Para resolver problemas em matrículas, direção de FDUFBA considera abertura de novas turmas
Por Júlia Vigné
Foto: Divulgação / UFBA
A admissão de novos professores através de concursos influenciou na tomada de decisões da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (FDUFBA) de reduzir a quantidade de alunos nas disciplinas para o módulo mínimo. De acordo com o Chefe do Colegiado, Francisco Bertino, foram admitidos 19 professores, o que possibilitou que a norma 02/2009 - que prevê o mínimo de 45 alunos por disciplina - aprovada pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) há sete anos fosse imposta. O coordenador afirmou que a segunda parte da matrícula está sendo realizada e, dependendo do resultado obtido, duas possíveis medidas serão tomadas para adequar os alunos nas matérias na última etapa da matrícula. A primeira será expandir o módulo de todas as turmas de disciplinas obrigatórias para 60 alunos e a segunda, se necessário, será requerer a implantação de novas turmas. “Nós iremos analisar a demanda. Se faltar apenas um aluno, iremos expandir o módulo e alocá-lo. Caso 40 alunos fiquem de fora, nós iremos requerer a criação de uma nova turma. Com isso temos que pedir espaço físico, ver se temos professores para lecionar e a compatibilidade de horários”, explicou Bertino. O diretor do curso, Celso Castro, afirmou que já há uma predisposição de parte dos professores novos e de alguns professores antigos para aumentar o módulo ou lecionar em novas turmas. O diretor e o coordenador do curso explicaram que um acordo foi firmado com o Ministério da Educação (MEC) na última avaliação da FDUFBA, no qual a direção da organização se comprometeu a diminuir a quantidade de alunos por sala. De acordo com eles, é uma reivindicação dos alunos que acabou gerando uma avaliação negativa do Ministério. “Os alunos reclamaram na avaliação feita pelo MEC que as salas estavam muito cheias, por conta dessa reclamação foi feito um compromisso entre a faculdade e o órgão para diminuir esse número”, explicou. Francisco Bertini ainda afirmou que uma reunião do Colegiado um mês após a posse dele no cargo decidiu, por unanimidade, que o compromisso com o Ministério seria cumprido. “Não fizemos de supetão. Foi apresentado na reunião que é formada por professores e alunos. A implantação do módulo foi aprovada por unanimidade”, afirmou. O presidente do Centro Acadêmico da FDUFBA, Rodrigo Rara, negou a informação. “No momento em que a norma era para ser aplicada de forma razoável, o coordenador resolveu aplicar arbitrariamente. Nós nos colocamos contra desde o início”, explicou. Mesmo com toda polêmica, o coordenador do curso afirma que “por enquanto o problema parece ser menor do que se está imaginando” e afirma que nenhum aluno sairá com danos do processo. “Serão respeitados os critérios de concluintes, calouros e alunos do semestre”, finalizou.