Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Justiça

Coluna

Expediente Jurídico: A advocacia trabalhista e suas transversalidades

Por Juliane Facó e Ana Terra Borges, da Faculdade Baiana de Direito

Expediente Jurídico: A advocacia trabalhista e suas transversalidades
Foto: Scott Graham/ Unsplash

Segundo dados oficiais da OAB Nacional, já se aproxima de 1 milhão e 300 mil o número de advogados no país. Esse número está crescendo exponencialmente e já desponta como um dos fatores que mais apavora aqueles que estão no início ou em processo de reinserção de carreira. 

 

Contudo, embora o montante de advogados seja elevado, não pode ser visto como um fator de ameaça de espaço ou de oportunidades para quem atua ou deseja atuar, sobretudo na área trabalhista. Há espaço e oportunidades para todos, ao contrário do que se presume. 

 

Só que o mercado de trabalho exige muito além do estudo jurídico obtido em sala de aula da graduação. A forma de atuação da advocacia foi fortemente impactada nos últimos anos, em especial com o advento da pandemia – a qual acelerou demasiadamente este processo. O perfil de advogado conservador, que se utiliza de velhas práticas de captação de clientes perdeu espaço.

 

Hoje, para se diferenciar, é preciso ter uma visão mais ampla do cenário jurídico e buscar conhecimentos específicos, não apenas na área de especialização escolhida para atuação. Combinar o estudo teórico do Direito com ferramentas de gestão é imprescindível para não se tornar “mais um” na imensidão.

 

Em qualquer ramo, o sucesso de uma empresa está atrelado ao seu desempenho interno nas áreas de recursos humanos, financeiro, marketing, comercial, produção. Assim também ocorre com a advocacia, que precisa se atualizar e se dedicar para aprender ferramentas de gestão quando se deseja impulsionar a carreira. Os conhecimentos sobre gestão e empreendedorismo jurídico, vêm se mostrando essenciais tanto para o advogado mais experiente quanto para o mais jovem, seja um pequeno ou um grande escritório.

 

O empreendedorismo jurídico demanda do advogado: preparação para elaborar e executar um planejamento estratégico para sua empresa (sociedade de advocacia); estudo de técnicas de negociação, de expansão, de atendimento ao cliente; entendimento sobre princípios básicos, estratégias e práticas inovadoras de gestão empresarial; fundamentos para administração financeira; capacitação para gestão de pessoas; domínio sobre marketing jurídico, inclusive, sobre suas limitações éticas; dentre tantas outros aprendizados que conjugam teoria e prática. 

 

Por fim, há de se ressaltar que são habilidades que podem ser adquiridas, treinadas e desenvolvidas pelos profissionais do Direito, fazendo com que o desafio da concorrência seja superado.

 

*Juliane Facó é Coordenadora da Pós Premium em Advocacia Trabalhista da Faculdade Baiana de Direito e Gestão

*Ana Terra Borges é Professora-tutora da Pós Premium em Advocacia Trabalhista da Faculdade Baiana de Direito e Gestão