Presidente do COB avalia primeiro ano de gestão e projeta retorno de Rebeca Andrade em 2026
Por Redação
Marco Antônio La Porta, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), celebrou o primeiro ano de gestão durante o 10º Prêmio Sou do Esporte, realizado no Copacabana Palace. Em entrevista ao Lance!, o dirigente fez um balanço do período, avaliou o desempenho do Brasil em 2025 e comentou o ano sabático de Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do país.
Rebeca Andrade optou por um ano fora das competições em 2025, e sua ausência não altera o ambiente no COB, segundo o presidente. La Porta afirmou que a ginasta tem liberdade para definir o momento de voltar e que o órgão confia na retomada da atleta em 2026.
"Não vemos motivo para preocupação. Rebeca é uma atleta extraordinária e ainda tem muito a entregar. Ela sabe o que é melhor para a carreira e terá o nosso apoio para voltar no tempo certo", disse.
La Porta assumiu o comando do COB em 15 de janeiro e descreveu 2025 como um ano de intensa adaptação interna. Segundo ele, ajustes estruturais e reorganização de processos marcaram o início do ciclo olímpico.
"Foi um ano de entender a máquina por dentro e acelerar o que precisava andar. Tivemos muitos desafios e um ritmo forte, mas era necessário para preparar o ciclo que está começando. E vamos manter essa intensidade", afirmou.
A vice-presidente Yane Marques também participou ativamente do processo de reformulação administrativa, de acordo com o dirigente.
Apesar de ser tradicionalmente um período de descanso para parte dos atletas após Jogos Olímpicos, 2025 foi considerado produtivo. O Brasil encerrou a temporada com cinco títulos mundiais e vários pódios. La Porta destacou que o país recolheu bons resultados mesmo sem suas duas principais referências.
"Tivemos mais de 20 medalhas internacionais, mesmo com Rebeca fora e com Isaquias em um ritmo reduzido. Modalidades como boxe e taekwondo voltaram a entregar grandes campanhas, o que indica um ciclo promissor", avaliou.
O presidente também comentou a escolha de Assunção como sede dos Jogos Pan-Americanos de 2031, superando a candidatura de Rio e Niterói. Para La Porta, o desfecho já era esperado diante da articulação antecipada do Paraguai.
"O Paraguai trabalhou com antecedência e construiu apoios. A disputa foi dura, a votação apertada, mas saímos fortalecidos. Retomamos diálogos internacionais que estavam enfraquecidos e recolocamos o COB em uma posição relevante no continente", afirmou.
Ele acrescentou que a campanha brasileira foi bem estruturada, mas encontrou comitês já comprometidos com a proposta paraguaia.
Mesmo sem o Pan de 2031, o presidente considera que o COB ampliou sua rede de contatos internacionais e agora vive momento de reconstrução institucional. Nos próximos dias, o Comitê receberá representantes de outros países no Prêmio Brasil Olímpico, reforçando essa reaproximação.
