Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Justiça
Você está em:
/
/
Justiça

Notícia

Acusado de humilhar garçom, desembargador do RN pode responder processo por abuso de poder

Acusado de humilhar garçom, desembargador do RN pode responder processo por abuso de poder
Desembargador Dilermano Mota teria humilhado garçom no último domingo
O desembargador Dilermano Mota, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN), que pode presidir o Tribunal Regional Eleitoral do estado, foi acusado de humilhar um garçom de uma padaria, em Natal, no último domingo, dia 29 de dezembro. De acordo com o relato de um leitor ao blog do jornalista Luis Nassif, Dilermano teria humilhado o funcionário da padaria após o filho dele ter pedido água, e ele, gelo. O garçom, diante do alto movimento no estabelecimento, teria se esquecido de levar o gelo ao magistrado. Ao tentar resolver o problema, o empregado foi perseguido por Mota, que as gritos, humilhou o rapaz e que, por ser uma autoridade do Judiciário, poderia prendê-lo. Além disso, exigiu ser tratado por “excelência”, e que iria quebrar um copo na cara dele. O empresário Alexandre Azevedo, de 44 anos, que estava sentado à mesa ao lado, se revoltou com o fato e protestou aos gritos que não aceitava aquele tipo de humilhação a que estava sendo submetido o garçom. O protesto do homem foi filmado e publicado no YouTube.


 

O desembargador também ameaçou prender o homem que tentou defender o funcionário da padaria. Quatro viaturas da polícia foram deslocadas para o local para resolver o conflito. O magistrado, aos gritos, exigia que o oficial de polícia prendesse o cidadão. Diante do não cumprimento do mandado de prisão, Dilermano começou a chamar o tenente de “cagão”. O empresário foi protegido por clientes dentro do estabelecimento para não ser preso. Azevedo afirmou que vai entrar com uma representação contra o desembargador no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por abuso de poder. O desembargador, em nota, contestou a acusação. "A verdade é que, um simples e moderado pedido de esclarecimentos de um cliente a um garçom, que já havia sido solucionado, gerou uma reação de um terceiro com ameaças, gritos e total desrespeito ao público presente. Não houve abuso de autoridade como o propagado, mas somente uma atitude de defesa pessoal e da família presente, inclusive uma filha menor de dois anos de idade", diz o comunicado. Ele informou que tomará medidas judiciais.