Na Antena 1, Presidente da Juazeirense projeta construção de arena para 15 mil torcedores e investimento de R$ 25 milhões
Por Thiago Tolentino
O deputado estadual Roberto Carlos (PV) e presidente da Juazeirense, afirmou que 2026 deve marcar um novo momento para o clube do norte da Bahia, com investimentos em infraestrutura e mudanças estruturais. A projeção foi feita na manhã desta terça-feira (16), durante entrevista à rádio Antena 1 Salvador (100.1).
De acordo com o dirigente, o Cancão de Fogo segue passando por um processo de modernização institucional. "A gente espera que esse ano de 2026 seja o ano realmente que a Juazeirense vai fazer a diferença. Nós mudamos o escudo para procurar modernizar a equipe", afirmou.
Ele também destacou o avanço das obras do centro de treinamento do clube. "Nós estamos construindo nosso centro de treinamento, já está bem avançado. Essa semana a empresa vai colocar o gramado nos dois campos que nós estamos fazendo", completou.
Outro ponto abordado foi a situação do Estádio Adauto Moraes. Conforme apuração antecipada pela reportagem do Bahia Notícias, Roberto Carlos informou que o Governo do Estado destinou R$ 5,5 milhões para a reforma do equipamento, mas que a nova gestão municipal avalia uma alternativa diferente.
"Ele entende que o estádio já não comporta o tamanho da Juazeirense e o tamanho de Juazeiro. A ideia agora é construir uma arena”, explicou.
De acordo com o deputado, o projeto prevê a construção de uma arena por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), utilizando os recursos já anunciados pelo Estado. O investimento total deve girar em torno de R$ 25 milhões, com capacidade estimada para 15 mil torcedores.
"É o suficiente para que a Juazeirense possa ir até as oitavas de final da Copa do Brasil e não ter prejuízo como tivemos em 2022", disse, ao relembrar a partida contra o Palmeiras que precisou ser realizada fora de Juazeiro.
"Todo mundo queria assistir ao jogo, mas tivemos que levar para Londrina por causa da capacidade do estádio", acrescentou.
Na sequência da entrevista, Roberto Carlos ampliou a análise para o cenário nacional e defendeu o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) como alternativa para clubes de médio e pequeno porte. "Hoje, no Brasil, para sobreviver, tem que virar SAF", afirmou.
O presidente da Juazeirense citou a disparidade financeira como um dos principais fatores de desequilíbrio nas competições. "A Juazeirense disputou o Brasileiro com uma folha de R$ 350 mil por mês, enquanto clubes SAF que jogavam a mesma competição tinham folha de R$ 1,5 milhão. É impossível disputar em igualdade", declarou.
Roberto Carlos também comparou a realidade dos clubes baianos. "O maior exemplo está aqui em casa. O Bahia virou SAF e brigou lá em cima. O Vitória não virou SAF ainda e brigou para não cair", afirmou.
