Desembargadora entra com ação para barrar processo contra filho por tráfico de drogas

A desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), quer impedir o andamento do processo contra o filho, Breno Fernando Solon Borges, por tráfico de drogas. Ela e o filho ingressaram com um mandado de segurança no tribunal em que ela atua contra a decisão da juíza Thielly Dias de Alencar, da Vara Única de Água Clara. A decisão da juíza foi baseada em três laudos psiquiátricos em que atestam que o transtorno mental de Breno, condutopatia, não o impede de diferenciar uma conduta criminosa. Em abril de 2017, o filho da desembargadora foi preso com 129 quilos de maconha e 270 munições calibre 7,62 e 71 munições calibre 9mm, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. A juíza, anteriormente, havia suspendido o processo até um desfecho definitivo dos autos de insanidade mental. O relator do mandado de segurança é desembargador Ruy Celso Barbosa, o mesmo que havia determinado a transferência de Breno para uma clínica no estado depois de negado o habeas corpus pelo juiz de primeira instância Idail de Toni Filho. A defesa de Breno alegava que ele era portador da síndrome de Borderline. A desembargadora Tânia é investigada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por ter usado o cargo para ameaçar o diretor do presidio de Três Lagoas, caso o filho dela não fosse solto.