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O novo perfil do advogado empresarial

Por Ricardo Costa Oliveira

O novo perfil do advogado empresarial
Foto: Divulgação

O advogado empresarial tem presenciado mudanças consideráveis no perfil da clientela atendida. Em sendo uma operação de serviços com foco na qualidade das soluções entregues e personalização do atendimento, o novo profissional do direito tem sido desafiado a evoluir continuamente.

 

A advocacia empresarial tem cada vez mais se distanciado do serviço contencioso de gestão de processos judiciais, e se aproximado mais da consultoria em soluções preventivas que promovam redução de custos de transações e mais ganhos a longo prazo para os negócios assessorados. As últimas crises econômicas vivenciadas pelos patriarcas e controladores de empresas familiares, também desafiaram os empresários a mudarem a forma de gestão dos negócios e dos patrimônios consolidados.

 

Nesse sentido, a necessidade de o profissional do direito ter conhecimentos de outras ciências como a economia, administração, finanças e contabilidade tem sido cada vez mais importante para uma banca oferecer serviços com qualidade de verdadeiros “ganhadores”. As soluções empresariais para gargalos estratégicos de são mais fáceis de serem implantadas quando interdisciplinarmente pensadas, fazendo com que a gestão corporativa de longo prazo possa ser implantada com segurança jurídica e econômica.

 

Ainda assim, não se pode deixar de valorizar o ser humano como o principal agente implantador das soluções construídas, mesmo em tempos de grandes avanços tecnológicos que permitem ao gestor tomar decisões mais rápidas e racionais. Dessa forma, configura uma qualificação diferenciada do consultor de serviços, a aptidão em entender os diferentes anseios de diversos tipos de gestores empresariais, aproximando a forma de comunicação do quando almejado pelos clientes que precisam tomar decisões de curto e longo prazos.

 

Finalmente, pouco relevante se torna a presença física do consultor em soluções corporativas para que possa atender à clientela. O mais importante é a disponibilidade de tempo, aliado a fatores como a tecnologia e comunicação remota, para que possa, independentemente de agenda ou encontros, oferecer respostas rápidas.

 

Outrossim, não há que se negar a mudança do perfil do cliente gestor corporativo, que passa ser composto pelas novas gerações de administradores sucessores do patriarca desenvolvedor dos negócios familiares. Essa nova geração tende a ser mais ofensiva na assunção de riscos, mais rápida na tomada de decisões e mais preparada academicamente com fundamentos teóricos, sentindo necessidade de compor sua experiência com diferentes tomadas de decisões no dia a dia empresarial.

 

Portanto, ao profissional do direito empresarial que se preocupe com uma visão de futuro do seu negócio, é necessário saber lidar com as novas tendências de mercado, qualificando-se para o oferecimento de soluções corporativas interdisciplinares, bem como para lidar com a nova geração de gestores e empreendedores, que como seres humanos fantásticos, precisam de ajuda nas estratégias de longo prazo, bem como na administração imediata dos negócios assumidos.

 

*Ricardo Costa Oliveira é mestre em Direito dos Negócios pela U.C. Berkeley e especialista em gestão de ativos pela Stanford University

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias