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Relatório de patrimônio do Vitória é entregue e aponta indícios de apropriação irregular por PC

Por Nuno Krause

Relatório de patrimônio do Vitória é entregue e aponta indícios de apropriação irregular por PC
Foto: Reprodução / Salvador FM

O relatório da Comissão Especial de Patrimônio do Esporte Clube Vitória foi entregue nesta quarta-feira (10) ao Conselho Deliberativo (CD). O grupo fez um levantamento, nas últimas semanas, de todo o patrimônio material do Rubro-Negro Baiano, e apurou as denúncias de que o presidente afastado Paulo Carneiro teria levado equipamentos do clube para a própria casa (confira detalhes aqui). A informação foi revelada nesta quinta-feira (11), pelo presidente da Comissão, Bruno Torres, em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3, apresentado por Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama. 

 

O CD, comandado pelo atual presidente em exercício Fábio Mota, convocou uma reunião para o dia 23 de novembro, às 19h, na sede do Leão, para apreciar o relatório. Segundo Bruno Torres, há indícios de que PC tenha se apropriado de forma irrregular dos equipamentos de academia, especialmente após o próprio presidente afastado ter devolvido os objetos (lembre aqui).

 

"Com base na entrega voluntária de Paulo Carneiro, concluímos o relatório, achando indícios de que houve infração ao artigo 10, inciso três, parágrafo terceiro (...) Não é concebível que um equipamento utilizado para a fisiologia dos atletas do clube seja utilizado na residência do presidente do clube. Dentro dessa linha de raciocínio, atrelado ao fato que ocorreu após o afastamento, havia um indício de violação", explicou o advogado. 

 

A retirada dos equipamentos, uma esteira da marca Movement RT e um elíptico da Life Fitness, teria ocorrido enquanto PC ainda era presidente do Vitória. A montagem, no entanto, aconteceu após ele ter sido afastado por gestão temerária (saiba detalhes aqui).

 

Bruno Torres explicou que, durante a pandemia, a retirada de objetos do clube, especialmente para trabalho em regime home office, se tornou comum. Isso teria causado uma espécie de desleixo na forma de documentar as entradas e saídas de patrimônio.

 

"A gente vive um período meio atípico, onde parte das atividades foram realizadas em home office. Em função até do momento conturbado que vivia o clube, não havia esses registros de deslocamento patrimonial. Isso é muito comum, se registrar essas operações. Por se tratar de período de recessão, é compreensível que um notebook saia do clube para atender uma demanda do próprio clube. O correto é o registro dessa movimentação. De fato esses controles internos precisam ser melhorados. Talvez não se tenha dado a devida importância na documentação desses atos", avaliou o presidente da Comissão. 

 

No caso de Paulo Carneiro, contudo, a ideia era que os equipamentos fossem transferidos para a sede do remo do Vitória. Acabaram na casa do presidente afastado.

 

Com relação ao restante do patrimônio, a Comissão realizou todo um trabalho de inventário, comparando-o à consultoria técnica que foi realizada em 2018. "Isso facilitou os trabalhos da comissão, porque até então não tínhamos acesso. Com a posse, a Comissão teve condições de verificar, a nível escritural, o que foi lançado como patrimônio, confrontando esses dados com a atual (...) Uma recomendação que fizemos é a continuidade desse trabalho, com atualização permanente do patrimônio do clube", destacou Bruno Torres.

 

O Vitória volta a campo no próximo domingo (14), às 19h, para enfrentar o Cruzeiro, no Barradão, pela 36ª rodada da Série B do Brasileirão. Com 37 pontos, o Rubro-Negro segue na luta para fugir do Z-4 e escapar do rebaixamento para a Série C.