TJ-BA anula decisão do TCE que cancelava plano de saúde de servidores da prefeitura de Salvador
O Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por unanimidade, anulou as decisões do Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA) de 2012 que cancelava os contratos entre órgãos municipais e operadores privadas de plano de saúde. As empresas credenciadas eram a Hapvida e a Promédica. Desta forma, o TJ-BA manteve os planos de saúde dos servidores municipais de Salvador, e deve beneficiar mais de 6,9 mil pessoas. O Pleno anulou a decisão do TCE por não garantir aos servidores interessados o direito ao contraditório e a ampla defesa ao determinar a suspensão dos contratos das operadoras. A Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (Astram), a Associação dos Servidores da Área de Conservação e Obras Públicas (Ascop) e a Associação dos Servidores da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Assucom) impetraram mandado de segurança contra decisão do TCE-BA. O TJ-BA, no entanto, não analisou o mérito da decisão do TCE. As associações afirmam que as alegações do TCE, de que os gastos eram despesas “irrazoáveis” ao erário, não tinham fundamento. A Assessoria Jurídica do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia, em um parecer, opinou pela improcedência dos Termos de Ocorrência, que determinou o cancelamento dos contratos de plano de saúde. De acordo com os advogados das associações, a decisão foi uma violação aos princípios constitucionais e administrativos, e aos princípios do fato consumado, estabilidade financeira e irredutibilidade salarial dos servidores.
Desembargadora Lisbete Santos