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Coluna

Entendendo a Previdência: Como planejar sua aposentadoria em 2026 - dicas práticas para contribuir e garantir o melhor benefício

Por Rodrigo Maciel

Entendendo a Previdência: Como planejar sua aposentadoria em 2026 - dicas práticas para contribuir e garantir o melhor benefício
Foto: Divulgação

Planejar a aposentadoria tornou-se essencial, principalmente, diante das mudanças implementadas pela última Reforma da Previdência (Emenda Constitucional nº 103/2019). As regras de aposentadoria passaram a exigir mais atenção do segurado, já que diversos requisitos são progressivos e mudam ano a ano.


O cenário previdenciário após a Reforma


A partir de 2019, o sistema previdenciário geral - RGPS/INSS passou por profundas alterações:

  • Criação de idade mínima para aposentadoria;
  • Regras de transição progressivas para quem já contribuía antes da Reforma;
  • Novo cálculo do valor do benefício, que exige contribuições mais constantes;
  • Redução de brechas que facilitavam aposentadorias antecipadas.

 

Além disso, muitos segurados desconhecem os requisitos vigentes, o que leva aposentadorias serem concedidas com valor menor ou até indeferidas por erros formais que poderiam ter sido evitados com um planejamento previdenciário ou instrução básica.


Regras de aposentadoria que valerão em 2026
Embora a idade mínima permanente não mude, 65 anos para os homens e 62 para as mulheres, as regras de transição continuam evoluindo todos os anos. Elas são fundamentais para quem já era segurado antes da Reforma de 2019 mas ainda não tinha cumprido todos os requisitos.


- Regra dos Pontos (idade + tempo de contribuição)
Em 2026, o segurado deverá atingir:

 

  • 93 pontos — mulheres (mínimo de 30 anos de contribuição);
  • 103 pontos — homens (mínimo de 35 anos de contribuição).

 

A pontuação aumenta anualmente até atingir o limite final em 2033 (mulheres) e 2035 (homens).


- Regra da Idade Progressiva
Outra regra que avança de forma gradativa até 2031.


Em 2026, os requisitos serão:

 

  • 59 anos e 06 meses — mulheres + 30 anos de contribuição;
  • 64 anos e 06 meses — homens + 35 anos de contribuição.

 

- Regras com pedágio (50% e 100%)
Essas regras não sofrem alterações em 2026, mas permanecem extremamente relevantes:


Pedágio de 50%: para quem faltava até 2 anos para completar 30/35 anos de contribuição antes da Reforma;

 

Pedágio de 100%: exige que o segurado cumpra o dobro do tempo que faltava, além de idade mínima (57 anos para mulheres e 60 anos para homens).

 

Essas regras podem gerar benefícios maiores, dependendo do histórico contributivo.

 

Planejamento previdenciário: por que ele é essencial
O planejamento previdenciário é uma análise técnica, jurídica e financeira da vida contributiva. Ele serve para:

 

 

  • Identificar erros no CNIS e corrigi-los antes do pedido do benefício;
  • Apontar qual regra de aposentadoria resulta no melhor valor;
  • Evitar perda de tempo e de dinheiro devido à escolha inadequada da modalidade de benefício;
  • Orientar a forma mais inteligente de contribuir;
  • Calcular cenários e definir o momento ideal para pedir a aposentadoria.

 

Muitos segurados, ao realizar esse planejamento, obtêm benefícios maiores sem precisar aumentar o tempo de contribuição, apenas organizando a documentação e escolhendo a regra mais vantajosa.

 

Como contribuir corretamente para aumentar o valor da aposentadoria

A forma de contribuir determina não apenas quando você irá se aposentar, mas quanto você vai receber. Veja os principais cuidados:


- Mantenha regularidade nas contribuições
Contribuições esporádicas prejudicam a carência, reduzem a média e podem causar atrasos na concessão do benefício. 


Para trabalhadores informais a regularidade como contribuinte individual ou facultativo é essencial.


- Revise o CNIS sempre que possível
O CNIS é o documento que o INSS usa para calcular sua aposentadoria. Por isso, revise periodicamente:

 

  • Vínculos sem remuneração;
  • Datas divergentes;
  • Contribuições em atraso;
  • Vínculos antigos não reconhecidos;
  • Períodos especiais ou rurais ainda não averbados.

 

Um simples erro no CNIS pode reduzir o valor final do benefício milhares de reais.


- Escolha a forma de contribuição mais adequada ao seu objetivo
Cada categoria contributiva tem prós e contras:

 

 

  • MEI: contribuição reduzida, mas benefício limitado ao salário mínimo (salvo complementação).
  • Contribuinte individual (autônomo): contribui sobre o valor real dos recebimentos, podendo elevar a média contributiva.
  • Facultativo: ideal para quem não possui renda, mas deseja manter qualidade de segurado e ter um benefício no futuro. 

 

Dicas práticas para quem quer se aposentar em 2026

  • Acertar o CNIS antes do requerimento.
  • Comparar todas as regras de transição para saber qual resulta no maior valor.
  • Avaliar se vale a pena contribuir por mais alguns meses para aumentar a média salarial.
  • Se for MEI, veja se é necessário fazer complementação.
  • Organizar documentos antigos, principalmente se possuir períodos especiais (insalubridade e periculosidade).
  • Busque orientação profissional sempre que possível — pequenas decisões podem gerar grandes impactos.

 

Planejar a aposentadoria significa agir desde agora. As regras estão mais rígidas e cada detalhe da vida contributiva influencia diretamente no valor final do benefício e na data do requerimento. Com informações claras, simulações atualizadas e contribuições bem organizadas, o segurado consegue não apenas se aposentar no momento certo, mas também garantir mais cedo um benefício justo e vantajoso. 


Assim, fique atento e sempre busque ajuda especializada de um advogado, para que este possa analisar e esclarecer seu melhor direito.

 

Clique e fale com um especialista pelo (71) 3012-7766