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Em projeto solo, Rafa Chaves relembra saída do Chiclete: ‘Nunca tentaria ser o Bell’

Por Júnior Moreira

Em projeto solo, Rafa Chaves relembra saída do Chiclete: ‘Nunca tentaria ser o Bell’
Foto: Rebeca Menezes / Bahia Notícias

Após ser pego de surpresa com o anúncio de seu desligamento do Chiclete com Banana "na boca" do Carnaval, conforme confessou ao Bahia Notícias na época (veja aqui), o cantor Rafa Chaves está de volta e revigorado. Nos últimos dias, o baiano lançou o projeto “Alegria de um Novo Dia”, em formato de Live Session para o YouTube. Ao total, são oito canções inéditas. “Precisava nessa nova fase, gravar e produzir coisas que falassem o que eu sinto, a minha vontade”, iniciou.

 

Para isso, Rafa reservou cinco dias de sua agenda, pegou a estrada e levou a equipe para um “retiro produtivo” na Chapada Diamantina, local de onde vem as imagens dos vídeos. “Queria um pouco a distância da cidade para finalizar o projeto com esse confinamento pessoal e do grupo, sabe? Um momento musical só da gente. Nunca tinha tido tempo de produzir uma coisa com tanto carinho, sem o desespero do tempo”, admitiu. Para ele o objetivo foi atingido: passar a ideia que está tudo bem e que a vida continua. Assista um dos vídeos: 

 

Cantor desde os 15 anos, ele decidiu apostar no formato online por perceber as potencialidades da própria internet e enxergar nesse trabalho a possibilidade de devolver para a música tudo que ela já lhe deu. “Quando saí do Chiclete, precisava demonstrar para o público o que seria meu novo som. Se eu lançasse apenas um single poderia ser mal interpretado. Nesse projeto tem de tudo como compositor e artista, vou da parte mais comercial até o MPB. Não é querendo abraçar o mundo, porém hoje temos liberdade para fazer isso”, explicou e completou: “Sou muito grato a tudo que vivi”.

 

Com o “Alegria de um Novo Dia”, a intenção inicial é apenas falar de música. “É óbvio que a gente pensa no comercial, mas sinceramente não é a minha preocupação. É um filho para mim”, reiterou. Quanto a apostar de uma música ou outra para ser single, foi prático. “Está tudo no YouTube e o público que vai escolher. Quero o que sempre quis, que é viver de música. Acho que as pessoas ficam muito presas a TV e tal. Tive a chance de fazer isso, traz uma visibilidade boa, mas para mim isso não é sucesso. Prefiro o termo ‘bem-sucedido’, que é o viver daquilo que faz”.

 

EXPERIÊNCIA NO CHICLETE

Como dito no início, sua saída do Chiclete com Banana, na qual foi vocalista por quase cinco anos, não foi fácil. Por meses fãs e imprensa vinham sinalizando o desgaste, mas a informação era sempre negada pela organização da banda. Contudo, faltando alguns dias para o Carnaval deste ano, o grupo anunciou um novo cantor (relembre aqui), sem nem ao mesmo dar justificativa para Rafa. Ao ser questionado se ele se sentiu injustiçado, foi sincero:

 

“Obviamente, quando você tem mais conversa, as coisas ficam claras. Porém, hoje entendo. Cada um estava defendendo o seu. De um lado, eles lutando para continuar com os 30 anos de sucesso. Do outro, eu defendendo minha filosofia, explicando que sou Rafa Chaves e precisava fazer a fazer a fusão daquela história com meu trabalho”, entristeceu-se. Atualmente, considera que os ganhos foram maiores que os prejuízos. “Estava na maior banda de Axé, talvez a maior do Brasil. Dei minha cara a tapa e acho que todo artista precisa fazer isso. [...] Acho que a minha saída foi muito mais empresarial do que dos shows”, defendeu, ao dizer que o ciclo se fechou.

 

Ainda no depoimento, falou também que muitas vezes as pessoas esperavam uma postura sua semelhante a Bell Marques. “Tinha acabado de entrar e não conseguia transformar para fazer uma transfusão. Mudar é preciso, principalmente quando sai o pilar, que foi Bell Marques, ídolo de todos nós. Nunca iria entrar no Chiclete para tentar ser o Bell”, assegurou.

 

Por fim, questionado se ficou arrependido da história construída no Chiclete por conta do final, admitiu: “Faria novamente. Óbvio que quando você pensa que existem coisas para mudar. Porém, como iria me arrepender por ter entrado na maior banda do mundo? Será que o arrependimento seria não tentar?”, questionou.

 

Quanto às críticas que recebeu, minimizou: “A internet tem a possibilidade de tirar o ódio das pessoas e jogar na rede. Acho que existe uma distorção da realidade, pois, às vezes, duas ou três fazem uma confusão na internet, enquanto estamos no palco fazendo shows para 10 mil pessoas e todo mundo adorando". Vale dizer que Rafa também faz parte do projeto Confraria da Música, que gravará DVD até o final desde ano.