Janot defende que STF casse liminar que obrigou abertura de impeachment de Temer

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu, nesta terça-feira (10), que o Supremo Tribunal Federal (STF) casse a liminar que determina a continuidade do processo de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB), na Câmara dos Deputados. A liminar, parcialmente concedida pelo ministro Marco Aurélio, diz respeito a uma ação do advogado Mariel Marley Marra contra o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que negou o seguimento do processo em questão. De acordo com informações da Agência Brasil, o advogado sustentou que Temer deveria ser incluído no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) por entender que havia indícios de que o vice também cometeu crimes de responsabilidade. Janot argumenta que o autor da ação pedia que o processo contra a presidente fosse suspenso para que Temer fosse incluído na ação. Para o procurador-geral, o pedido do autor da ação foi extrapolado, uma vez que o ministro acabou determinando seguimento do processo na Câmara. "Entende a procuradoria-geral da República inadequada a liminar deferida, porque ao Judiciário não é dado conceder liminarmente pedido que não apenas não foi formulado como também é mais extenso em seu alcance do que o pedido principal", desse em documento encaminhado a corte.