LiveMode quer R$ 96 milhões para rescindir com a Liga do Nordeste, mas topa redução se for "distrato amigável"
A LiveMode formalizou nesta quarta-feira (21) a proposta para rescindir o contrato com a Liga do Nordeste. O Bahia Notícias apurou que o valor é de quase R$ 96 milhões. Porém, caso a Liga tope fazer um distrato amigável, a quantia terá uma redução de quase 80% e vai para R$ 20 milhões.
No documento que o Bahia Notícias teve acesso, a LiveMode exige comissão de R$ 9 milhões referentes aos valores contratuais de 2023 a 2025 dos direitos de transmissão para o SBT. E também da ESPN, no período de 2023 e 2024, no valor de quase R$ 3,5 milhões.
E não para por aí. A LiveMode também exige quase R$ 7 milhões, em razão de investimentos para Federações estaduais. Porém, o Bahia Notícias apurou que das nove entidades do Nordeste, apenas três foram contempladas com pouco mais de R$ 2 milhões cada uma: Sergipe, Piauí e Rio Grande do Norte.
O entendimento da maioria dos presidentes dos clubes que compõem a Liga do Nordeste é que não é necessário pagar e sim receber a rescisão integral, que não foi paga pela Esporte Interativo. O valor restante é de aproximadamente R$ 50 milhões. Esse distrato aconteceu em 2018, após o EI ter sido vendido para Turner. O contrato era válido até esse ano.
Os dirigentes ainda entendem que o contrato da LiveMode é lesiva aos clubes. No documento, a empresa classificou a rescisão como “imotivada”. Essa especificação gerou indignação entre os cartolas.
Uma nova reunião entre os membros da Liga do Nordeste irá acontecer ainda nesta semana para se chegar uma definição.
CAUSA DO PEDIDO DE RESCISÃO
O motivo alegado para rescisão é a falta de transparência no acordo entre a LiveMode e a Liga do Nordeste. A venda dos direitos foi feita no valor de R$ 12 milhões por ano pelo período de cinco anos, no último mês de maio, sendo que a projeção é arrecadar mais de R$ 30 milhões só em 2023.
A Liga do Nordeste vem sendo cobrada pelos clubes por não ter realizado a prestação de contas, à CBF, dos anos de 2020, 2021 e 2022. O imbróglio terminou, inclusive, com a renúncia do presidente da Liga, Alexi Portela (lembre aqui).