Ilhéus: Procurador do Município afirma que não há aumento de IPTU
Por Cláudia Cardozo
Otávio Augustus | Foto: Angelino de Jesus/ OAB-BA
O procurador do Município de Ilhéus, Otávio Augustus, ao Bahia Notícias, afirmou que, “a rigor, não houve aumento de IPTU” para o ano de 2015. A declaração foi dada na sexta-feira (6), logo após a OAB decidir ingressar com uma ação direta de inconstitucionalidade contra o aumento do imposto. “Haveria aumento de IPTU se majorasse algum critério de cobrança, ou sobretudo, aumentasse a alíquota, o percentual de cobrança do IPTU, o que não houve. O que houve foi tão somente um reajuste parcial dos valores dos imóveis”, explica. “A planta genérica de valores, que atribui genericamente os valores dos imóveis, tem praticamente 14 anos sem correção. Essa planta genérica fixa em aproximadamente, em média, 10% do valor efetivamente devido. Ou seja, o imóvel em Ilhéus que equivale a R$ 100 mil, está na planta genérica de valores em R$ 10 mil. Então, o que houve, foi um reajuste parcial disso, porque não se aplicou a linha de correção. O índice que foi aplicado foi de se aproximar os valores daquilo que, efetivamente, é de mercado, e aproximar de forma, não tanto, porque, hoje, os valores considerados para efeito de IPTU não alcançariam mais de 40% do valor do imóvel. Então, na verdade, se está cobrando em Ilhéus 40% do que o IPTU deveria atingir, porque pela Constituição, o IPTU é calculado pelo valor do imóvel. O Município não alterou isso, alterou em função da defasagem o valor venal”, esclarece. Otávio Augustus ainda pontua que 70% dos imóveis de Ilhéus estão isentos de pagar o imposto, por se tratar de imóveis de pessoas de baixa renda. “Estamos discutindo apenas 30% dos imóveis da cidade”. O advogado ainda disse que “Ilhéus vive uma situação singular, e muita especifica, nessa incapacidade da administração pública em manter os serviços mais básicos à população. Esse quadro dramático da falência financeira da administração, passa por um empobrecimento do município”, diz.
Planta genérica cobraria 10% do valor dos imóveis antes do reajuste, diz procurador
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