Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Justiça
Você está em:
/
/
Justiça

Notícia

Para ‘não enxugar gelo’, Luiz Viana quer que TJ crie um plano de reestruturação sustentável

Por Cláudia Cardozo

Para ‘não enxugar gelo’, Luiz Viana quer que TJ crie um plano de reestruturação sustentável
Foto: Angelino de Jesus/ OAB-BA
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA), Luiz Viana, vai reapresentar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) uma proposta para que seja elaborado um plano de reestruturação sustentável do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA). A proposta já havia sido apresentada por Viana ao presidente do CNJ e também do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, no ano de 2015, mas não andou. “Eu fiquei decepcionado por não ter recebido nenhum retorno do presidente do STF e do CNJ, Ricardo Lewandowski. Não houve nenhum encaminhamento, não recebi nenhuma resposta, por isso eu estou reapresentando a mesma questão ao CNJ, através do ouvidor, e espero que isso gere algum tipo de procedimento interno”, afirma Viana. Ele espera que o plano possa ser liderado pelo próprio tribunal, para que saia da situação de crise que atravessa, e não fique mais “enxugando gelo”. Viana elenca algumas medidas que precisam ser observadas neste plano, caso seja acatado. “O plano deve pensar as questões orçamentárias e financeiras, as questões ligadas à necessidade de pessoal, e ligadas à gestão. São os pontos chaves para que haja melhoria do Judiciário baiano”, salienta. Com base em dados do CNJ, Viana diz que na Bahia faltam 279 juízes e 22 mil servidores. “Não tem como o Judiciário funcionar faltando tantos servidores. É preciso equacionar essa questão”, indica. Para ele, boa parte das soluções para os problemas do TJ-BA não envolvem recursos, são casos apenas de gestão. Sobre a questão orçamentária, Viana afirma que a Justiça no país precisa ser tratada como prioridade, por representar a paz social. “Dinheiro, o Brasil tem. Tanto tem que o governo federal liberou para a segurança dos Jogos Olímpicos R$ 2,9 bilhões, e no entanto, nós não temos dinheiro para o custeio mínimo da Justiça do Trabalho, que é federal, e da Justiça estadual. O que me parece, portanto, é que há uma inversão de valores acerca do que é prioritário para o povo brasileiro. Na minha ótica, entre outras coisas, porque a Justiça não é a única prioridade, tem outras, mas dentre outras coisas, a Justiça deve ser prioridade, porque, além de dar a cada um o que é seu, diminui índice de violência. Evidente que o Judiciário, quando não dá uma resposta rápida de um problema para um cidadão, isso aumenta o índice de violência. Minha indignação é fruto disso, a Justiça precisa estar entre as prioridades do país”, finaliza.