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TJ-BA demite filha de desembargadora, envolvida em caso de nepotismo cruzado

Por Cláudia Cardozo

TJ-BA demite filha de desembargadora, envolvida em caso de nepotismo cruzado
José Olegário, relator da demissão/ Daisy Lago, mãe de servidora demitida
Para o bem do serviço público, o Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), decidiu, por unanimidade, demitir a servidora Sandra Lago Coelho Izzo, filha da desembargadora Daisy Lago Ribeiro Coelho. A servidora foi um dos nomes apontados no caso de nepotismo cruzado e de funcionários fantasmas em uma inspeção realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De acordo com o relatório de inspeção do CNJ, Sandra Lago reside em São Paulo e não cumpria expediente no tribunal baiano. O relator do processo administrativo disciplinar foi o desembargador José Olegário Caldas. O salário de Sandra, divulgado pelo CNJ, era de aproximadamente R$ 9,2 mil para trabalhar no gabinete do desembargador Clésio Carrilho. Em contrapartida, a irmã de Clésio, Rosali Carrilho Rosa, atuava no gabinete da desembargadora Daisy Lago, com vencimentos que aproximavam os R$ 15 mil. O sistema de remuneração do TJ-BA não indica os contracheques de Rosali Carrilho desde março de 2014, quando ela faleceu. No Diário da Justiça Eletrônico de 20 de dezembro de 2013, quando o Judiciário se preparava para entrar em recesso de fim de ano, a Corregedoria Geral de Justiça, na época comandada pela desembargadora Ivete Caldas, publicou a instauração do processo contra a servidora, e que, a sindicância comprovou que Sandra Lago reside em São Paulo e que não prestava serviços em Salvador, por não ter apresentado comprovantes de viagens na apuração, como havia afirmado em depoimento, de que sempre viajava para trabalhar na capital baiana às segundas-feiras e retornava as sextas-feiras. A sindicância, na época, ainda constatou que não havia “registro de qualquer atividade laborativa por ela produzido (sic), em razão de sua função, durante o período de lotação no gabinete do desembargador Clésio Rômulo Carrilho Rosa, tendo em vista que a maioria dos servidores, em seus depoimentos, afirmaram sequer conhecer pessoalmente a servidora sindicada". Sandra Lago, segundo a publicação, só teria começado a frequentar o gabinete a partir de abril de 2013, quando foi intimada. A confissão da ausência da servidora também foi publicada. "Eu, Sandra Lago Coelho Izzo […] venho respeitosamente por meio desta, […] informar que não disponho de 'comprovantes de deslocamentos Salvador/São Paulo/Salvador' […]." (Atualizada às 16h58)