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Mulher relata agressão por membros de torcida organizada no Barradão

Mulher relata agressão por membros de torcida organizada no Barradão
Foto: Tiago Reis/ TV Bahia

A publicitária Mariana Cardoso relatou ter vivido momentos de horrores durante o jogo entre Vitória e Floresta, no último sábado (16), no Barradão. Por meio das redes sociais, a mulher disse ter sido agredida por membros de uma torcida organizada. 

 

"Ontem, dia 16 de abril de 2022, eu, uma mulher, fui brutalmente agredida, humilhada e acuada por 5 HOMENS UNIFORMIZADOS DA TORCIDA DOS IMBATÍVEIS. Tudo começou quando eu fui convidada por amigos para ir ver o jogo do Vitória no estádio Barradão. Eu por não ser torcedora, muito menos nascida na Bahia, fui com uma camisa sem ser do time ( toda preta!)", afirmou, em sua primeira postagem.

 

"Cheguei lá e respeitei toda a torcida! Me sentei na parte superior do estádio e fiquei com meus amigos assistindo o jogo. Quando acabou o jogo ( o Vitória tinha perdido) eu fiquei com meus amigos esperando a levada maior de torcedores saírem para não pegar multidão. Nesse momento eu tava rindo com amigos de uma mensagem que havíamos recebido! Pronto, esse foi meu erro, rir com meus amigos".  

 

"Quando eu menos esperei, 5 homens me encurralaram e começaram a me fazer um monte de perguntas, começaram a DEDUZIR que por eu estar rindo eu era torcedora do Bahia, nesse momento eles me empurraram e me afastaram dos meus amigos e começaram as ofensas e agressões. Colocaram o dedo na minha cara e me deram tapas no rosto", seguiu.

 

Mariana ainda afirmou que após conseguir se desvencilhar dos agressores, ela se dirigiu até uma guarnição da Polícia Militar, mas foi ignorada. A publicitária só foi atendida após localizar uma policial mulher e relatar a situação. Apesar disso, os problemas não cessaram.

 

"Nesse momento eu achei uma PM mulher no meio e me agarrei a ela e disse: 'Me ajude, eles vão me quebrar na porrada'. Sim eu tinha sido ameaçada pelos meus agressores que no momento que eu saísse do estádio eu ia apanhar. Ela viu meu desespero e me abraçou e levou até a base da polícia. Eu saí da arquibancada vaiada e humilhada, como se eu fosse um bicho, uma criminosa. Enquanto isso meus agressores estavam me olhando e rindo.Eu pedia para os policiais irem atrás deles e NADA FOI FEITO!", aponta Mariana.

 

Ainda de acordo com Mariana, o caso não foi registrado pelo delegado de plantão no Barradão.

 

"Mas lá eu tive mais uma decepção. Os delegados riram de mim e me mandaram ir pra casa pq tinha coisa mais importante para fazer. Agora eu me pergunto, uma MULHER AGREDIDA não é importante? Pois bem, tive que ir para casa escoltada pelos MEUS AMIGOS, pois nem isso a polícia fez! Agora eu me pergunto, qual o meu erro? Me divertir? Rir com meus amigos? Não ser fanática por um time?", indagou.

 

Por meio de nota, a Polícia Militar diz que Mariana não soube informar os autores da agressão e que a vítima foi acompanhada até a saída do Barradão e que orientou ela registrar queixa na delegacia.

 

A Polícia Civil também se manifestou por meio de nota e diz “que está apurando a denúncia de mau atendimento feita pela torcedora e disponibiliza tanto a Ouvidoria quanto a Corregedoria para que ela a formalize. A instituição não coaduna com as atitudes relatadas e informa que realiza capacitações regulares em atendimento, além de incluir módulos especializados no assunto durante os cursos de formação de servidores e nas atualizações feitas pela Academia da Polícia Civil, na capital e no interior".