Após repercussão, São Paulo assume uso de Mounjaro em jogadores, mas descarta ligação com lesões
Por Redação
O São Paulo tenta conter a repercussão após vir à tona a informação de que jogadores do elenco profissional utilizaram Mounjaro, medicamento indicado para diabetes e, em alguns casos, para controle de peso. O jornal O Globo apurou que dois atletas receberam a medicação, de forma isolada e após avaliação clínica. Mesmo assim, a revelação desencadeou questionamentos externos, sobretudo por causa do alto número de lesões ao longo da temporada.
A diretoria tricolor tratou de afastar qualquer relação entre o remédio e os problemas físicos enfrentados pelo time. Em nota, classificou como “infundada” — e até “desonesta” — a tentativa de vincular o uso do Mounjaro ao índice de baixas médicas.
O clube reforçou que não houve prescrição coletiva, uso prolongado ou administração indiscriminada. Segundo o departamento médico, os dois casos seguiram protocolos rígidos e condutas aprovadas pela legislação brasileira. O São Paulo também destacou que o Mounjaro tem registro na Anvisa e é fabricado pela Eli Lilly, uma das maiores farmacêuticas do mundo.
Apesar da defesa, o episódio ampliou o debate sobre rotinas internas. O São Paulo afirma que “preza pela saúde de seus atletas em todas as categorias” e que qualquer medicação usada no CT da Barra Funda passa por avaliação de profissionais habilitados. O clube também reiterou que acompanha “todas as normas éticas e regulamentares”.
A polêmica se instalou em meio a uma temporada marcada por repetidos desfalques. Em novembro, 24 dos 33 jogadores do elenco já haviam passado pelo departamento médico, número que corresponde a 72,7% do grupo. Com o dado elevado, qualquer informação relacionada à preparação física ou a métodos de controle de peso ganhou maior sensibilidade.
O São Paulo, no entanto, insiste que o uso do Mounjaro não tem relação com esse cenário e garante que seguirá colaborando para esclarecer qualquer dúvida sobre procedimentos adotados no clube.
