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Luis Ganem: Um buraco para ser tapado!

Por Luis Ganem

Luis Ganem: Um buraco para ser tapado!
Dessa vez, confesso, demorei um pouco mais para escrever minha coluna. Normalmente a faço sempre, entre uma semana a quinze dias, mas por conta da chegada do São João, e do tema que tinha abordado (o meu recente texto falava sobre salvar a cultura do São João), além da polêmica que a Lei do São João, votada na Assembleia Legislativa do Estado, acabei demorando um pouco mais a escrever outro texto.
 
Mas, como dizem que existem males que vem para o bem, essa demora me deu tempo de poder olhar e ouvir um pouco mais sobre os dessabores que a crise econômica causaram e vem causando ao pessoal que trabalha com o entretenimento, principalmente aos produtores de eventos. 
 
Tomando por base o São João, que foi a grande “base” festiva do mês de junho, e que tradicionalmente tem no entorno de algumas cidades do interior base para festas de camisa ou coisa parecida, nesse ano a coisa ficou meio braba. Fora os cancelamentos que se sucederam, grades com grandes atrações caíram por completo, ou foram reposicionadas para poder realizar os festejos juninos.
 
A coisa ficou tão feia, mas tão feia, que eventos tradicionais, e que já tinham caminho certo no mês de Junho - como o Forró da Margarida em Jequié e o Forró da Vaca Loca (festa tradicional em Itapetinga) - preferiram não arriscar a tomar prejuízo. Soube inclusive que por conta da desistência, tanto da Prefeitura quanto da vaca loca, causou um prejuízo ainda maior a um já debilitado comércio. Para entendimento, somente a rede hoteleira local, para nível de comparação, chegou a míseros 30% de ocupação, quando em anos anteriores que as festas ( Prefeitura e privada) foram realizadas, tinha 100% de ocupação de quartos.
 
Pois, agora em diante é que veremos como a crise do País, vai afetar um mercado musical já baqueado ou em crise, como queiram. Olha, quando falo de crise, não é querendo prever o pior, mas apenas, atentando ao fato, que valores antes cobrados, e pagos, com muito boa vontade, agora terão que mais uma vez serem revisados pelos nossos empresários, se quiserem permanecer no negócio.
 
E, pelo amor de Deus, não me venham dizer que a crise passa ao largo e que continuamos vendendo shows como antes, pois já foi o tempo que só em dizer que era banda da Bahia, já tinha um monte de show comprado. 
 
Por enquanto, se o parâmetro para os próximos meses for um reflexo do que aconteceu no São João da Bahia, teremos errado - e feio a profundidade do buraco.
 
Luis Ganem
[email protected]