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Pleno do TJ-BA prorroga afastamento de Luís Roberto Cappio da magistratura

Por Cláudia Cardozo

Pleno do TJ-BA prorroga afastamento de Luís Roberto Cappio da magistratura
Foto: Luiz Machado/ABr

O Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por unanimidade, decidiu na manhã desta quarta-feira (23), manter o afastamento do juiz Luís Roberto Cappio, indefinidamente, independentemente da conclusão do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), ao qual ele responde. O pedido de manutenção foi feito pelo desembargador João Augusto Pinto, relator do caso, a pedido da Corregedoria do Ministério Público da Bahia (MP-BA). O magistrado é acusado de supostamente tratar servidores, membros do MP e advogados de forma grosseira, além de apresentar baixa produtividade. De acordo com o relator, o PAD deve ser concluído em, no máximo, 90 dias. O relator afirmou ter ficado surpreso, há cerca de 10 dias, com a presença de Cappio em seu gabinete, sem aviso prévio, para pedir retorno ao cargo, sob o argumento de que o prazo de afastamento já teria terminado. Antes de se dirigir ao gabinete, Cappio teria ido ao gabinete do 1º vice-presidente do TJ-BA, Eserval Rocha, que o orientou de forma cautelosa a conversar com o relator do processo. De acordo com João Augusto, o prazo final seria 30 de outubro e “não há interesse do tribunal em perseguir ninguém”, diante da declaração de Cappio a ele, de que se sentia "perseguido". Na conversa no gabinete, João Augusto disse que falou a Cappio para que requeresse com o seu advogado o pedido de retorno que ele submeteria o pedido à votação do Pleno. Porém, para sua surpresa, o magistrado retornou às atividades na última segunda (21), com festa no Fórum.


Foto:  Site euclidesdacunha.com | Divulgação

O relator ainda diz que “as notícias que chegam da comarca é que os serventuários estão apreensivos” e que o MP entrou com o pedido cautelar de afastamento, medida que serviria, até mesmo, para preservar a integridade física de Cappio. Além disso, salienta que “o clima não induz a retomada das atividades judicantes de imediato” e que, por isso, propôs o afastamento até a conclusão do PAD. Ainda foi informado, durante o Pleno, que Cappio será submetido a um exame de sanidade mental, por força de um processo incidente, que está sob a relatoria da desembargadora Márcia Borges Faria. O presidente do TJ-BA, desembargador Mário Alberto Hirs, afirmou, na sessão, que a Corte não conseguia intimá-lo para fazer o exame de sanidade e que já determinou que uma equipe médica se dirija a Euclides da Cunha para realizar o exame. A desembargadora Ivete Caldas, corregedora-geral de Justiça, declarou que a situação é “complicada” e solicitou que o processo administrativo e o incidente não sejam dissociados. Nesta terça, após mais de 180 dias de busca, enfim, um oficial de Justiça localizou Cappio, que terá que realizar o teste clínico.