por matar a militante. De acordo com a acusação, a morte foi ocasionada por Angelo não aceitar o fim do relacionamento.

 

De acordo com a ONG Tamo Juntas, com apenas 28 anos, Helem era uma jovem sonhadora, guerreira, militante e feminista. Ela era formada em pedagogia e era engajada na luta para o ingresso de pessoas negras na universidade. O acusado está preso e a defesa do réu afirma que a vítima foi a responsável pela própria morte, por supostamente ter se relacionado com outro homem. A ONG é assistente de acusação no caso e diz que tem provas que o réu em abril teve acesso ao vídeo da vítima com outro homem ao roubar o cartão de memória do celular dela. O crime teria sido premeditado.

 

O acusado fugiu no momento do crime e se entregou dias depois. O vídeo íntimo de Helem foi vazado antes dele se entregar para tentar desqualificar a imagem da vítima, caracterizando assim outra acusação contra o réu por divulgação de pornografia por vingança. A ONG lembra que a lei de feminicídio é uma lei nova, de 2015, “o que ainda causa a dificuldade do entendimento do público em geral do assassinato de mulheres como violência de gênero”. “No caso de Helem, a culpabilização da vitima pelo assassinato, é mais um traço perverso da sociedade machista que moraliza e impõe normas ao corpo e ao comportamento de mulheres. Justificar sua morte, por motivos morais e cristãos é inaceitável, e invisibiliza a violência de gênero que inúmeras mulheres são vítimas diariamente”, afirma a instituição.