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'Se ele não tem condições de resolver, deveria renunciar', diz Alexi Portela sobre PC

Por Nuno Krause

'Se ele não tem condições de resolver, deveria renunciar', diz Alexi Portela sobre PC
Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias

"Se ele não tem condições de resolver, deveria renunciar". Foi assim que o conselheiro do Vitória, Alexi Portela, encerrou a entrevista ao programa BN Na Bola, da rádio Salvador FM 92,3, apresentado por Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama. A fala é direcionada ao presidente do clube, Paulo Carneiro. "Eu acho que ele não tem hoje nem 10%, 5% do conselho. A pessoa estar em um lugar desse? Eu já teria renunciado. Ninguém está gostando da administração dele", ressaltou.

 

Mais uma vez, Portela criticou a gestão do atual mandatário, e disse ter se arrependido de tê-lo apoiado nas eleições presidenciais, em 2019. "Se fosse hoje, eu não apoiaria não", destacou.

 

Para salvar o Leão, o ex-presidente, que esteve à frente do clube entre 2007 e 2013, acredita que é preciso haver uma união dos principais conselheiros. "Hoje, a situação do Vitória é tão grave que não existe um salvador da pátria. Ou todos os rubro-negros se unem, ou vai piorar. Não existe salvador da pátria. O trabalho que eu fiz em 2006 não seria possível hoje (...) Para ajudar o clube, estou sempre disposto. Mas sozinho não seria a salvação para o Vitória. O que teria que fazer é ouvir todo o conselho, pegar pessoas que queiram ajudar para tirar o clube dessa situação", argumentou o conselheiro.

 

No último sábado (11), o Conselho Deliberativo se reuniu para discutir o relatório feito pela Comissão Especial que apura possíveis irregularidades na gestão de PC. A denúncia foi feita pelo presidente do Conselho Fiscal, Jailson Reis, que alegou dificuldades em ter acesso a documentos do clube (relembre aqui), e também vem de representações de membros do colegiado rubro-negro.

 

Alexi participou da reunião, e opinou nesta quarta-feira (14) que deveria haver uma reformulação do estatuto do Vitória. "Porque reformularam depois da minha saída, mudaram de uma maneira que é absurda. Hoje, uma pessoa só assina tudo pelo clube. Tem que ser feito um conselho e dar limites ao presidente, e passar por um conselhinho eleito pelo conselho para ter um controle melhor sobre os gastos do clube. De 2017 para cá foi uma derrocada total. Foi triste, mas não vejo novidade no que está acontecendo", afirmou.

 

Entre as críticas feitas pelo ex-presidente, está a dificuldade de montar um time competitivo para subir para a Série A e gastar dinheiro com contratações como o atacante Jordy Caicedo. "A partir do momento que você se dispõe a assumir, você precisa saber o que está acontecendo. Esse negócio de não tem dinheiro para mim é desculpa. Nós sabíamos disso. Em 2017 eu cantei essa pedra. Todo mundo sabia o que tinha sido feito nas administrações anteriores. Inclusive, se você olhar as folhas do Confiança, e do próprio Náutico, são menores do que a do Vitória. Agora, pode gastar 3 milhões com Jordy. Foi ele que fez a situação chegar onde está? Não, mas é responsabilidade dele assumir o clube do jeito que estava", apontou, reconhecendo que as gestões anteriores também têm culpa no cartório.

 

Alexi acredita que o investimento deve focar somente no futebol para que o acesso aconteça, e que Ramon Menezes, atual treinador, não é responsável pelo que está acontecendo em campo. "Eu fico preocupado porque ele não é o culpado. O time do Vitória é fraco, teria que ter outro time para disputar a Série B. 'Ah, perdeu gol'. Perdeu o gol porque é incompetente e não faz (...) Se o futebol não tiver bem, não adianta ter o resto bom. Qual é a base que o Ceará tem? Que o Fortaleza tem? Isso é conversinha de quem acha que a base você vai resolver. O que resolve é você ter um bom time, um bom treinador", opinou.

 

Sem vencer há seis partidas, o Vitória volta a campo no próximo sábado (17), para enfrentar o Brasil de Pelotas, pela 12ª rodada da Série B do Brasileirão. Atualmente, o clube ocupa a 16ª colocação, com 9 pontos - o mesmo número da Ponte Preta, que abre a zona de rebaixamento.

 

Confira a entrevista completa: